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Correios vai regularizar a entrega de correspondencias em ate 15 dias (Foto: arquivo Portal Infonet) |
Para normalizar a entrega de correspondências, que sofreu atraso em razão da paralisação parcial encerrada nesta sexta-feira (14), os Correios elaboraram um plano que prevê a realização de mutirões e horas extras. A expectativa é de que a regularização se dê em até 15 dias, seguindo o que foi estabelecido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), que considerou a greve abusiva e determinou o desconto de 15 dias no salário dos grevistas, além da compensação dos demais dias parados.
Em Sergipe, o esquema especial terá início na segunda-feira (17). Mesmo sendo feriado municipal, os carteiros que têm dias a compensar – cerca de 130 – irão trabalhar na capital, em São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro. “Como o retorno ao trabalho se deu nesta sexta, não houve tempo hábil de fazermos a convocação para este final de semana, mas já convocamos os carteiros para segunda-feira”, informa o gerente operacional, Robério Torres.
Também a partir de segunda-feira, os carteiros convocados vão realizar duas horas extras por dia. Além disso, a empresa vai organizar mutirões de entrega nos dois últimos finais de semana deste mês. “Antes do dia 30 de março esperamos estar com tudo normalizado”, afirma Robério. De acordo com ele, a carga está em atraso, principalmente, na capital e Grande Aracaju. Em quase todo o interior do estado, a greve não afetou a entrega, por conta da adesão baixa ou nula na maior parte dos municípios.
Julgamento
Na última quarta-feira (12), por unanimidade, o TST julgou abusiva a greve dos Correios, iniciada em janeiro deste ano. Os ministros entenderam que, ao contrário do que afirmava o sindicato, os Correios não estão descumprindo a cláusula 11 do acórdão vigente, que garante a manutenção de todos os atuais direitos dos trabalhadores, inclusive os benefícios do plano de saúde da empresa, como os beneficiários cadastrados, a cobertura de procedimentos, o percentual de compartilhamento e a inexistência de mensalidade.
Conforme a empresa vinha afirmando, todos os benefícios do plano de saúde foram mantidos. O que houve foi uma mudança na gestão do plano. A respeito disso, o presidente do TST, ministro Barros Levenhagen, reafirmou que este é um assunto que deve ser decidido pelo empregador, e não por representações sindicais. Além disso, afirmou que não cabe à justiça do trabalho interferir no modelo de gestão a ser implantado pela empresa.
Fonte: Correios