Fafen:vereadores se unem para tentar reverter fechamento

Vereadores da cidade histórica se reuniram para tentar tomar providências (Foto: ascom/CML)

A população de Laranjeiras e do Estado de Sergipe foram pegos de surpresa nesta terça-feira, (20), com a notícia do fechamento da unidade da Petrobras/FAFEN. Por conta disso, os vereadores da cidade histórica se reuniram para tentar tomar providências e reverter a situação, já que diversos setores serão afetados. Uma das primeiras providências é realizar uma audiência pública com os prefeitos, vereadores e a população dos municípios de Riachuelo, Santo Amaro, Rosário  e Maruim, para, juntos, encontrarem uma solução que venha suspender a ordem de fechamento da fábrica de fertilizantes nitrogenados da Petrobras.

A decisão de encerrar as atividades produtivas da Fafen-SE, de acordo com a Petrobras, se deve às perspectivas de perdas da Petrobras com esta operação. Em 2017, a Fafen-SE apresentou resultado negativo de cerca de R$ 600 milhões.

Na avaliação dos vereadores e da população de Laranjeiras a hibernação defendida pela estatal não é a melhor solução, já que a taxa de desemprego vai aumentar consideravelmente por conta da cadeia produtiva em torno da fábrica. “Boa parte da economia de Laranjeiras é movimentada pela Fafen, de forma direta ou indiretamente. No entorno do bairro Pedra Branca, existem diversas empresas que podem fechar as portas; são transportadoras, misturadoras, hotéis e pousadas, restaurantes, entre tantas outras. Por isso, é preciso unir forças da nossa bancada federal, de deputados e senadores, além do governador, vereadores e prefeitos, para juntos, encontrarmos uma solução”, disse o vereador Jânio Dias, vice-presidente da Câmara de Laranjeiras.

Ainda de acordo com o vereador, 250 trabalhadores efetivos e 475 terceirizados serão afetados diretamente, tendo em vista que os efetivos serão transferidos para outras unidades da empresa e os demais ficarão desempregados.

O representante do legislativo municipal acrescentou também que os prejuízos acumulados pela companhia se deve aos altos custos de insumos para a produção de Ureia, Amônia, Gás Carbônico e Sulfato de Amônia e o baixo custo dos fertilizantes importados.

“Por falta de incentivo do Governo Federal e uma carga tributária muito alta, os produtos produzidos na Fafen tem um custo mais alto do que os importados, por exemplo. Para se ter uma ideia, a Fafen gasta R$ 400 milhões/ano em compra de gás natural da própria Petrobras e cerca de R$ 3 milhões/mês com as despesas na conta de água. Somente isso impacta bastante. Portanto, essa notícia é uma catástrofe para a região do Vale do Cotinguiba. O que será de Sergipe sem a Fafen?”, indagou Jânio Dias.

O vereador Adriano de Pedra Branca reiterou o discurso de Jânio Dias e ressaltou que os impactos em Laranjeiras com o fechamento da Fafen já começaram a ser debatidos e muitos empresários já barraram os investimentos. “Essa notícia caiu hoje como uma bomba e os empresários de Laranjeiras já barraram os investimentos. O clima na cidade é de muita tensão, por que vai acabar com uma cadeia produtiva que sustenta centenas de famílias há cerca de 30 anos. Laranjeiras está de luto”, frisou Adriano.

Petrobras

A assessoria de comunicação da Petrobras informou ontem através de nota que vai hibernar a fábrica de fertilizantes nitrogenados de Sergipe (Fafen-SE) até o final do primeiro semestre de 2018, conforme anunciado em setembro de 2016 quando a empresa decidiu sair integralmente do setor de fertilizantes. A fábrica deixa de produzir, mas terá todos os seus equipamentos mantidos e conservados. A decisão de encerrar as atividades produtivas da Fafen-SE se deve às perspectivas de perdas da Petrobras com esta operação. Em 2017, a Fafen-SE apresentou resultado negativo de cerca de R$ 600 milhões.

Com informações da assessoria da CML

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