Aconteceu em Santanápolis.

Artur Oscar de Oliveira Deda está a lançar mais uma nova produção intelectual.

Não se trata de uma obra jurídica destinada a especialistas, nem outra tratativa didática inerente ao seu mister de professor e magistrado.

Diria tratar-se de um tema inerente à ficção, em particular aos romances de costume, ou um relato memorial de fatos vividos e convividos na sua bucólica Simão Dias.

Anápolis onde os bois interrompem cortejos fúnebres e os homens sofrem com a perda de sonhos e de amigos, se angustiando mais enquanto torcedores do escrete nacional, para jamais esquecer como fora a derrota da nossa seleção, via rádio, frente ao time do Uruguai, e agora em repetição de novas estórias, que por certo surgirão após o 7X1 frente a Alemanha na Copa que passou.

A história de Artur Oscar acontece em Santanápolis, ou Simão Dias, como se percebe logo, isso num tempo em que um nome brigava com o outro para denominação daquela terra quando bem banhada pelo Caiçá.

Porque houve uma grande luta entre os adeptos do nome Simão Dias, um tão discutível vaqueiro que por ali viveu por primeiro, e que não foi só um, mas três, um verídico somente, ou nenhum à procura ainda de uma definitiva conclusão, quando em verdade a Vila nascera por doação cartorial de uma gleba de Terra, mediante doação realizada em 7 de setembro de 1784 pelo Capitão Manuel de Carvalho Carregosa e sua esposa Ana Francisca de Meneses, em louvor a Santana.

Santana que se tornou freguesia, surgindo o nome Anápolis disputando com Simão Dias, tendo o apoio do “Diabo Louro de Canudos”, o General Siqueira de Meneses, então governador.

Sem falar de outros defensores de Anápolis como o Padre e Doutor João de Matos Freire de Carvalho, os juristas Antônio Manoel de Carvalho Neto e Gervásio Prata, e tantos outros como o Monsenhor João Batista de Carvalho Daltro e até de seu filho Pedro Garcia Moreno, avô de minha esposa Tereza Cristina, que sempre se referia a Simão Dias como Santana do Caiçá.

E a história terminando com vitória de Simão Dias sem levar consideração insultuosa de “neve e carvão”, só por causa de uma bisonha justificativa, afinal já existia uma cidade Anápolis lá no sul do país.

Mas, se houve muita luta entre anapolitanos e simão-dienses, este não é o tema de Artur Deda. Deste assunto cuidou com muito desvelo o seu genitor, o advogado José de Carvalho Deda.

A temática de “Aconteceu em Santanápolis” não é conflituosa. É delicada e terna.

O romance de Artur Oscar de Oliveira Deda.

Trata de coisas simples; de amor, amizade, lembranças que permanecem, feitos esquecidos, submersos na poeira do tempo. Personagens comuns do cotidiano simples de uma povoação sem dramas, nem sofrimentos exagerados.

Pode-se dizer que igual à vida, caminhos e descaminhos são ali palmilhados, em muitos encontros e tantos desencontros.

Há neste amplo descortinar da trama a presença benfazeja do médico da aldeia, do advogado solitário, e tantos outros, sobretudo daquele personagem mais ditoso, o inteligente contador Jorge Bandeira, premiado pelas suas melhores recordações.

E há outros cujo passar leva consigo o signo da imperfeição humana, refém dos apetites da carne em lascívia mal contida do Padre Diamante.

Artur Oscar de Oliveira Deda está a lançar mais uma nova produção intelectual.

Não se trata de uma obra jurídica destinada a especialistas, nem outra tratativa didática inerente ao seu mister de professor e magistrado.

Diria tratar-se de um tema inerente à ficção, em particular aos romances de costume, ou um relato memorial de fatos vividos e convividos na sua bucólica Simão Dias.

Anápolis onde os bois interrompem cortejos fúnebres e os homens sofrem com a perda de sonhos e de amigos, se angustiando mais enquanto torcedores do escrete nacional, para jamais esquecer como fora a derrota da nossa seleção, via rádio, frente ao time do Uruguai, e agora em repetição de novas estórias, que por certo surgirão após o 7X1 frente a Alemanha na Copa que passou.

A história de Artur Oscar acontece em Santanápolis, ou Simão Dias, como se percebe logo, isso num tempo em que um nome brigava com o outro para denominação daquela terra quando bem banhada pelo Caiçá.

Porque houve uma grande luta entre os adeptos do nome Simão Dias, um tão discutível vaqueiro que por ali viveu por primeiro, e que não foi só um, mas três, um verídico somente, ou nenhum à procura ainda de uma definitiva conclusão, quando em verdade a Vila nascera por doação cartorial de uma gleba de Terra, mediante doação realizada em 7 de setembro de 1784 pelo Capitão Manuel de Carvalho Carregosa e sua esposa Ana Francisca de Meneses, em louvor a Santana.

Santana que se tornou freguesia, surgindo o nome Anápolis disputando com Simão Dias, tendo o apoio do “Diabo Louro de Canudos”, o General Siqueira de Meneses, então governador.

Sem falar de outros defensores de Anápolis como o Padre e Doutor João de Matos Freire de Carvalho, os juristas Antônio Manoel de Carvalho Neto e Gervásio Prata, e tantos outros como o Monsenhor João Batista de Carvalho Daltro e até de seu filho Pedro Garcia Moreno, avô de minha esposa Tereza Cristina, que sempre se referia a Simão Dias como Santana do Caiçá.

E a história terminando com vitória de Simão Dias sem levar consideração insultuosa de “neve e carvão”, só por causa de uma bisonha justificativa, afinal já existia uma cidade Anápolis lá no sul do país.

Mas, se houve muita luta entre anapolitanos e simão-dienses, este não é o tema de Artur Deda. Deste assunto cuidou com muito desvelo o seu genitor, o advogado José de Carvalho Deda.

A temática de “Aconteceu em Santanápolis” não é conflituosa. É delicada e terna.

Trata de coisas simples; de amor, amizade, lembranças que permanecem, feitos esquecidos, submersos na poeira do tempo. Personagens comuns do cotidiano simples de uma povoação sem dramas, nem sofrimentos exagerados.

Pode-se dizer que igual à vida, caminhos e descaminhos são ali palmilhados, em muitos encontros e tantos desencontros.

Há neste amplo descortinar da trama a presença benfazeja do médico da aldeia, do advogado solitário, e tantos outros, sobretudo daquele personagem mais ditoso, o inteligente contador Jorge Bandeira, premiado pelas suas melhores recordações.

E há outros cujo passar leva consigo o signo da imperfeição humana, refém dos apetites da carne em lascívia mal contida do Padre Diamante.

Como boa pedra burilada, o livro de Artur Deda é agradabilíssimo de ler, mesmo que o autor o classifique como despretensioso, uma mera utilização da sua verve e criação ficcional.

Se posso eleger melhor agrado, destaco sobremodo a preocupação do autor com a citação de muitos clássicos de sua preferência, seja os textos latinos bem inseridos, sejam tantas citações do poetar pátrio ou importado, em vasto deslinde do nosso cancioneiro popular.

E se me fosse concedido poder externar minha melhor preferência diria que o ápice do romance se concentra no momento do encontro de Jorge Bandeira com Lurdinha.

A cena ali narrada, semelhante àquela vivida por Ralph Fiennes e Kristin Scott Thomas, em ardência de desejo no filme “O Paciente Inglês”, valem por si só tanto no filme de Anthony Minghella, como no livro  “Aconteceu em Santanápolis lançado agora por Artur Oscar de Oliveira Deda.

Vale a pena conferir.Como boa pedra burilada, o livro de Artur Deda é agradabilíssimo de ler, mesmo que o autor o classifique como despretensioso, uma mera utilização da sua verve e criação ficcional.

Se posso eleger melhor agrado, destaco sobremodo a preocupação do autor com a citação de muitos clássicos de sua preferência, seja os textos latinos bem inseridos, sejam tantas citações do poetar pátrio ou importado, em vasto deslinde do nosso cancioneiro popular.

E se me fosse concedido poder externar minha melhor preferência diria que o ápice do romance se concentra no momento do encontro de Jorge Bandeira com Lurdinha.

A cena ali narrada, semelhante àquela vivida por Ralph Fiennes e Kristin Scott Thomas, em ardência de desejo no filme “O Paciente Inglês”, valem por si só tanto no filme de Anthony Minghella, como no livro  “Aconteceu em Santanápolis lançado agora por Artur Oscar de Oliveira Deda.

Vale a pena conferir.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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