Há muito tempo não se via na Assembleia Legislativa de Sergipe um discurso tão corajoso quanto o pronunciado ontem pelo deputado Francisco Gualberto, ex-líder do Governo na Casa e hoje Vice-Presidente dela. Em pouco menos de vinte de fala, Gualberto destacou que o Brasil está voltando a ser colônia de novo, agora dos Estados Unidos. “O Presidente está entregando tudo, desde a Base de Alcantâra, no Maranhão, ao fato de permitir a entrada no País de cidadãos de quatro países do mundo – Estados Unidos, Japão, Canadá e Austrália, sem que houvesse reciprocidade na medida, como é comum no mercado internacional. Para Gualberto, o presidente Jair Bolsonaro é um caso para a psiquiatria resolver. “Bolsonaro não deve ser normal. Se tem algum parafuso no cérebro, todos estão comprometidos ou folgados. É preciso ser louco para fazer uma política internacional desse jeito”. Nessa viagem aos Estados Unidos, Bolsonaro fugiu do programa oficial para dar um pulinho na CIA, para tramar contra a Venezuela, sem que o Brasil tenha feito alguma coisa pelo país de Nicolas Maduro. Gualberto citou outros exemplos de loucura de Bolsonaro, como o fato de estrangeiros poderem adquirir terras ao seu bel-prazer na Amazônia, Pelas leis brasileiras o dono da terra é também o proprietário do seu subsolo. O Brasil está voltando a ser colônia agora em pleno século 21. Ao lavrar seu protesto pelos erros cometidos por Bolsonaro, disse que o Brasil desconhece alguma medida do Presidente que beneficie o povo brasileiro, de um modo em geral. “Não existe sequer um aceno de um projeto que possa combater a fome e a miséria, melhorar a qualidade de vida do povo brasileiro e preservação das riquezas naturais”. Para embasar a sua tese de que o de que já existe uma tomada de poder pelos militares, 8 ou 9 ministros vieram das casernas. “Ou o povo reage ou muito em breve virá por aí uma tragédia anunciada”. Os deputados presentes à sessão de ontem, ouviram o discurso de Gualberto em silêncio. Nem mesmo o deputado Rodrigo Valadares, o mais novo desafeto do parlamentar petista, comentou alguma coisa.
Integrantes do Instituto Histórico
O empresário Albano Franco toma posse como membro do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe. Será durante sessão solene comemorativa dos 164 anos de Aracaju, que acontece a partir das 16 horas de amanhã, quinta-feira, no auditório do IHGS, na rua Itabaianinha, 41. Além de Albano Franco, outras personalidades locais também receberão a titulação, entre elas o Conselheiro do Tribunal de Contas, Carlos Pina de Assis, o médico Antônio Carlos Sousa, o economista Marcos Melo e a professora Luzia Costa Nascimento. Ainda como parte da programação festiva, a professora Andréa Rocha Filgueiras vai ministrar palestra sobre o tema ‘O Mercado Municipal de Aracaju e seus tempos: princípio, perda e reinvenção”. Na ocasião será também aberta a exposição “Aracaju dos Meus Amores”.
Impostos federais levam 505 milhões
A arrecadação de tributos federais no Estado, em fevereiro, chegou a pouco mais de R$ 505,6 milhões. Em termos relatos, a soma arrecadada assinalou retração de 4,6% em relação a janeiro deste ano. No entanto, quando comparado com fevereiro do ano passado, verificou-se alta de 44,7%. As variações são em termos reais, ou seja, consideram os efeitos da inflação no período que são medidas pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA). No mês analisado, a Receita Previdenciária foi a principal fonte de arrecadação no Estado, contando mais de R$ 274,2 milhões compreendendo 54,2% do total recolhido aos cofres da União. Em seguida, o Imposto sobre a Renda figurou em segundo lugar, alcançando mais de R$ 114,1 milhões, abrangendo 22,6% do montante arrecadado. O recolhimento da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – COFINS – ficou próximo dos R 45,6 milhões no mês analisado, enquanto que o recolhimento da Contribuição para o PIS/PASEP ficou acima dos 19,5 milhões. Já a Contribuição Social sobre o Lucro Liquido foi de R$ 17 milhões. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) contribuiu com R$ 9,2 milhões, respondendo por 1,8% da arrecadação no mês em análise.