O réu Ícaro Ribeiro da Silva foi condenado a 31 anos, um mês, e 15 dias de prisão, pelo Tribunal do Júri da 5ª Vara Criminal de Aracaju, pelo assassinato do universitário Henrique José de Andrade Matos, de 23 anos.
O julgamento, que ocorreu nesta segunda-feira, 11, no Fórum Gumersindo Bessa, resultou na condenação de Ícaro por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica, conforme decisão da juíza Lívia Santos Ribeiro.
Segundo a sentença, Ícaro foi condenado pelos crimes tipificados no artigo 121, § 2º, incisos I, III e IV do Código Penal Brasileiro – homicídio qualificado por motivo torpe, por meio cruel e por meio que impossibilitou a defesa da vítima. Além disso, ele foi punido por ocultação de cadáver (artigo 211 do Código Penal) e falsidade ideológica (artigo 347, parágrafo único). A pena foi agravada pela aplicação da Lei nº 8.072/90, que trata dos crimes hediondos.
De acordo com o Ministério Público de Sergipe (MPSE), a vítima foi atacada com múltiplos golpes de faca, tendo o corpo esquartejado e parcialmente abandonado nos fundos do condomínio após a tentativa frustrada de ocultação. A acusação foi conduzida pela 1ª Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Aracaju, representada pelas promotoras Luciana Duarte Sobral e Isabel Christina Prazeres Rodrigues. O suspeito está preso desde dezembro de 2022, quando teve a prisão preventiva decretada juiz Leopoldo Martins Moreira Neto.
O MPSE apresentou as acusações de homicídio triplamente qualificado, alegando que o crime foi cometido com crueldade, dificultando a defesa da vítima e motivado por interesse financeiro. Além disso, o réu respondeu por ocultação de cadáver e fraude processual, após se apropriar de valores pertencentes à vítima. A Promotoria defendeu a aplicação rigorosa da lei, fundamentando-se nas provas apresentadas, que indicam apropriação indevida de bens e valores do jovem após o crime.
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Sobre o crime
O crime ocorreu no dia 17 de dezembro de 2022, quando Ícaro, que morava com Henrique em um apartamento próximo a uma universidade particular na capital, matou a vítima e desmembrou seu corpo. Após o crime, ele tentou ocultar o cadáver em várias malas e chamou um transporte por aplicativo para levar os fragmentos do corpo. A ação acabou sendo descoberta quando o motorista do aplicativo percebeu algo estranho no conteúdo das malas e acionou a polícia.
por João Paulo Schneider
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