Agentes da PRF ganham capacitação em direitos humanos

Policiais rodoviários federais de Sergipe ganharam certificado (Fotos: Portal Infonet)

As vésperas do aniversário do Policial Rodoviário Federal, data comemorada nesta quinta-feira, 22, a Superintendência da PRF de Sergipe promoveu um seminário de capacitação com o tema “Promoção e Defesa de Direitos Humanos para os PRFs”. O intuito é fazer dos agentes um promotor e defensor de direitos humanos para o cidadão comum, assim como protegê-los e preservá-los.

O dr. Jarbas Adelino, membro do Ministério Público de Sergipe, foi convidado para palestrar e destacou a importância desse tipo de capacitação para os PRFs, considerando o contato que esse tipo de profissional tem com a sociedade. “A capacitação com relação aos direitos humanos, que é um tema atual e de suma importância para o aprimoramento desses policias, notadamente contribuirá no contato que eles têm com a população que fiscalizam. Todo e qualquer acréscimo de conhecimento melhora a relação dele com a sociedade e a melhor prestação do serviço dele para com essa sociedade” opina.

Dr. Jarbas: relação dos policiais com a sociedade será melhor

Outros especialistas também palestraram e trouxeram o contexto de seus estudos para o conhecimento dos policiais. Caso do Professor Gledson Lima, psicólogo, pesquisador e tenente-coronel da Polícia Militar de Sergipe. O palestrante atua na linha cognitivista comportamental e explica algumas dos benefícios dessa iniciativa. “Esse tipo de aprendizado sugestiona em cada indivíduo as reflexões íntimas, promotoras de questões comportamentais, de atitudes e revisões de ações e inspiração no bem. Eles [policias] saem daqui com ainda mais responsabilidade social e desempenho profissional.

Apesar do papel do policial na sociedade ser também como defensor dos direitos humanos, existem ocasiões em que se configuram abuso do poder por parte do policial, como exemplo a época do militarismo. O psicólogo Gledson garante que o histórico do país ainda influencia na relação da sociedade com os profissionais da polícia, mas em sua opinião, isso precisa ser mudado, principalmente se a sociedade exigir.

Gledson: eles saem daqui com mais responsabilidade social

“O excesso ou abuso do poder do policial repercute em um cenário social, as más práticas têm um cenário negativo perante sociedade e existe um débito social com o histórico desse país que viveu o militarismo e épocas negras de violações dos direitos humanos. Mas temos as instituições que merecemos, política e polícia que merecemos, e só na medida em que a sociedade for avançando, for exigindo melhoramento de certas instituições e for trabalhando essa melhora, toda essa história muda. O policial é oriundo de uma família, e essa família é representação dessa sociedade. Então ele está sujeito a esse estereótipo”, explica.

O policial rodoviário Anderson Sales, também responsável pela assessoria de comunicação da PRF, alertou para que a sociedade julgue a função da profissão de forma equivocada. “Os policiais, entre os servidores públicos, são os que estão mais afeitos a promoção e defesa dos direitos humanos. Não podemos enxergar o policial como violador dos direitos, e sim cobrar que sejam capacitados e orientados para que se tornem promotores e defensores desses direitos do cidadão”, disse.

Entrega de certificados

Por Ícaro Novaes e Verlane Estácio

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