MEIO AMBIENTE

Num mundo tão desigual, onde os países que estão à frente ainda hoje resistem abrir mão do interesse econômico em prol do meio ambiente, o que dizer dos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento.

Os países desenvolvidos ontem destruíram florestas, não só em seus territórios, mas também nas terras colonizadas, principalmente na Ásia e na América do Sul e hoje, alguns deles, como os Estados Unidos e a Austrália, resistem reduzir a emissão do gás carbono, conforme determina o Protocolo de Kyoto.

Hoje, nos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos é difícil a situação. O que fazer? Não destruir as florestas para garantir o amanhã em nosso planeta ou substituir as florestas pela agricultura e criação de gado para matar a fome de seus povos?

Esta desigualdade dificulta, ou mesmo impede, que se encontre uma efetiva solução para proteger o meio ambiente. A posição assumida pelo Presidente Bush dos Estados Unidos de não aceitar as decisões do Protocolo de Kyoto para não prejudicar a sua economia, demonstra bem como é difícil conseguir um consenso na luta para salvar a natureza.

Se os países desenvolvidos não conseguem reverter a posição dos Estados Unidos, como poderão querer que os países subdesenvolvidos não destruam suas florestas para matar a fome de seus povos?

Com referência ao Protocolo de Kyoto, o que deve ser feito quando expirar, em 2012, o tratado que estabelece quotas de emissões dos gases causadores do aquecimento do planeta?

De acordo com estudo da Fundação Re de Munique, Alemanha, as perdas ocasionadas em 2005 por desastres naturais relacionados ao clima, como furacões e tempestades tropicais, chegaram a US$ 200 bilhões.

Pelo que representa para economia mundial e pelo que contribui para a poluição do planeta os EUA não poderá ficar fora de qualquer tratado na área ambiental.

Sobre a participação formal do Brasil em um novo acordo que venha substituir o Protocolo de Kyoto, Ronaldo Vasconcelos, Vice-Prefeito de Belo Horizonte e ambientalista histórico, diz estar certo de que isso vai ocorrer: “A gente tem que entender que o Brasil está efetivamente trabalhando errado na questão do desmatamento, dos incêndios florestais e das queimadas. Temos que assumir isso, não podemos mentir”. Em 2004, mais de 26 mil km2, uma área correspondente ao Estado de Alagoas, foram desmatados.

Segundo a Ministra Marina da Silva, 2005 fechou com 19 mil km2 desmatados. Houve uma diminuição de 30%, mesmo assim, ainda é muito pouco.

Vamos ter que assumir a nossa quota de responsabilidade.

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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