100 mil podem estar desempregados em Sergipe

Pesquisa realizada no ano passado apontou 100 mil desempregados
Sergipe possui atualmente uma população de 1,2 milhões de trabalhadores economicamente ativos, dentre os quais, aproximadamente 100 mil podem estar desempregados. Este é um dos dados apontados no Anuário do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda, lançado na última quarta-feira, 28, e que traz informações sobre mercado de trabalho, economia solidária, seguro desemprego, intermediação de mão-de-obra, dentre outros temas.

Segundo o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Luiz Moura, que se baseia nas análises divulgadas pelo Anuário, entre as pessoas economicamente ativas, 900 mil estão devidamente ocupadas no mercado de trabalho e 100 mil podem estar desempregadas, de acordo com a Pesquisa Nacional da Amostragem de Domicílios (Pnad) realizada no Estado no mês setembro do ano passado.

Em Sergipe, são 350 mil pessoas atuando no mercado formal
“Estima-se que a taxa de desemprego em Sergipe seja de 9%, o que corresponde a aproximadamente a 100 mil trabalhadores desempregados. Mas esses dados da Pnad referem-se ao mês de setembro do ano passado. A realidade pode ter mudado”, salienta Moura.

Ainda segundo ele, das 1,2 milhões pessoas em idade ativa no estado, apenas 350 mil estão atuando no mercado formal de trabalho. Esses trabalhadores correspondem àqueles que têm carteira assinada ou são servidores públicos.

Dentre os dados apresentados no Anuário referentes à economia no Estado, o economista Luiz Moura destaca, ainda, a importância da agricultura na absorção de trabalhadores. “São 400 mil pessoas trabalhando na agricultura. O setor tem uma importância fundamental do ponto de vista da ocupação”, afirma.

Economista explica os dados referentes a Sergipe divulgados no Anuário
Luiz Moura aponta, ainda, que ocorreram 65 mil contratações em Sergipe entre janeiro e setembro deste ano. No mesmo período foram registrados 60 mil desligamentos, entre demissões, aposentadorias e transferências para outro estado.

“Observamos um saldo positivo nas contratações. No último mês de setembro, por exemplo, foram 9.200 admissões e 6.000 desligamentos. Um saldo superior a 3.000, o maior dos últimos 10 anos para o mês de setembro. É a prova que mesmo com a dificuldade imposta pela crise econômica está havendo mais contratações do que desligamentos. E a expectativa é que as admissões aumentem ainda mais com os empregos temporários do final de ano”, finaliza.

Por Helmo Goes e Glauco Vinícius

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