Paixão por discos de vinil reúne pesquisadores e fãs em seminário

Com a chegada do “CD”, no final dos anos 80, o famoso “Long Play” foi perdendo espaço e condenado a um quase ostracismo. No entanto, desde 2007 o “LP” vem reconquistando espaços e atraindo novos fãs (Foto: Portal Infonet)

Sucesso nas décadas de 60 e 70, os discos de vinil marcaram uma geração. Com a chegada do “CD”, no final dos anos 80, o famoso “Long Play” foi perdendo espaço e condenado a um quase ostracismo. No entanto, desde 2007, o “LP” vem reconquistando espaços e atraindo novos fãs. O III Seminário Música e Vinil realizado nesta terça-feira, 29, no Centro Cultural de Aracaju, buscou trazer temáticas que relacionassem música e sociedade, além de uma contextualização do papel do vinil na atualidade.

André Teixeira deixa claro logo de imediato que o vinil “nunca foi para ter voltado”. Segundo ele, o vinil passou apenas por um período de inatividade (Foto: Portal Infonet)

Autor de um livro que narra a feira dos discos de vinil em Aracaju, o escritor André Teixeira deixa claro que o vinil nunca saiu de cena, apenas passou por um período de inatividade. “Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o vinil não morreu. Ele apenas esteve na UTI, digamos assim”, pontua. André também informa que a partir de 2007 o “LP” vem ressurgindo com força total. “De lá pra cá, há muitas pessoas e lojas envolvidas para trazer cada vez mais à tona o vinil”, destaca.

Ainda segundo ele, seminários e feiras como essas contribuem para uma maior visibilidade do vinil. “Com a realização da feiras, muitas pessoas têm a oportunidade de conferir de perto os discos, o que contribui também para uma popularização”, afirma. André também destaca que as mídias digitais foram um fator importante para que se despertasse o interesse por obras mais antigas. “As plataformas de streaming aguçaram a curiosidade de muita gente. Como elas disponibilizam uma vasta discografia, algumas pessoas se sentiram atraídas a conhecer fisicamente os discos que ouvem pelo celular”, pontua.

Paixão de fã 

Glauber Rodrigues diz que o interesse pelo vinil surgiu há cerca de 8 anos quando ouviu um “LP” na casa de um amigo (Foto: Portal Infonet)

O contador Glauber Rodrigues diz que o interesse pelo vinil surgiu há cerca de oito anos quando ouviu um “LP” na casa de um amigo. “O que mais me chamou atenção foi toda a aparelhagem que o vinil envolve, como a vitrola, a caixa, o receiver, enfim, todo o equipamento”, destaca. A partir desse primeiro encontro, Glauber disse que começou a ler, pesquisar e, principalmente, a comprar os “LPs” das bandas e cantores que mais gostava. “Desse dia em diante não parei mais”, afirma.

Glauber também ressalta que a qualidade do áudio foi um dos fatores que mais lhe impactou. “Com os discos de vinil, eu pude sentir com mais profundidade os graves e agudos”, explica. “Os “LPS”  despertam uma relação de proximidade, carinho e cuidado. Eu gosto muito de pegá-lo, abri-lo, admirá-lo e colocá-lo na vitrola”, acrescenta. Ainda segundo Glauber, é um ritual único e prazeroso dedicar um parcela do tempo para ouvir um bom e velho “LP“.

por João Paulo Schneider e Verlane Estácio

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