Caminhos – 2

Seu destino, seguindo essa caminhada tão planejada, não representava nenhuma dúvida no seu cérebro. Arrumado os poucos pertences na sacola de alças, tomou a estrada, sem se despedir de ninguém.

Para quê? E começou a caminhar, deixando a casa e sem olhar para trás. A estrada cortou cerrados e plantações, passando por uma mata que lhe proporcionou um clima ameno, com sombra e a água de um córrego. Vieram também tempos de terras quentes, inóspitas, poeirentas umas, de pedras outras.

Tinha um destino, mas de tanto caminhar, fez-se uma confusão no seu cérebro, quanto ao destino certo. Continuou a caminhar. Chinelos rasgaram-se e os pés  feridos se transformaram em crostas, grossas, e nem doíam mais. Sabia que tinha um destino, mas nada importava agora: o essencial, o vital para ele, era continuar caminhando.                           

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais