Bancos estão fechados por 24 horas

Bancários decidiram pela paralisação em uma assembléia ontem
Em todo o Estado, o ambiente das agências bancárias está passando de frenético a calmo, graças à paralisação estimulada pelo Sindicato dos Bancários de Sergipe (Seeb-SE). O movimento acontece apenas por hoje, dia 28, em Sergipe, mas a categoria já tem a perspectiva de iniciar uma greve por tempo indeterminado a partir do dia 6 de outubro.

 

Os prejuízos, caso isso aconteça, ainda não são estimados pela diretoria do Seeb-SE, mas para o secretário de Imprensa e Comunicação da entidade, Marcelo Vieira, o que mais se espera atingir, neste momento, é a imagem dos bancos. “As pessoas precisam saber quais são as condições de trabalho dos funcionários. Mas nós não queremos estimular uma greve apenas em benefício próprio, tanto que dentre as reivindicações estão a melhoria do atendimento externo (ao público) e o cumprimento da Lei dos 15 Minutos”, explicou.

 

Em Aracaju, cliente só pode passar 15 Minutos na fila

 

No dia 10 de agosto de 2005, o prefeito Marcelo Déda (PT) assinou um decreto que regulamenta a chamada Coordenadoria de Defesa do Consumidor, vinculada à Secretaria Municipal de Finanças. O objetivo foi criar um órgão que pudesse efetivar o projeto de lei da vereadora Tânia Soares, que estabelece que os clientes das agências bancárias só poderiam permanecer na fila de atendimento por 15 minutos. Porém, o grande problema da lei anterior é que ela definia o Procon como órgão fiscalizador da norma. Com a criação da Coordenadoria, a questão foi solucionada e o município passou, definitivamente, a cobrar que o tempo máximo de espera fosse cumprido pelos bancos.

 

 

 

Até agora, nem todos os bancos aderiram à paralisação, porém, funcionários do Unibanco, Bradesco, HSBC, ABN Real e Itaú tiveram um grande índice de participação. Já a Caixa, o BNB e o Banco do Brasil aderiram em parte. O Banco do Estado de Sergipe (Banese), quase não se juntou ao movimento, fechando apenas uma agência, a Magazine.

 

“Temos uma grande dificuldade de fechar o Banese porque ele é uma empresa estatal, com o controle concentrado no próprio Estado. Quando isso acontece, é muito difícil fazer com que o banco entre no movimento. Até agora, apenas a agência Magazine está fechada, mas nem sabemos se ela reabrirá durante o dia. Os bancos que nós queríamos atingir, tivemos um grande índice de adesão, graças a Deus”, agradeceu Marcelo.

 

MANIFESTAÇÕES – O Sindicato programou alguns protestos para o dia de hoje. Um acontecerá no Calçadão do Centro, próximo à agência do Banco do Brasil e outro na Travessa José de Faro, “onde ficam concentradas as maiores agências da capital”, explicou o secretário.

 

As reivindicações públicas têm por objetivo mostrar à população que a parada foi necessária e que os funcionários estão sofrendo abusos por parte dos empregadores. “Queremos denunciar a intransigência dos bancos. Informar o que está acontecendo na mesa negociação e  pedir a contribuição. Até o dia 6, se não houver um novo acordo, entraremos em greve por tempo indeterminado”.

 

Por Wilame Amorim Lima

Da Redação do Portal InfoNet

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