Sergipe e sua capital, Aracaju, ainda sentem os reflexos da visita do Presidente Jair Messias Bolsonaro, na manhã da última segunda-feira. O Presidente passou poucas horas entre a Capital e o município de Ilha de Santa Luzia, a Barra dos Coqueiros, para a inauguração da Usina Termo-Elétrica. Uma multidão incalculável tomou as ruas de Aracaju e da Barra para assistir a solenidade que contou com a presença de inúmeras autoridades tanto do Governo Estadual quanto do Governo Federal. No avião presidencial só o deputado federal Laércio Oliveira acompanhou o Presidente. Mas, durante a solenidade de inauguração nem ele foi notado. A multidão só queria saber mesmo do Presidente Bolsonaro, que hoje é um mito para seus eleitores. O discurso de Bolsonaro, feito de improviso, foi rápido e sem fazer grandes revelações. Apenas considerou importante a inauguração de uma Usina termoelétrica no Estado de Sergipe, o que transformará a economia sergipana dentro em breve e vai colaborar para o engrandecimento da economia nacional. Devido o adiantado das horas, a viagem que Bolsonaro faria ao município de Laranjeiras, numa visita à antiga Fafen agora sob nova administração. Então, da Barra dos Coqueiros voltou ao aeroporto de Aracaju para pegar o avião presidencial de volta a Brasília.
Reivindicações
Pela primeira vez numa visita presidencial a Sergipe, não foi entregue ao Presidente da República documento das classes produtoras fazendo reivindicações. Aliás, o Presidente também não concedeu conversa privada com ninguém dos empresariado sergipanos. Nem chegou a fazer discurso prometendo alguma coisa às classes produtoras. Chegou de bolso vazio e voltou com eles da mesma maneira. Não se sabe se o Governador Belivaldo Chagas nos poucos momentos de conversa reservada com ele chegou a apresentar alguma reivindicação. Pelo menos isso não foi revelado.
Vaias e aplausos
A multidão que recebeu o Presidente Jair Bolsonaro no Aeroporto de Aracaju e em frente à Usina Termo Elétrica poupou o presidente de vaias e apupos. A ele foram reservados inúmeros aplausos, o mesmo não acontecendo com o governador de Sergipe, Sr. Belivaldo Chaga premiado com vaias e apupos. De resto, alguns outros políticos também foram vaiados. Mas as vaias foram se encerrando aos poucos ao tempo em que a solenidade avançava e caminhava para o seu final. Solenidade contou com a participação de um número muito grande de autoridades federais e sergipanas. Interessante: um visitante “estrangeiro” perguntou a vários sergipanos se a Ilha de Santa Luzia era segura mesmo para receber tanta gente… É que, segundo ele, nas proximidades também não haviam botes salva-vidas no caso de algum imprevisto.
Uma viagem
Muita gente do interior do Estado veio à Capital na segunda-feira prestigiar a visita do Presidente da República à Capital sergipana. Uma senhora contava à uma amiga que saiu do seu município às 4 horas da manhã e só esperava retornar depois das 14h de segunda-feira quando toda a solenidade já estivesse se encerrado. Segundo ela, veio acompanhada de mais dez pessoas e todas saíram de Itabaiana numa Kombi-lotação pagando preço especial. Apesar da lotação do veículo não foi o micro-ônibus parado pela Polícia Rodoviária Federal em nenhum ponto do trajeto.
Muitas músicas
No trajeto do aeroporto para a Barra dos Coqueiros havia muitos carros parados esperando a comitiva do Presidente Bolsonaro passar. Mas manifestação contra o Presidente de fato só houve uma, assim mesmo sem fazer muito barulho e sem entusiasmar ninguém. Na Barra dos Coqueiros ouviram-se muitas músicas compostas em homenagem ao Presidente Bolsonaro. Mas o presidente não parou para ouvir nenhuma delas.