Héloa lança filme-show em celebração aos 15 anos de carreira

O show-filme ou filme-show foi filmado na Laje do Titio, à beira do rio Vaza-Barris, sob a direção artística e roteiro da própria Héloa. (Foto: Lucas Leawry)

Afluentes. Esse é o nome do primeiro filme-show realizado pela cantora e compositora sergipana Héloa e que será exibido ao público no próximo dia 09, às 21h, em seu canal do YouTube. A partir de um compilado de 16 faixas, com releituras de canções do seus dois EP’s e dois álbuns de carreira, o filme Afluentes traz já em seu nome mais uma importante etapa da carreira da multiartista, em celebração aos seus 15 anos de carreira, com produção e direção do multi-instrumentista e produtor Yuri Queiroga.

Com uma estética mais voltada ao Pop, num ritmo dançante, com beats eletrônicos baseados em ritmos tradicionais afro indígenas e diaspóricos, o show-filme ou filme-show foi filmado na Laje do Titio, à beira do rio Vaza-Barris, sob a direção artística e roteiro da própria Héloa, contando com a participação dos músicos sergipanos Pedrinho Mendonça, Denisson Cleuber e Lucas Campelo, e figurino assinado pelo estilista sergipano Altair Santo, trazendo referências à cultura originária africana aportada no Brasil.

Além do show gravado, o filme é costurado por imagens de rios, mares e do encontro das águas da cidade de Aracaju e do estado de Sergipe, a fim de trazer para o público a força dessas águas que fazem parte da construção da artista. De acordo com Héloa, o show foi construído como um filme, que traz memórias da sua história e retratos dessas paisagens litorâneas que carregam histórias de povos ribeirinhos, indígenas, quilombolas, pescadores, marisqueiras, povos que vivem à margem dessas águas, resistindo e obtendo delas a sua fonte de subsistência, de vida e de fé.

“O nome Afluentes vem para saudar a força das águas, uma vez que meu último álbum foi um divisor em minha vida, pois foi um álbum em que fiz o retorno ao rio Opará, conhecido pela maioria das pessoas como São Francisco, e fui em busca da história de meus ancestrais ribeirinhos, e, consequentemente, um retorno à aldeia Kariri-Xocó e a minha consagração na aldeia, que vive à margem desse rio. A partir daí, eu, que sou candomblecista, iniciada para a Orixá Oxum, que é uma Orixá das águas doces, tenho esse elemento água em mim e em minha vida, pois cresci na beira da praia, na beira do rio, vivendo na cidade de Aracaju, e quando cheguei a São Paulo, meu primeiro disco que é o Eu, falava justamente desse estranhamento de estar longe do litoral, longe do mar”, relata Héloa.

A cantora vive há seis anos em São Paulo, mas com o início da pandemia retornou para o Nordeste com o intuito de estar com sua família, e a partir desse retorno às suas raízes, nasceu Afluentes. Fruto do projeto proposto pelo Governo de Sergipe, através da Fundação de Cultura e Arte Aperipê – FUNCAP com recursos da Lei Aldir Blanc, o show conta os seus 15 anos de carreira , desde o primeiro EP, que foi produzido em Aracaju, ‘Solta’, partindo para o seu primeiro disco, em sua mudança para São Paulo, ‘Eu’, que fala desse distanciamento do seu lugar de origem.

No filme, a artista traz imagens também do ‘Eu, Oxum’, documentário gravado por Héloa e sua mãe, a cientista social e Yalaxé Martha Sales, sobre o seu processo de imersão no Candomblé. Por fim, o filme também traz o premiado disco ‘Opará’, e o último EP da artista, o ‘Opará na pista’, lançado no final de 2020.

Afluentes também virá em formato de EP de 4 faixas ao vivo,  liberado no dia 10 de setembro em todas as plataformas digitais pela Candyall Music (Selo de Carlinhos Brown).  O show celebra a trajetória musical de Héloa e aponta para novas águas e novo momento da artista, que traz a sua chegada à Candyall Music, e ao escritório da Candyall Entertainment, que atualmente cuida de sua carreira, junto com a Aláfia Cultural, empresa de Héloa que sempre fez sua autogestão em sua caminhada nas artes.

Junto com a presença e apadrinhamento de Carlinhos Brown, novos conteúdos estão sendo projetados para a cantora, que a partir desse encontro, abre narrativas para desaguar para novas oportunidades sonoras, trazendo a continuidade do que ela é, uma artista afro-indígena que traz a cultura originária e diaspórica neste trabalho musical como sua força  e que representa a sua história. Afinal, de acordo com a artista, “O futuro é ancestral”.

Fonte: Ascom/Héloa

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