REFORMA POLÍTICA JÁ

Houve-se muito falar da necessidade de uma reforma política. Ela é realmente necessária pelo que temos vivenciado. São partidos que em alguns estados associam-se a um partido, enquanto em outros estados associam-se a outro contrário àquele que apóia naqueles estados. São políticos que colocam seus interesses pessoais acima dos interesses partidários.

 

Se quisermos continuar vivendo numa democracia, teremos que lutar por uma Reforma Política que exija fidelidade partidária; que exija unidade nacional; que penalize aquele que, apenas por interesse pessoal, troque de partido. Estas deveriam ser, sem dúvida alguma, os pontos prioritários que, por si só, trariam mais credibilidade junto aos eleitores.

 

O que se vê hoje são os políticos, independente de partido, lutarem apenas por seus interesses pessoais, jamais se preocupando com os interesses do país. Não foi por outra razão que nestes últimos meses convivemos com os escândalos do mensalão, das sanguessugas e para não deixar em vão, no final de mandato tentaram, através de um golpe, dobrar seus salários. O que só não ocorreu pela reação da sociedade. Sem esta reforma política, também, não podemos garantir quem é oposição e quem é governo.

 

Ainda agora, vimos o PSDB decidir pelo apoio a Arlindo Chinaglia para presidência da Câmara. E por quê? Por interesse do país? Não. O que foi levado em conta pelas lideranças do PSDB foi, sem dúvida, a promessa do candidato Arlindo Chinaglia de usar todos os meios possíveis para dobrar o salário dos deputados e senadores.

 

A eleição para presidente da Câmara deverá ocorrer no dia 31 de janeiro e segundo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: “Ainda há tempo para as lideranças pensarem na opinião pública e nos milhões de brasileiros que esperam do PSDB uma posição construtiva, mas oposicionista, para que possamos manter a esperança de dias melhores”. Para o Senador Virgílio Távora (PSDB-AM): “Hoje infelizmente, a sua candidatura (Chinaglia) representa precisamente tudo aquilo contra o que votaram os nossos 40 milhões de eleitores”.

 

Manifestos como os acima descritos mostraram a revolta de parte do PSDB pela decisão de apoiar Arlindo Chinaglia e incentivou, sem dúvida, o Deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) a candidatar-se para disputar a presidência da Câmara.

 

Fatos como estes desacreditam cada vez mais os políticos, nossos representantes na Câmara e no Senado, o que vale para questionarmo-nos: Será que é para isto que votamos para Deputado e Senador?

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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