Chiko Queiroga e Antônio Rogério completam 10 anos de dupla

Antônio Rogério
A dupla sergipana Chiko Queiroga e Antônio Rogério completa, em 2008, 10 anos de parceria. A turnê de lançamento do CD que comemora a data, Chiko Queiroga e Antônio Rogério – Dupla de 10 anos de Sucesso, passa neste sábado, 19, pela Barra dos Coqueiros. Eles se apresentam, a partir das 21h, no bar Zé da Ilha. A mesa custa R$ 40 e dá direito a um CD. Os ingressos estão sendo vendidos na Casa Artista, Litoral 655 (Shopping Jardins), Espaço Cultural Xocós e no próprio Zé da Ilha. Confira abaixo a entrevista com Antônio Rogério sobre esses 10 anos de estrada.

 

Portal Infonet – Essa nova turnê é uma comemoração aos dez anos da dupla, certo?

Antônio Rogério – Isso. A turnê do CD Chiko Queiroga e Antônio Rogério – Dupla de 10 anos de Sucesso começou em Itabaiana. O nosso objetivo é comemorar com nosso público fiel esses dez anos de muita luta, muitas alegrias, muitas vitórias, muitos percalços, mas sobretudo, muita felicidade. Começamos em 1998 com um trabalho experimental. Nós gravamos o trabalho da dupla para deixar como registro já que o público curtia os nossos encontros. Só que a coisa foi tão além que a gente resolveu permanecer e buscar novos horizontes. Daí vieram as viagens internacionais, nós fomos aos Estados Unidos, Guatemala, Honduras, Paris. Tudo isso numa harmonia muito grande. A gente sabe que mesmo um casal nem sempre consegue permanecer tanto tempo junto. A gente vê esses dez anos como uma forma de mostrar ao público sergipano, ao governo e ao empresariado o potencial artístico que Sergipe tem.

 

Infonet – A dupla normalmente é vista pelo público sergipano como representante da cultura do Estado no Brasil e em outros países. Você percebe isso com o público de fora também?

AR – A gente costuma agradecer muito ao nosso público, porque não foi a gente que colocou essa marca de representatividade, foi o público. Quando se fala em artistas sergipanos nós percebemos que o nosso nome é citado com muito carinho e com muita constância. Com relação ao público do exterior, nós já recebemos o título, em Nova Orleans, de embaixadores da música sergipana nos Estados Unidos. Tanto é que a Fundação Jazz, que realiza o maior festival de jazz do mundo, curtiu tanto nosso trabalho que estão vendo a possibilidade de juntos realizarmos um grande festival de jazz, parecido com o de Nova Orleans. No festival de lá, vão artistas de quilate, como BB King e Al Jerrau. O projeto já começou, devagar, para chegar a essa proporção. Mas temos encontrado dificuldades de criar esse vínculo, já levamos a proposta ao governo e à prefeitura, que não demonstraram interesse. Mas mesmo assim, a gente continua trabalhando para que esse canal que nós conseguimos possa se abrir cada vez mais para que outros artistas.

 

Infonet – Desde 2001, vocês têm executado o projeto Música das 3 Américas. Como tem sido essa experiência?

AR – O projeto surgiu em 2001 quando criamos esse intercâmbio entre Sergipe e New Orleans. Nós expandimos esse primeiro contato através do nosso produtor nos Estados Unidos, Carlos Valladares, que mora há mais de 30 anos. O intercâmbio foi estendido à Guatemala e depois Honduras, além de Nova Orleans. O objetivo trocar experiências e criar aberturas entre essas três Américas, porque existe uma distância muito grande, principalmente entre o Brasil e o resto das Américas. A cada ano o grupo amplia o leque, no ano passado tivemos a inserção de um músico boliviano. Estamos integrando aos poucos um ou dois músicos de cada país americano. Num dado momento, depois de criar esse laço, iremos realizar festivais maiores com esses artistas em cada país original. Por enquanto, estamos fazendo shows nos EUA, Guatemala, Honduras, Brasil e, nesse ano, faremos Bolívia.

 

 

Infonet – Na comemoração dos 10 anos de dupla vocês irão gravar um DVD também, não é?

AR – No dia 12 de julho está marcada a gravação do nosso primeiro DVD. Mas nesse ínterim, nós iremos lançar um outro DVD, em formato documentário. Tudo o que nós temos de acervo – vários clipes, várias inserções em programas nacionais – estamos colocando nesse DVD. E no DVD que iremos gravar, traremos nossos principais sucessos e músicas inéditas também.

 

Infonet – A dupla já tem seis CDs e agora mais dois DVDs estão saindo. Esse trabalho de você tem sido muito pirateado?

AR – A gente está dando sorte! [risos] Porque a pirataria atinge em grande escala os artistas que estão na grande mídia. Nós ainda não estamos na grande mídia, estamos na mídia alternativa. Nós estamos sendo pirateados, mas não com a intensidade desses artistas. Tirando Calcinha Preta, nós somos os maiores vendedores de CD do Estado. Os nossos CDs nunca pararam de vender. E nós não temos gravadora, é gravação independente.

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