A violência em alta

A VIOLÊNCIA EM ALTA

 

A violência no mundo é a tônica do momento. Ela é tão constante, tão permanente em nossos dias, que nada mais nos comove.

 

O homem maquinizou-se, pretrificou-se.

 

O mundo fervilha. Violenta-se a cada segundo o direito de vida da raça humana e onde encontrar as causas que fazem deste mundo, o mundo violento de hoje? Mas por que tudo isto?

 

Entre as causas “macro” de tudo isto, são facilmente mensuráveis e identificadas, a econômica e a comunicação. No que se refere à economia pode-se afirmar que a má distribuição de renda é fator que, muitas vezes, leva os menos favorecidos a procurarem a sua subsistência através de cominhos que geram violência. Quanto à comunicação, “Hoje o mundo é uma aldeia global”. O mundo é cortado pela comunicação e assim, a todo o momento, informações de violência, que acontece no mundo, invadem os nossos lares. Todos os dias e cada vez mais constantes, são as notícias e imagens da violência na disputa entre o povo palestino e Israel. Constantes, também, são as noticias da violência na Colômbia e Venezuela.

 

11 de setembro de 2001 – Quem diria? O país mais rico do mundo, na cidade de Nova York. O mundo todo assistiu pelos noticiários da televisão, os terroristas, numa ação suicida, usando dois aviões de companhias aéreas americanas seqüestrados, destruindo o “World Trade Center”. Os alvos dos terroristas foram mais de um, mas para a mídia, o que valeu foi a destruição do World Trade Center. A conseqüência desses atos, como não poderia deixar de ser, foi o revide norte-americano, no Afeganistão, à procura do mentor intelectual dos atos terroristas de 11 de setembro. Foram meses de ataques e destruição. Muitos e muitos civis, sem envolvimento algum, não tiveram outra chance, se não a de serem mais vítimas da violência.                      

As principais causas específicas são: A droga e o fanatismo.

 

No que se refere ao tráfico de droga, pode-se afirmar que a ilegalidade e o aumento do consumo fazem com que aumentem o número de traficantes, que tudo fazem para aumentar o seu poder.

 

Quanto ao fanatismo, a crença difundida pelas seitas religiosas, de que a individualidade terrena inexiste faz com que os praticantes dessas seitas vêem que o fim, a perpetuação em outro estágio, justifica todo e qualquer meio, inclusive o sacrifício da própria vida.

 

Existe, enfim, meios possíveis de reduzir a violência no mundo? Existir existem, mas é preciso, em primeiro lugar, que seja “magna” a participação de pessoas e países, principalmente os mais poderosos e, em segundo lugar, persistência e paciência, porque, infelizmente, os resultados não são imediatos.

 

No que se refere à questão econômica, progresso e desenvolvimento são direitos de todos, mas para que isto se torne realidade há necessidade de que os países mais ricos estejam dispostos a manterem um diálogo franco com os países em desenvolvimento e subdesenvolvidos.

 

A médio e longo prazo, os países mais ricos, com os novos mercados que se abrirão com o desenvolvimento dos países, que não estão no topo, serão ressarcidos de toda a ajuda que fizerem para a alavancagem do progresso desses países.

 

O mundo, como um todo, terá de desenvolver-se, a fim de seja garantido trabalho para todos, porque com o trabalho pleno, o homem não terá tempo nem interesse para com a violência.

 

No que concerne à comunicação, tendo em vista que a liberdade de imprensa é imperativo na democracia, sistema de governo que prepondera, os governos não podem ditar o que pode ou não ser divulgado. Assim nos cabe é, em toda oportunidade que houver, clamar para que a imprensa dedique mais espaços para fatos que demonstrem amor, compreensão e justiça do homem para o seu semelhante.

 

No que se refere às causas específicas, temos que o fanatismo é muito difícil de ser revertido, porque fanatismo é sinônimo de crença e, assim sendo, só é possível deixar de existir, quando a decepção pela crença passar a existir.

Quanto à violência em função da droga, eu gostaria, para reflexão, questionar o seguinte: O cigarro não vicia? A sua venda é proibida? A bebida alcoólica também não vicia? Sua venda é proibida? Não, pelo contrário, o seu consumo é altamente estimulado, através da propaganda pela televisão.

 

Ainda sobre bebida alcoólica, vale a pena lembrar que sua venda já foi proibida no Estados Unidos. Acredito que todos já tenham visto algum filme sobre este caso. Nesses filmes, não há semelhança de procedimento do traficante de droga com os “chefões”, que desrespeitavam a lei e vendiam clandestinamente a bebida?

 

 No Brasil, o que está na imprensa?

 

Segundo consta da mídia, os seqüestros aumentaram em São Paulo, a criminalidade, por causa do tráfico de droga, aumentou em Belo Horizonte, os traficantes de droga, na cidade do Rio de Janeiro, matam para assegurar sua área de atuação e desafiam a polícia invadindo presídios e libertando presos. São quase que diárias as rebeliões nos presídios.

 

No caso específico do Brasil, além de tudo que foi dito acima, algumas medidas, para compensar o que deixou de ser feito nos últimos anos, deveriam ser adotadas, para reduzir o espaço da violência nos noticiários da imprensa.

 

Entre essas medidas destacam-se: Modificar a legislação e ampliar a atuação da Polícia Federal; unificação da policias civil e militar; usar todos os instrumentos disponíveis e possíveis para evitar que os presos mantenham comunicação, por celular ou outro instrumento, com quem está fora do presídio; dar um plano de carreira e salário que dignifiquem o policial; limpar os quadros das policias, excluindo aqueles que se corromperam; dar tratamento diferenciado entre o viciado e o fornecedor da droga, para esses usar o maior rigor na busca, detenção e prisão; a justiça tornar-se mais ágil e com isto, muitos que cometeram pequenas faltas poderiam estar livres, mas estão ocupando os presídios e outros, que deveriam estar presos, estão livres porque tem recursos e posição. Outro ponto importante é dar mais recursos e poder às prefeituras, que é quem está mais perto dos munícipes, para, preventivamente, encontrar o apaziguamento entre partes conflitantes. Porque nessa fase se nada for feito, inevitavelmente, o fim será a violência.

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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