Situação precária
Os professores da rede municipal de Pacatuba realizam na manhã desta segunda-feira, 26, um ato público nas ruas de Aracaju. Em greve desde o dia 30 de abril, os educadores pretendem chamar a atenção para os graves problemas por quais passam o magistério e as escolas do município, à tarde eles pretendem pedir apoio aos deputados estaduais. Ao contrário de outros municípios onde as negociações entre Sintese e prefeituras têm sido encaminhadas, o prefeito de Pacatuba Luis Carlos Santos se recusa a receber o sindicato da categoria. Foto: Arquivo
“O prefeito de Pacatuba ainda não compreendeu que estamos no século 21 e que os trabalhadores têm direito a reivindicar e também de ser recebidos para negociar”, disse o diretor do departamento de Base Municipal do Sintese, Morgan Prado Menezes.
Há cinco anos os salários dos professores estão congelados, sendo o salário-base de um docente é de apenas R$240. Além disso, segundo eles vários direitos que constam do Plano de Carreira não são respeitados. Outra reivindicação dos professores do município é por melhores condições de trabalho. Segue abaixo alguns relatos do precário estado das escolas do município, de acordo com denuncias do Sintese.
Na Escola Municipal Nossa Senhora do Carmo no povoado Golfo faltam carteiras e alguns alunos para estudar têm que dividir a carteira ou sentar no chão. A sala da secretaria também é usada como sala de aula para os alunos da Educação Infantil. Não há refeitório e é comum as crianças e jovens fazerem seu lanche também no chão, além disso, a escola está sem muro e não oferece segurança.
Na Escola Municipal Manoel Ricardo dos Santos do povoado Fazenda Nova, há mais de um ano que uma fossa está estourada, o mato cresceu tanto que virou abrigo de cobras e outros animais, colocando em risco a vida de todos. A iluminação é precária e para piorar não há vigilante à noite.
Em Ponta dos Mangues, na escola Bispo dos Santos e na escola Antônio Rosa na Boca da Barra não tem água limpa para alunos, professores e funcionários beberem, as carteiras estão velhas e o calor nas salas é insuportável por falta de ventilação. Não há material didático para alunos e professores e chegar a escola é um perigo porque o acesso é totalmente escuro.
No povoado Ponta da Areia a escola João Camilo Lemos também não tem carteiras, falta banheiro para os professores. Quando chove a escola é inundada porque a bica que deveria escorrer a água está quebrada.
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