De Gaulle tinha razão, sem dúvida

Qualquer organismo internacional que visitar o Brasil neste período carnavalesco ficará deveras impressionado com a paralisação do País para comemorar uma festa que é sinônimo de esbórnia. De sexta-feira até a quarta-feira da próxima semana nada funcionará no País por conta dos desfiles de bloquinhos, blocões, escolas de samba e bandas arrastando multidões rua acima, rua abaixo, entoando geralmente músicas que foram sucessos há algumas dezenas de anos. Não há nada de novo sob o país do carnaval, senão uma crise econômica que não tem fim e devora os dias de trabalho dos brasileiros que são forçados a parar por 4 ou 5 dias em reverência a um rei da esculhambação. O País só volta a normalidade, agora, depois de hoje, sexta-feira, na quinta-feira. Os bancos voltam a funcionar na segunda metade de quarta-feira de cinzas, mas o problema é fazer muitos foliões tomarem coragem para ir ao trabalho. E no final de semana ainda tem ressaca do carnaval, com o desfile dos grupos vencedores das dezenas e dezenas de desfiles por todo o País. Bem que o general Charles De Gaulle, herói de guerra e presidente da França, vaticinou: “C´est ne pas un pays serieux” (o Brasil, segundo ele, não era um país sério). Não é nem questão de de curtir o carnaval, relaxar e gozar. É questão de sem-vergonhice mesmo…

Georgeo bate no governo e apanha de Gualberto

O deputado Georgeo Passos, líder da Oposição na Assembleia Legislativa, fez um alentado, bem forrado de dados e números, sobre a apregoada dificuldades financeiras do Estado. Ele revelou que, pela primeira vez, a receita do Estado, em dezembro último atingiu os dez bilhões de reais de receita, mas não chegou a descer a detalhes, como o quanto o Estado ficou depois de tirar as contribuições obrigatórias (Legislativo, Judiciário, municípios, etc.). Georgeo Passos foi taxativo: a situação deve ser ruim, mas não tão péssima como apregoa o governador do Estado. Ontem, quinta-feira, descendo da postura de vice-presidente da Casa, o deputado Francisco Gualberto pegou pesado com Georgeo Passos: segundo ele, o parlamentar da Oposição não levou em conta as despesas que o Estado tem. “Ele só faz a conta da arrecadação, sem levar em consideração as despesas. . Ao passo que fica aqui escamoteando versões, el tem as informações certas. É inteligente e capaz, mas feito essa política de até ter entrado na Justiça para diminuir a arrecadação do Estado, como aconteceu no caso do ICMS”, argumenta Gualberto , que foi mais longe: “Essa atitude gera dois problemas para a sociedade. A população recebe informação falsa sobre a arrecadação do Estado e assim ele omite a realidade financeira do Estado porque nega as obrigações do governo”. Antes de finalizar, Gualberto lançou um repto a George Passos: a divulgação da fórmula de administrar do seu pai, o Prefeito de Ribeirópolis, Antonio Passos, para que o Estado possa imitá-lo e sair-se melhor do que o atual governador está fazendo. Esta é uma comparação difícil de fazer: afinal, Ribeirópolis é apenas um pequeno município do interior sergipano e o Governo do Estado tem que cuidar de setenta e tantos municípios, transferindo-lhes recursos mensalmente.

MEC libera um bilhão

O Ministério da Educação liberou um bilhão, dezesseis milhões, cento e cinquenta e três mil reais, mais alguns trocados, para Estados e municipios. Os recursos são destinados a complementação do fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e da Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e à complementação do Piso Nacional do Magistério, referentes a fevereiro. Os recursos foram repassados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao MEC que efetua o repasse aos entes federados. O valor da parcela de fevereiro da Complimentação da União ao Fundo é de R$ 914.537.948,00. O Fundeb é um fundo especial formado quase em sua totalidade por recursos oriundos de impostos e transferências constitucionais dos Estados, Distrito Federal e municípios, que são destinados à educação básica.[

Uma fusão absurda

Esse novo Ministro da Economia, Economia Paulo Guedes, recepcionado quando de sua chegada ao governo, como um “gênio da raça”, até agora não mostrou para que veio, pelo menos até agora. Agora até atrai a ira de todo o Nordeste por anunciar, para breve, a fusão do Banco do Nordeste (BNB) com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Embora atuando no mercado financeiro, os dois bancões exercem funções antagônicas, daí porque a reação dos nordestinos. Enquanto o BNB foi criado para impulsionar o desenvolvimento do Nordeste – uma região normalmente esquecida pelos barões do governo – o BNDES apoia as empresas nacionais no seu processo de capitalização para impulso dos negócios. São atividades estranhas uma da outra. Juntar os dois bancões significará uma perda inestimável para o Nordeste e um desvio da atuação do BNDES. Paulo Guedes deveria pensar melhor o que anuncia como obra do gênio do que costumeiramente ele só faz na privada…

A primeira parcela já foi paga

Eis aí uma boa notícia: o governador Belivaldo Chagas mandou, afinal, pagar os 30% da primeira parcela da Carreta da Mulher, veículo fabricado para a realização de exames e diagnósticos do câncer de Mama. Em um prazo de 3 dias, a equipe técnica do Hospital do Amor, de Barretos (SPO), maior instituição oncológica do País, realizará uma vistoria técnica definitiva dos equipamentos, quando todos os aparelhos deverão estar em pleno funcionamento para um laudo final. Haverá também a instalação dos softwares, sistemas operacionais e capacitação dos servidores que irão manusear os equipamentos. Só depois disto o governo do Estado pagará os 70% restantes.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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