A bolha de cada um.

Cada um fala para sua bolha, seu auditório.

Há uma bolha “bolsonariana”.

Ela não é muito grande, mas está se mostrando maior.

Há outra bolha em sua oposição, que bem mal poderia ser chamada de “antibolsonariana”.

Digo bem mal, porque esse povo não está postando contra Bolsonaro só agora.

Sua inconformidade vem de longe, desde que o Mito resistiu à facada perpetrada por Adélio Bispo, em prévias eleitorais.

A partir daquela data, esse povo vem cada vez mais: incomodado!

Para estes, o Mito não deveria nem ter sido candidato, quanto mais eleito, e pior: empossado; forte e fixe, quase três anos e meio, sendo acusado de tudo.

Justo naquilo que, em minoria; é virtude!

Porque o povo está cheio desse excedente bom mocismo, dos que se disfarçam explicitando, com máscara, sem conseguir esconder sua inconforme vontade do retorno ao poder.

Essa gente que reclama muito, ainda não percebe, que ficou muito tempo mamando nas tetas públicas, sem conseguir o seu amplo sacio, querendo mais, cada vez mais…

E de repente, o povo deles se cansou, inclusive de muitos formadores de opinião, em ampla esquerda fora de moda.

O povo, aquele que paga as contas, enfastiou-se com FHC, o sociólogo guru, das esquerdas descabeçadas…

Afadigou-se com Lula, o operário, que tudo mudaria, conclamando a ninguém jamais temer o medo de ser feliz…

Aborreceu-se por fim com Dilma, a guerrilheira, no mesmo discurso decepcionante, isso sem falar nos desmandos acontecidos, em desesperança e nos malfeitos apurados, para jamais serem esquecidos.

Quem não lembra que essa gente sempre posara bem só por ser “de esquerda”, tão rançosos quão raivosos, contra tudo que vigia então, e que só eles diziam assim, que iriam bem fazer melhor, repartindo o amplo erário com os desprovidos de tudo?

Não acenaram para eles, enquanto desprovidos plenos, os que iriam herdar replenos os frutos da terra, sem arar, nem plantar, colhendo o bom maná, direto na boca, e sem mastigar?

Não era assim que iriam melhorar a vida de todos?

Esses todos que viraram só alguns, e alguns somente, justo estes que estão a reclamar por três anos e quase quatro meses desde a subida do Mito, o “Capitão de Pijama Homofóbico e Genocida”, que não morreu de facada, nem de COVID, e vem galvanizando as ruas; mais uma vez!

Porque nesse jaez reclamatório, falaram de tudo, sempre difamando: das queimadas da Amazônia à falta de chuva, da insolvência Universitária à enaltação do Supremo Tribunal Federal, louvando qualquer um que ameace fulminante ao Presidente que lhes resiste, e a todo tipo de golpe.

O grande problema todavia, é que o “Capitão de Chegança” está dando um quinau nesses incomodados esquerdistas de amplo espectro.

Todos correm arriados em choro, em diversificado tom de carmim, variando tudo, por “gustibus e degustes”

Sem jamais se enrubescer ou se avergonhar, vão do vermelho sanguíneo ultrapassado, em saudosas sangueiras stalinistas, de avós e bisavós, a outros mais Softs, espécie de gramscianos Totós, à Enrico Berlinguer, o italiano eurocomunista, que não vingou herdeiros, mas aqui deixou-nos urtigas, algumas delas mais rosáceas, por desbotadas, sem falar dos muitos debochados, cujo esmaecer em descolore, é fruto apenas do descoramento de suas ideias, sem brilho e sem fertilidade, mesmo após a não vingada ereção de novo muro em Berlim.

Quanto aos debochados, fingem-se de tudo, querendo-se novos ou renovados, tão rasteiros, quão fugidios, sem ousar dizer o que são em suas siglas imaginadas piores e falsas, por desencantadoras.

São os Partidos Comunistas que prosseguem, sem ousar dizer, nem declinar, o nome que definem a sua infâmia.

Essa insânia que o capitalismo inventou enquanto “marca de fantasia”, só para nada dizer e representar.

Se a goiaba é a mesma, por que dizer que o picolé pode não ser Kibon, Maguari, Caicó, de marcas reais por famosas, ou outras mais saudosas como a nossa Cinelândia, por que tingir a gabiroba, se ela quebra pior quando a intenção esconde a razão, e da fruta retira o seu sabor?

Ah, o sabor! Nada melhor do que posar como o mais democrático! E azucrinar o vizinho por não o ser, ou sê-lo: antidemocrático e autoritário! O que é bem pior!

Porque alguém já disse que o melhor regime é o democrático, afora os outros!

E a democracia, esse regime das maiorias, ofusca a excedência dos fracassados de sempre, tendo que se curvar, e cortejar, às minorias.

E haja minorias!

Agora mesmo, ao que parece, até a terceira via está em minoria.

E o Bolsonaro, “aquele que vai perder a próxima eleição”, exaspera os bem-falantes isentões, estes que se enojam e se entojam de possuir um “Presidente Genocida”, um perigoso homicida, a ameaçar a Democracia.

Nesse contexto, pergunta alguém pouco dócil em sua raiva incontrolada de bolha: – “Quando é que o povo irá sair às ruas para pendurar , esse Bozo e sua Michele, tão bonita, de cabeça pra baixo em praça pública e em ponta-cabeça, igual a Il Duce Benito  Mussolini, e sua Clara, a Petacci?”

Porque é essa a raiva que os contamina em sua bolha, virando uma bolhinha, cada vez menor.

É assim que eu vejo essa euforia condenando até mesmo o indulto corajoso e altivo do nosso Presidente Capitão.

Para todos dessa bolha, vale tudo para tolher o Capitão!

Como tudo vale, embora eu ache que não deveria ser assim, só posso lamentar, isso na minha bolha, o péssimo flerte dos poderes supremos com a anarquia constitucional.

Há algo cheirando mal na Praça dos Três Poderes e não culpem o Presidente Bolsonaro!

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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