Polícia de Sergipe é a que mais elucida homicídios no Brasil

Este ano um dos crimes que mais chocou -a morte do perito-já foi esclarecido/Foto: Arquivo Portal Infonet
A Polícia Civil de Sergipe tem, segundo a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), o melhor índice de resolução de crimes contra a vida no Brasil. Para se ter uma ideia, de 277 inquéritos instaurados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em 2009, 189 foram concluídos com a definição e prisão dos autores.

Dados da Senasp mostram que nos estados mais desenvolvidos em termos de organização policial esse índice é, no máximo, de 30% a 40%. “Em Sergipe, o percentual de identificação e prisão dos infratores é de 68,23%, superando estados como Rio de Janeiro, com apenas 15%. Mesmo dentro de uma proporção em termos de população, estamos numa média excelente”, explica o diretor do DHPP, delegado Everton Santos.

O caso de Sergipe chamou a atenção da Senasp e também de outros estados, como Alagoas. “Temos recebido a visita de representantes que querem levar informações do nosso trabalho para outros lugares, para que sirvamos de espelho para a atuação da polícia judiciária de lá, já que o homicídio é, normalmente, o crime de maior repercussão e que mais choca a sociedade”, completa o diretor do Departamento.

Diretor do DHPP, delegado Everton Santos / Foto: Allan de Carvalho/SSP 
A fórmula do sucesso, segundo Everton Santos, está em medidas simples adotadas pela Superintendência da Polícia Civil. “É obrigatória a participação de um delegado da Polícia Civil em todas as fases da investigação, desde a apuração do local de crime até o envio do inquérito à justiça, já que eles [os delegados] é que presidem cada um dos procedimentos”, lembra.

Outras particularidades de Sergipe foram a implantação de equipes distintas para o local de crime e para a investigação e captura, e a alocação de recursos materiais e humanos. “Dessa forma, podemos levar em consideração as peculiaridades de cada local de crime, o que facilita uma apuração mais precisa e ágil. O objetivo é evitar que os policiais acumulem processos e se sobrecarreguem”, aponta o policial.

“Temos hoje melhores equipamentos e veículos, e um maior número de agentes, além do apoio incondicional da Secretaria de Segurança Pública”, reforçou Everton. Ele destaca ainda a padronização do serviço cartorário, através da qual foi estimulada a interação com os juízes e com o Ministério Público, e também a avaliação dos resultados, com a divulgação de estatísticas e estímulo aos agentes.

Para o delegado Everton Santos, outro objetivo da forte padronização, investigação apurada e agilização dos procedimentos é permitir que os casos vão a julgamento em menos tempo. “É importante que os casos envolvendo crimes letais sejam concluídos nos tribunais, evitando assim um “funil de impunidade”, afinal a falta de uma resposta forte, rápida, precisa e equilibrada do Estado estimula crime e violência. Essa é a resposta que os cidadãos nos cobram, com razão”, comenta.

Fonte: ASN

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