Policiais Federais paralisam atividades por duas horas

Policiais permaneceram parados na entrada da Superintendência
Na manhã desta terça-feira, 25, entre as 9h e as 11h, policiais federais de Sergipe paralisaram as atividades na Superintendência de Polícia Federal. A paralisação foi definida em assembléia, e segue os passos de uma mobilização de caráter nacional. Os policiais reivindicam o fim dos inquéritos policiais, a criação de uma lei que regulamente toda a estrutura da Polícia Federal (PF) e a implantação da carreira única.

O presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Sergipe (Sinpef/SE), Antônio Robson de Souza, reforça que a categoria não paralisou por questões salariais. “Na verdade, nossa principal queixa é a inexistência da carreira única. Num sistema justo, o profissional entra na base e pode chegar ao topo, por meio de cursos, estudos, galgando posições. Na PF isso não existe, uma vez que só por meio de indicação o indivíduo pode chegar a um cargo superior. Precisamos acabar com a politicagem dentro da PF”, diz Antônio.

Para presidente do Sinpef, inquéritos são fonte de corrupção
Sobre os inquéritos policiais, o presidente do Sinpef é enfático: “o sistema atual de inquéritos policiais é a principal fonte de corrupção dentro da PF”. Por isso, os policiais propõem que seja adotado no país o sistema vigente em alguns países avançados. “Nesses países, os policiais fazem a investigação e enviam um relatório ao Ministério Público. Este, dono da ação penal, denuncia ou não. O sistema arcaico ainda utilizado no país não serve para nada, uma vez que 97% dos inquéritos policiais da PF são arquivados”, completa.

Conseg

No final do mês haverá, em Brasília, a 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg). Dentre as pautas do evento, estão as reivindicações dos policiais federais de todo o país. Antônio Robson, presidente do Sinpef, espera que após as discussões da Conseg mudanças sejam adotadas pela Polícia Federal. “Não temos interesse em realizar greves, mas é o que vai acontecer caso providências não sejam tomadas”, alerta o presidente.

Por Helmo Goes e Carla Sousa

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