MS reforça importância das visitas domiciliáres

Aedes Aegypti

Mais de 7,4 milhões de visitas às residências foram registradas até o dia 22 de janeiro. Agentes de saúde e militares estão mobilizados para eliminar criadouros do Aedes aegypti e orientar a população sobre as medidas de prevenção contra o mosquito.

O Ministério da Saúde alerta para a necessidade de que os municípios reforcem as visitas domiciliares dos agentes de saúde e dos militares das Forças Armadas para o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e do Zika. Até o dia 22 de janeiro, 7,4 milhões de visitas para eliminação dos criadouros do mosquito e orientação sobre aos cuidados de prevenção foram registradas no Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR).

Esse número representa 15,2% dos 49,2 milhões domicílios urbanos, de acordo com o primeiro balanço da Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC) para combate ao Aedes aegypti e enfrentamento à microcefalia.

O primeiro balanço reúne dados de 2.548 municípios (45% do total), de 19 unidades da federação. O estado da Paraíba registrou a maior cobertura de visitas domiciliares, com 49,29% dos imóveis trabalhados, seguido pelo estado do Rio de Janeiro (30,15%) e por Sergipe (28,13%). Oito estados ainda não enviaram dados relativos às visitas já realizadas: Amazonas, Roraima, Alagoas, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.

O secretário-executivo substituto do Ministério da Saúde, Neilton Oliveira, explicou que o governo federal está trabalhando de forma articulada, com o envolvimento de diversos setores, para o enfrentamento ao Aedes. Ele destacou, ainda, a importância de esclarecer a população sobre a necessidade permanente do combate ao mosquito. “Nessas visitas, identificamos 3% dos imóveis com focos do mosquito. A meta é reduzirmos esse índice de infestação para menos de 1% em todos os municípios brasileiros. Isso demonstra que não seremos vitoriosos se não informarmos claramente à população e mobilizarmos a sociedade para eliminar o Aedes. A prioridade é não deixar que ele nasça”, alerta Oliveira.

A melhor forma de combater o Aedes aegypti é não deixar o mosquito nascer. Por isso, o governo federal convocou um esforço nacional para que todas as casas do país sejam visitadas para eliminação dos criadouros. As visitas domiciliares são essenciais para o combate ao vetor. No contato constante com a população, os agentes de saúde desenvolvem ações com os moradores, relativas aos cuidados permanentes para evitar depósitos de água nas residências. Desde dezembro, os 266 mil agentes comunitários de saúde reforçam o combate ao Aedes aegypti nas residências. Eles se juntaram aos 46 mil agentes de combate às endemias que já realizam o serviço junto à comunidade. Além disso, 1.837 militares das forças armadas estão reforçando, em 14 estados, as ações de eliminação dos focos do mosquito da dengue.

Sala de Situação

O Governo Federal instalou a Sala Nacional de Coordenação e Controle do Aedes aegypti e para o Enfrentamento à Microcefalia para gerenciar e monitorar a intensificação das ações de mobilização e combate ao mosquito. A sala faz parte do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, em resposta à declaração Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional.

A estratégia do governo federal é intensificar a mobilização nos diversos setores da sociedade. Coordenada pelo Ministério da Saúde, a Sala Nacional é composta pelos ministérios da Integração, da Defesa, do Desenvolvimento Social, da Educação e da Secretaria de Governo da Presidência da República, além de outros órgãos convidados. Todos os estados e o Distrito Federal instalaram suas salas de situação e estão desenvolvendo ações de mobilização e combate ao mosquito.

Com videoconferências semanais com todas as unidades da federação, a sala nacional gerencia e monitora a intensificação das ações de mobilização e combate ao mosquito em todo o país. As boas experiências de combate ao Aedes aegypti também são divulgadas.

Microcefalia
Até o dia 20 de janeiro, foram registrados 3.893 casos suspeitos de microcefalia relacionada com algum agente infeccioso causador de malformação congênita. Estão entre os agentes infecciosos causadores da malformação: Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus, Herpes Viral e vírus Zika. Os casos suspeitos da doença em recém-nascidos são computados desde o início das investigações (em 22 de outubro de 2015) até 16 de janeiro deste ano e ocorreram em 764 municípios de 21 unidades da federação.

Fonte: MS

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