Defesa diz que não há provas que sustentem indiciamento de pastores

Advogado de defesa, Aurélio Belém , afirma que não há provas para indiciamento dos pastores  (Foto: Arquivo /Facebook/Pessoal)

A defesa dos dois pastores da Igreja Evangélica Quadrangular, Luiz Antônio e Lucas Abreu, indiciados por crimes sexuais na última quarta-feira, 26, pela Polícia Civil, se posicionou contrária às conclusões das investigações que culminaram no indiciamento dos líderes religiosos.

“Discordamos frontalmente dessas conclusões. No caso do pastor Luiz Antônio, dentre tantas supostas vítimas que denunciaram, apenas uma foi levada em consideração. Falaram até em estupro e nada disso foi considerado, por que na verdade o que se tem por trás disso tudo é um revanchismo pessoal de um ex-pastor, que fundou um movimento e agora se levanta contra o pastor Luiz Antônio, o que será devidamente comprovado durante o curso do processo, se houver”, afirma o advogado Aurélio Belém em vídeo divulgado durante entrevista à imprensa.

A defesa também discorda da conclusão dos inquéritos policiais no caso do pastor Lucas Abreu. “Não há provas. Posso assegurar que não há qualquer prova, além da palavra da própria pessoa que se diz vítima. Embora se tenha um entendimento que nesse tipo de crime, a palavra da vítima ganha um relevo, é preciso que ela esteja ancorada em algum elemento objetivo, factível e que esteja presente nos autos. Não há fotos, prints de conversas, testemunhas, não há absolutamente nada que conduza a conclusão”, conclui.

Entenda

A Polícia Civil, através do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), após dois meses de investigação, indiciou dois pastores da Igreja do Evangelho Quadrangular em Aracaju pelos crimes de violação sexual mediante fraude, assédio sexual e estupro de vulnerável.

As denúncias de abuso sexual contra os pastores Luiz Antônio e seu filho, pastor Lucas Abreu, chegaram ao conhecimento da polícia em março deste ano e foram separados em dois inquéritos policiais por envolver, à época dos supostos abusos, menores de idade. Os inquéritos foram conduzidos pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) e a Delegacia Especial de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima (Deacav). Ao todo 11, pessoas denunciaram os dois pastores.

 

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