Ainda não foi o Nadir

Diz-se do Zênite o ponto mais acima da esfera celeste, situado na vertical assumida a partir da cabeça do observador na terra.

Como a terra não é plana, o zênite concebido por cada um seria diferente, uns aos outros ou para os outros, necessitando estabelecer por convenção um verdadeiro Zênite, a merecer grafia maiúscula para que as pessoas sempre se achem e não se percam, em divagações de pouca utilidade.

O Zênite e o Nadir.

Do que se diz do Zênite, o mesmo se pode dizer do Nadir, que é o seu oposto, um, o ponto ou grau mais elevado, o apogeu ou culminância, e o outro, pobre Nadir, o ponto mais baixo, a derrocar, de onde não se poderia, mais descair.

Em verdade, o Zênite e o Nadir, têm sua origem na velha cosmografia pitagórica, quiçá Ptolomaica, ou outra qualquer, mais arcaica, mais terna e mais romântica, quando o homem se sentia o rei da criação, imaginando até a Terra ser plana, não um mero planeta, sem luz, brilho e fogo, e sem realizar o desafogo de sonhar um Zênite único, onde habitaria Deus e também um Nadir infernal, um residir para os maus, com direito a fogos e castigos, por derradeiro.

Sem perquirir por castigos, quem não lembra do velho Credo Niceno-Costantinopolitano , que era rezado em latim de joelhos, (Descensus Christi ad Inferos), com o Cristo descendo aos infernos, só para remir os que ainda não estavam libertos pelo Filho do Homem vertido na Cruz?

Neste tempo de Céu e Inferno, o Zênite e o Nadir eram realmente valorados…

Hoje, o Zênite não interessa a ninguém, isto é, interessa aos especialistas em navegação, aos radares e computadores, que quadram a terrena esfera em coordenadas geodésicas, cada vez mais precisas, ditadas por satélites lançados ao espaço pelo homem e sua ciência, que tudo glosa, até da pré-ciência de Deus, negando Céus e Terra, e até as palavras de Cristo sendo olvidadas e mal ouvidas.

Olvidos à parte, do Zênite não estou a querer falar da Ciência, nem da pós-ciência que tudo se não nega, apaga, rasurando qual borrão, ao esquecimento.

Falo de borrão, porque eu sou do tempo da lousa, do lápis de grafite com borracha para apagar, e da azul gilette, vinda para o bom barbear, mas que era útil demais, para os lápis apontar.

Em outros apontamentos, direi também que sou do tempo da caneta-tinteiro, quando o dilema de escrever sem mancha era um desafio tão grande ou maior que o de expressar grafia certa.

Hoje nada disso existe.

Que sábia invenção foi a caneta esferográfica (“Kugelschreiber”, como dizem os alemães!),

a dispensar mata-borrão!

Hoje qualquer caneta Bic, mesmo as enaltecidas por Bolsonaro, põe por terra as canetas Parker 51, as mais caras de meu tempo, umas até de ouro 18K, que não tive, e aqueloutras de marca Compactor, que em várias cores possuí, até para brigar sujando a farda de colegas, por mau comportamento e disputas traquinas, a merecerem, não a suspensão, nem a expulsão, mas a cumprir castigo, de verbo e de prisão, e mancha na carteira com comunicação ao pai ou responsável a requerer acréscimo de admoestação.

Se por linhas tortas só Deus sabe escrever, por erros, acertos e borrões, eis-me aqui escrevendo com a minha lucidez senil, denunciada como “porca” e suja por quem não se agrada comigo, mas não me larga pior que carrapicho, ou capa-cachorro, aquele mato terrível que rasteiro agarra até os “pissuídos” dos caninos.

Possuídos que me levam a tantos ruídos, e assim voltar ao Nadir, não esquecido.

Como esquecê-lo se a toda semana que passa, aves agourentas grasnam lugubremente o fim derradeiro do governo Bolsonaro?

Parece que estamos vivendo um grande período de seca no sertão, quando falta a grama, e o gado pedra rói e bebe até lama, atraindo infinitos urubus rasantes, ao banquete que não convidou.

O que fazer se urubus famintos, por missão, se orgasmam farejando e almejando a carniça que os refestelam?

Seriam eles maus? Não!

São inúteis? Não!

O urubu é apenas um pássaro feio, que não se crê o quanto.

Anima-lhe apenas o subsistir fruindo o que lhe é perfume e fazendo a limpeza por derradeiro.

O homem que dele não gosta, enterra os seus semelhantes falecidos, preferindo alimentar assim, os vermes sob o solo.

Mas, se os urubus sobrevivem de restos, o que dizer dos que em voo igual almejam a queda de um Presidente democraticamente eleito, que não roubou, não conspurcou, não prevaricou, nem mentiu, e até esfaqueado foi, indefeso e covardemente?

– “Ah! Mas um filho seu fez “rachadinha””!

E nesse país de “pegadinha”, retirou-se uma Presidente por fiscais “pedaladas” e agora querem derrubar um outro por causa de um Queiroz que fazia “rachadinha”, com um filho dele, Presidente.

Se o crime dos pai aos filhos não cabem ônus, eis agora o crime do filho, indevidamente tipificado, só para fulminar o pai.

É a velha história do “mar de lama” de Getúlio Vargas, um desafio a estimular um tiro no pé, mal assestado, afinal em nova edição da “República do Galeão” o Supremo Tribunal Federal já instituiu o “Processo do Fim-Do-Mundo”, onde qualquer um pode ser inquerido e acusado, mal julgado e no patíbulo executado, sem prova ou contraprova, por ataques à democracia, quando o promotor troca a beca com o juiz e este banca o carrasco, com a mesma toga e sem enfiar capuz.

Este é o Brasil que resiste a vontade popular!

Se agora o fato mais grave é a missão de encontrar a mulher do Queiroz, que está inserida entre as meliantes procuradas até pela Interpol, segundo um juiz de nome Itabaiana, o que dizer de outro magistrado que quer multar o Presidente da República por não portar máscara contra o Covid19 na Esplanada dos Ministérios, em Brasília?

Ai, Covid!, quantas misérias estão fazendo no seu nome, com tantos Governadores e Prefeitos quebrando o país, e sem se sentirem responsáveis pela debacle econômica que só eles promovem, exclusivamente!

Governadores e Prefeitos que não recebem uma crítica, uma ressalva de tantos formadores de opinião que só fuçam carniça em Bolsonaro.

Por que tantas harpias não veem nesses Governadores e Prefeitos o fígado?

Algum interesse só anima,… tanto abutre seletivo!

Seria algo impublicável, um outra rachadinha pior, por inconfessável?

Não! Isso não interessa! É provinciano; excessivamente paroquial!

O que interessa é que Bolsonaro não caiu na semana que passou e nem cairá nesta, mesmo com Queiroz preso, incomunicável, sua mulher perseguida, e até o Supremo se desmoralizando por 1 a 10, em múltiplas quebras de sigilos e denuncias vazias de razias, simplesmente.

E em tanto sufoco e perseguição a multidão bravia continua saindo às ruas, denunciando tudo e apoiando o Presidente.

Cabe então a pergunta insólita, mas que não quer calar: Bolsonaro chegou ao Nadir? Ainda não, meu amigo!

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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