Miradouros, construções suntuosas, parques charmosos e boa pedida para satisfazer aos exigentes paladares, Lisboa tem contagiado os brasileiros. E não por acaso! Com uma população de cerca de 506 mil habitantes, clima agradável, transporte público acessível e atrativos turísticos diversos, a cidade proporciona um invejável mix de atrações para os marinheiros de primeira viagem ao conhecerem a Europa, ou, simplesmente, para àqueles que desejam flanar por suas ruas. A dica de como conhecê-la é dividi-la em regiões, a exemplo do lado direito da avenida Liberdade (Praça da Figueira e arredores e Castelo de São Jorge e arredores), do lado esquerdo da avenida (Chiado), além da parte moderna e do bairro Belém com Padrão do Descobrimento e Oceanário. O Tô no Mundo começa aqui as dicas de uma boa viagem.
Lisboa, capital dos portugueses, tem cada vez mais atraído brasileiros ávidos por conhecerem os costumes e tradições dos compatriotas lusitanos. A cidade oferece uma infraestrutura acessível, tanto de hospedagem como de alimentação, serviços, transporte e atrativos com um bom custo/ benefício se comparado com outros destinos europeus. Percorrer a pé, de tuk-tuk ou nos famosos elétricos e bondes é conhecer uma Lisboa que tem tudo a ver com os brasileiros.
O Parque Eduardo VII, antigo Parque da Liberdade, é um bom local para se localizar na cidade e começar a desbravá-la. O maior parque público de Lisboa abriga cerca de vinte e cinco hectares de verde. No alto do parque, numa zona bem visível da cidade, está hasteada uma grande bandeira de Portugal que representa o orgulho do povo em ser português e de Lisboa em ser a capital do país. Dos dois lados da área verde há passeios de pedras portuguesas que ladeiam mais áreas verdes, uma abrigando uma estufa fria, com uma diversidade de plantas exóticas, riachos, cascatas, palmeiras e trilhos, fúcsias, arbustos em flor e bananeiras e a estufa quente com plantas luxuriantes, lagos e cactos bem como aves tropicais, além de lagos, do atual pavilhão Caros Lopes, e no topo, próximo da bandeira, o Monumento ao 25 de Abril e Jardim Amália Rodrigues.
A sua frente no sentido do rio Tejo fica a Praça Marques de Pombal e uma das estações de metrô no subterrâneo. No entono do parque e da praça ficam bairros que abrigam vários hotéis, costumeiramente procurados por brasileiros. A partir dali, pode-se percorrer toda a extensão da avenida Liberdade, com seus cafés, restaurantes, casas de shows, monumentos e lojas de grife.
No seguimento da avenida fica a famosa Praça dos Restauradores situada na Baixa Lisboa e uma série de pontos turísticos por todos os lados, além de confeitarias, delicatessens e as famosas padarias portuguesas com seus doces e guloseimas famosas em todo mundo. Na praça dos Restauradores o turista se debruçará sobre um calçadão de pedras portuguesas, ladeado por um grande obelisco, ao centro, denominado de Monumento aos Restauradores e inaugurado em 28 de abril de 1886, com o custo de 45 contos de réis, em comemora a libertação do país do domínio espanhol em 1 de dezembro de 1640.
O ponto forte desta praça é, indubitavelmente, a arquitetura, com diversos edifícios que a circundam característicos e históricos, como o Palácio Foz (atual Posto de Turismo), o Orion Eden Hotel (antigo cinema Eden), o pequeno coreto, o elegante Avenida Palace Hotel, entre muitos outros, que traduzem a esta Praça um charme especial que herdou desde o século XIX, quando era passagem obrigatória nos distintos passeios burgueses.
Logo em seguida a ela fica a Praça do Rossio ou Praça de Dom Pedro IV, com a icônica fachada da estação do Rossio. Ao redor da Praça prédios importantes em Lisboa, como o imponente Teatro Nacional D. Maria II, o Café Nicola e o Café Beira Gare (dois dos cafés mais famosos de Lisboa) e monumentos, como fontes e um pedestal bem no centro da praça com a estátua de Dom Pedro IV, também chamado de Dom Pedro I no Brasil (Proclamou a independência frente a Portugal). Verifique que o desenho da calçada parece o famoso calçadão de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Ainda no sentido Rio Tejo, indo na direção esquerda, fica a Praça da Figueira com seus restaurantes e mercados. Na Praça da Figueira também acontece feiras livres nos finais de semana e é ponto de partida de bondinhos elétricos, a exemplo do tradicional 28E e o moderno 15E.
Claro que se detalhar os locais próximos a estas três praças há atrações para um dia todo, porém, a dica é continuar percorrendo a pé pela Rua Augusta até a próxima parada obrigatória: o Arco da Rua Augusta e a Praça do Comércio. Antes de chegar até ele verifique a quantidade de confeitarias nesta rua, muitas delas, com grandes filas para se consumir o famoso pastel de nata ou o croquete de bacalhau e de carne.
Poucos sabem que o Arco da Augusta funciona das 9h às 20h como miradouro do mais alto patamar da construção erguida após o terremoto de 1755, para simbolizar o triunfo e a glória do império português à época da inauguração, em 1875. Custa: € 3.
Na Praça do Comércio é onde os turistas se encontram em qualquer horário do dia por ter lá uma grande quantidade de restaurantes e atrações no seu entorno e também ser ponto de partida de elétricos (trem VLT que percorre até o bairro de Belém).
Antigamente chamada de Terreiro do Paço, é uma praça da Baixa de Lisboa que se debruça sobre o rio Tejo. É uma das maiores praças da Europa. É considerada um símbolo histórico do poder político e manifestação de Portugal. Os edifícios que envolvem a praça foram, durante décadas, utilizados por diferentes ministérios e outras instituições públicas. Hoje a sua utilização está dividida entre departamentos governamentais, atividades culturais e promocionais, hotéis, restaurantes e cafés.
É num dos edifícios da praça que se encontra o famoso café Martinho da Arcada, o mais antigo de Lisboa, e um dos preferidos de Fernando Pessoa. No centro da praça, vê-se a estátua equestre D. José, erigida em 1775 por Joaquim Machado de Castro, o principal escultor português do século XVIII.
Se ainda não cansou e quer conhecer a cidade a pé, siga a rua da Alfandega, perpendicular à praça e chegará a um charmoso lago com mesinhas nas calçadas e a Casa dos Bicos José Saramago. Neste largo há dezenas de locais bem atraentes para se tomar um vinho ou descansar para subir as ruelas e becos do bairro da Alfama até o Castelo de São Jorge, mas não esqueça: até lá tem muito o que se ver e conhecer, a exemplo da Catedral da Sé de Lisboa, da Igreja de Santo Antônio de Lisboa até chegar ao miradouro de Santa Luzia.
O bairro da Alfama juntamente com a Mouraria e a Graça são os locais mais antigos de Lisboa, em conjunto com o Alto do Chiado. É também onde se concentram tradicionais restaurantes e ruas com casarões cobertos pelos típicos azulejos portugueses. Vale a pena uma visita.
Caso não queira e os pés não o deixem subir as ruelas do bairro, aguarde o pôr do sol à frente da praça do Comércio, no denominado Cais das Colunas, onde se tem artistas de ruas que cantam fado e bossa nova enquanto o sol se despede. Desbravar Lisboa só está começando.
Dicas de viagem
Lisboa Card vale a pena? Sim, vale adquiri-lo logo que chegue na Capital Lusitana. O cartão é disponibilizado por 24h, 48h ou 72h ou mais nos pontos de informação e conta a partir do momento que se faz a primeira utilização. Ele é válido nas linhas de metrô, dos ônibus e nos elétricos (VLT) e em bondes, além dos elevadores que acessam o bairro Chiado, e demais atrativos turísticos da cidade, como o Mosteiro dos Jerônimos e a Torre de Belém. Em alguns pontos o portador do Lisboa Card tem acesso sem filas.
Há duas localidades estratégias de hotéis em Lisboa, a que fica nas proximidades do Parque Eduardo VII e nos bairros históricos mais ao Centro. A rede hoteleira de Lisboa é bem servida e o transporte público funciona a contento independentemente de onde se hospede. Os hotéis que ficam fora do Centro Histórico tem um melhor custo/benefício.
Não se faz necessário apressar-se para procurar os locais de refeições. Lisboa é bem servida de bons restaurantes a preços convidativos, comparando com outras capitais da Europa.
Para quem tem pouco tempo em Lisboa e quer conhecer panoramicamente há ônibus turísticos de duas empresas portuguesas que transitam por três linhas distintas e o turista pode parar em qualquer um dos pontos, inclusive escolher se quer combinar as linhas turísticas. Com guiamento em português e custando a partir de 17 euros, o turista poderá ter uma boa experiência.
Como toda cidade da Europa, Lisboa possui seus costumes e regras, a exemplo, fechar os estabelecimentos às 24h. Programe-se porque não há jeitinho brasileiro. Também não vacile em ter cuidado com os pertences. Segurança deve começar pelo visitante em qualquer lugar do mundo.
O aeroporto de Lisboa fica próximo dos principais hotéis de Lisboa e há uma linha de metrô que interliga ao centro da cidade. É bastante fácil se locomover neste modal de transporte.
Gastroterapia
Não resta dúvida que o bacalhau português é a vedete da culinária lusitana. Servido nos diversos pratos e preparações, o peixe está presente em todos os cardápios, em lomo, em lascas, postas ou desfiado. O pastel de bacalhau é uma marca da capital lusitana, além do bacalhau embebecido de puro azeite de oliva português acompanhado de verduras e ervas. O peixe dessalgado tem um gosto apurado e nada tem a ver com os que encontramos no mercado salgado.
Há também o croquete de carne que se constitui como uma entradinha nos principais restaurantes regionais. O custo da iguaria varia de restaurante, mas geralmente pode ser encontrado a partir de € 12.
O croquete de carne a partir de € 6 a poção com quatro. O pastel de bacalhau também é o que encontramos no Brasil como o bolinho ou a patanisca, geralmente recheado de queijos especiais. A depender do local, a iguaria pode ser encontrada a partir de € 2.