Desmistificando de uma vez por todas o discurso seletivo do PT/SE

Estadão: o PT se aliou a partidos que apoiaram impeachment de Dilma Rousseff em 15 estados.

“O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.

O texto é longo, mas interessante se quiser entender a seletividade dos dirigentes petistas aqui em Sergipe.

Para começo de conversa: o PT se aliou a partidos que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff em 15 estados. Levantamento feito pelo jornal O Estado de São Paulo traça um raio-x das alianças feitas pelo Partido dos Trabalhadores com partidos e políticos a quem chama de “golpistas”. E sinceramente não tem nada de programático nisso. São apenas acordo eleitorais com vistas à sobrevivência de caciques regionais da sigla, sem, no entanto, fazer uma triagem.
O PT, é verdade, tem sua contribuição para o desenvolvimento do Brasil, do Nordeste e de Sergipe. Entretanto, no campo politico sofre de um mal por não conseguir fazer uma autocrítica e nunca analisar os erros nas alianças e na adoção de agenda governamental.

E não é de hoje que o PT prefere abraçar a direita em detrimento de quadros identificados com pautas progressistas. Quem não lembra o próprio Lula em 2010 pedindo voto para Benedito de Lira (PP), usineiro oligarca das Alagoas, ajudando a derrotar a ex-petista Heloísa Helena para uma vaga ao senado. Em 2014 o PT novamente preferiu Collor a ex-senadora rebelde. Em 2012, o aperto de mão entre Lula, Haddad e Maluf quando foi sacramentado a aliança para a disputa da Prefeitura de São Paulo foi outro gesto de que a sigla optava cada vez mais pelo caminho da institucionalidade e abandonava as ruas, de onde emerge sua força popular e social.

Pois bem. Como informou o Estadão, nas eleições deste ano o PT vai se misturar a todos os partidos, inclusive aos que rotula de “golpistas”. Em Sergipe, o partido vai a reboque do PSD do ministro Gilberto Kassab. Ah, tem mais: aqui a sigla se coligou com o PP e o MDB, mas isso todo mundo já sabe.

Voltando à matéria do Estadão. Segundo a publicação, no Ceará o partido “rifou a candidatura à reeleição do senador José Pimentel para não atrapalhar os planos do presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), candidato à reeleição”. E olhe que Eunício (o Índio na lista da Lava Jato), votou contra Dilma. E não para por aqui, não. No estado do Mato Grosso o PT endossou coligação com o senador Wellington Fagundes, outro que votou favoravelmente ao impeachment, e cujo o partido a que pertence, o PR, faz parte do famoso “Centrão” que dá apoio a Michel Temer, vai apoiar Alckmim para presidente.

Em Pernambuco Marília Arraes venceu as prévias e sedimentou sua candidatura ao Governo daquele estado, mas abriu mão em favor de uma aliança com o PSB do atual governador Paulo Câmara. Neste caso a militância queria candidatura própria, mas a direção nacional impôs a coligação majoritária com os pessebistas. Durante a disputa o senador petista Humberto Costa foi chamado de golpista pela militância.

Ou seja, o PT sofre da síndrome do relógio quebrado: informa a hora certa duas vezes no dia. Isto é: quando lhe convém adjetiva seus adversários locais de golpistas, mas quando é de interesse faz acordos que melhor lhe convêm. E este comportamento ambíguo cria fissuras internas. E não se deve confundir rachas partidários com democracia interna,  quer fazer crer alguns petistas. Deve ser muito doloroso para a bela e aguerrida militância do Partido dos Trabalhadores constatar que a direção partidária capitulou num grau tão agudo que evidencia muito mais os interesses regionais às pautas de reconstrução do Brasil.

Mas tem petista insatisfeito com a lógica seletiva do discurso do “golpe”. Em Sergipe, a Articulação de Esquerda nada contra a corrente e desafiou o pragmatismo de seus dirigentes. Mas não é caso isolado não. Um dos fundadores da sigla, o ex-governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, em entrevista concedida em ele defendeu que o PT precisa admitir os erros que cometeu e declarou que o partido deveria expulsar figuras que “achavam que poderiam disputar, em esperteza, com as artimanhas da elite tradicional”. Crítico ferrenho das decisões tomadas pelo núcleo duro do partido, ele crê que os problemas legais e éticos enfrentados pelo petismo nos últimos anos se devem, fundamentalmente, ao descolamento entre as bases do partido e seus dirigentes. “Fizemos concessões a um tipo de política em que as negociações de cúpula valem mais do que o envolvimento do povo”, lamentou. A entrevista.

Mas o testemunho mais perturbador partiu do que pode vir a ser o candidato à presidência pelo PT: Fernando Haddad. Em artigo escrito por ele e publicado pela versão eletrônica da Revista Piauí e cujo título é “Vivi na pele o que aprendi nos livros: um encontro com o patrimonialismo brasileiro”, o ex-prefeito faz relatos esclarecedores sobre os acontecimentos que antecederam o afastamento de Dilma. Embora não deixe explicitamente claro, há evidencia que o próprio Lula trabalhava para enfraquecer Dilma e ele mesmo intervir na articulação política. Lula queria mandar no governo de Dilma e não acreditava, até o dia que viu o desfecho, que a aliada seria tirada da presidência.

Publicado em junho de 2017, mas muito atual, o artigo traz nuances reveladores dos bastidores do poder. Em certa altura Haddad escreve “As reuniões com Dilma têm sempre uma carga elétrica no ar. O ambiente nunca é relaxado, e aquele dia foi se tornando mais tenso à medida que o debate transcorria”, para descrever um de seus primeiros encontros com Dilma logo após sua vitória em São Paulo. E continua em um clima profético: “Na saída daquela audiência, (…) eu sentia ali era algo que já havia experimentado algumas outras vezes na vida: mais do que um mal-estar ou uma simples angústia, era uma espécie de intuição, a sensação nítida de que algo muito sério estava se passando, de que havia um risco real e iminente. Alguma coisa estava muito errada”.

O texto é longo e revela, na visão do petista, como foi construído o enfraquecimento do Governo Dilma e seu consequente impeachment. “No final de 2013, num encontro com o presidente Lula, com a discrição que o caso requeria, perguntei se ele, passados três anos desde que tinha deixado a Presidência, conseguiria projetar a situação do país dali a cinco anos. Ele me perguntou por que cinco anos. E eu lhe disse que esse era o tempo que ainda restaria a Dilma para governar o país no caso, que me parecia muito provável, de sua reeleição. Ele me respondeu com o corpo: cotovelos colados à cintura, palmas viradas para cima e uma expressão facial que indicava “Não sei” ou, talvez, “Quem é que sabe?”. E segue Haddad. “Poucos meses depois, cruzei com João Roberto Marinho descendo as escadas do Instituto Lula. Cumprimentei-o e segui para o encontro com o presidente. Perguntei a ele o motivo daquela visita. Era uma sondagem para que Lula fosse o candidato à Presidência em 2014, no lugar de Dilma”. O artigo completo.

Em suma, para se valer deste episódio, além da prisão de Lula, muitos petistas se apegam ao coro do “golpe” e jogam para outros partidos grande parte da culpa pelo ocaso que a sigla vive hoje. Mas, contraditoriamente, se aliam a muitos deles conforme os interesses sem se preocuparem como votou e como se comportou nos momentos em que o PT precisou. Apontar o dedo e gritar “golpista” é fácil.

E para finalizar mesmo, é esperar como Haddad vai se comportar na substituição de Lula na disputa à presidência.

 

Qual o cúmulo do esquecimento? Jackson Barreto comemorar que Sergipe saiu da posição

Jackson no twitter: apostando no esquecimento dos sergipanos

de mais violento do país. Isso é brincar com a inteligência dos Sergipanos. Qual governo colocou Sergipe na posição de mais violento?

Coerência e coragem Este espaço tem uma relação aberta com os leitores e nunca escondeu sua posição política e ideológica claríssima, desde 2006. Informa e analisa ações políticas. A opinião pode ser compartilhada ou não pelo leitor. Porém, a coerência e a coragem continuam, independente do governo de plantão.

Transferência Só para confirmar, sobre a delegada Danielle Garcia. Ela seria transferida da delegacia da Barra dos Coqueiros para a 3ª Delegacia no Bairro Santos Dumont. Só faltava o papel da transferência que foi abortado, justiça seja feita, após a entrevista do governador na Jovem Pan e a cobrança dele ao secretário. Relembrando: Danielle era do DEOTAP, foi retirada de lá e do Laboratório de lavagem de dinheiro. Foi transferida para o DENARC, depois para a Barra dos Coqueiros…

Itabaiana: viraliza nas redes sociais declaração do prefeito à Justiça que está separado do grupo Teles de Mendonça desde a campanha de 2016 Caiu como uma bomba em Itabaiana e região o áudio do prefeito Valmir de Francisquinho divulgado pelo radialista Alex Henrique no programa de rádio dele e nas redes sociais. O áudio é de uma audiência realizada na quinta-feira, 09, numa das varas da Justiça de Itabaiana, envolvendo o prefeito e o radialista Alex Henrique. No aúdio, quando questionado pela advogada, o prefeito diz que em 2016 já estava rompido oficialmente antes da eleição. Questionado que mesmo assim a irmã do proprietário da rádio foi candidata a vice “Porque já estava registrada a candidatura e não tinha como mexer mais”, disse o prefeito à Justiça.

Cai por terra discurso que rompimento foi por conta da eleição da Câmara A repercussão grande em Itabaiana do áudio foi porque o prefeito afirmava que o rompimento com o grupo dos Teles de Mendonça se deu porque dois vereadores do grupo votaram contra o candidato dele na disputa pela presidência da Câmara. Pela voz do prefeito ficou claro que o episódio foi premeditado com o intuito de encontrar uma justificativa para explicar ao povo. O aúdio publicado pelo radialista Alex Henrique:

 

 

 

PGR descarta acusações de crimes contra André Moura e outros quatro deputados De acordo com portal do jornal O Globo, “para Raquel Dodge, não há indícios de que o líder do governo no Congresso Nacional, André Moura (PSC-SE) cometeu o crime de organização criminosa”. Em maio, Raquel Dodge já havia defendido o arquivamento dos trechos que citam o sergipano.

Forma evasiva e retórica Na petição, a chefe da PGR havia ressaltado que a vinculação do parlamentar aos fatos investigados “sempre foi apresentada de forma evasiva e ligada apenas por retórica aos contextos gerais da atuação da organização criminosa, sem fato concreto de ilícito para o qual teria concorrido”. Toda matéria.

Justiça concede liminar e suspende sessão da Câmara de Riachão do Dantas Atendendo a

A decisão da justiça.

um mandado de segurança impetrado pela assessoria jurídica da prefeita de Riachão do Dantas, Gerana Costa, a juíza Fabiana Oliveira de Castro suspendeu a sessão da Câmara de Vereadores marcada para hoje, 10. Na sessão, os parlamentares votariam o pedido de impeachment contra a gestora. No entanto, em virtude de diversos erros no processo, apontados no pedido judicial, a magistrada proferiu uma liminar suspendendo a sessão e “bem como a prática de qualquer ato referente ao procedimento que pode desaguar no impeachment da impetrante, até nova decisão judicial”.

Violência em Sergipe e a análise do discurso Houve intensa comemoração entre os governistas pelos dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em que aponta que Sergipe saiu da primeira para sexta posição no ranking dos estados mais violentos do país. Embora há de se reconhecer os esforços dos agentes de segurança pública do estado, o Governo há muito tempo não investe o necessário para garantir que a segurança pública seja um direito fundamental do cidadão. Ainda há muitos casos de latrocínios, homicídios e feminicídios em números estratosféricos, sem contar a alta porcentagem que sequer registram boletim de ocorrência. Isto não entra nas estatísticas oficiais e, portanto, não produz dados.

Ganho real do povo? Cair para o sexto lugar em violência? Mas o engraçado é que antes o Governo contestava os números do Fórum de Segurança e alegava que não entendia como o menor estado da federação poderia ser mais violento do que estados de maiores e mais populosos. Mas bastou o mesmo órgão afirmar que nosso estado saiu da lamentável primeira posição e continuar entre as seis primeiras posições para a propaganda oficial divulgar como se isso fosse um ganho real para o povo.

Continua preocupante Sinceramente, entre 26 estados além do Distrito Federal, nosso pequenino torrão permanecer na lista como o sexto mais violento é bem preocupante. O discurso oficial tentar esconder a verdadeira realidade: ainda sofremos com a insegurança e a violência. Mais do que os números só mesmo o filósofo e pensador russo Mikhail Bakhtin que se debruça de como o discurso é usado para persuadir.

 

PT carreirista? Se houve dois vícios muito combatidos na origem do Partido dos Trabalhadores foram justamente o carguismo e o carreirismo: isto é pessoas, que se apegam a cargos ou fazem da política uma carreira paralela em sua vida. Mais o revisionismo ideológico e as bravatas recentes da cúpula do partido tem negando cada vez mais estas teses e enveredando pelo legalismo burocrático e outras variantes do revisionismo petista.

PT carreirista? II A bem da verdade, a tendência Articulação de Esquerda e outras tidas como “radicais” continuam combatendo aquilo que deu vida orgânica à estrela vermelha. Prova disso é a deputada Ana Lúcia que, mesmo tendo direito à reeleição, abriu mão e deve outro nome de seu grupo disputar a vaga na Alese. Já a vice-prefeita Eliane Aquino agora quer ser vice-governadora. Não que não seja legítimo, mas um partido com tantos quadros qualificados por que só ela foi a indicada? Deve ser muito competente, estudiosa e formuladora dentro da sigla, articuladora e jamais usará o nome de terceiros para se beneficiar eleitoralmente.

 

Diretoria da ACDS participa de Congresso da ABRACE A crônica desportiva de Sergipe participa da 44ª edição do Congresso Brasileiro da imprensa esportiva. O evento acontece em Brasília/DF, entre os dias 09 e 11 de agosto de 2018. Na quinta-feira, 09, durante a abertura do evento ocorreu a realização de palestras referentes como se associar AIPS (Associação de Cronistas das Américas), Fake News e sobre a importância do Congresso.

Discussões importantes Já ontem, 10, às atividades prosseguiram com exposição de palestras sobre o papel da CBF, debates sobre a crônica esportiva nas regionais. Outro ponto a ser discutido serão os 16 meses da nova gestão da ABRACE, com a votação do novo Estatuto. ”O Congresso este ano, está sendo realizado da maneira correta. Sem festas, mas, com discussões importantes para a crônica esportiva do Brasil”, ressaltou Cristiano Prado.

Sergipe O estado de Sergipe está representado por sete componentes; Adel Ribeiro, Biel Sobral, Sérgio Dória, Cristiano Prado, Givaldo Batista e Custodio Santana, e Roberto Silva (Conselheiro Titular da entidade nacional). Para o presidente da ACDS, Adel Ribeiro, o evento é de suma importância, pois proporciona momento de reflexão sobre temas relacionados aos problemas que o futebol e a categoria dos Cronistas enfrentam.

PELO ZAP DO BLOG CLÁUDIO NUNES – (79) 99890 2018

IT Consulting Veja a empresa que trabalho a “It Consulting” que presta serviço a Seplag (governo estadual) está com os salários atrasados de cerca de 70 trabalhadores que seriam depositados na terça-feira, 07 e até agora nada. Fora o atrasado de seis meses que serão completados agora em agosto do tíquete refeição e o plano de saúde que acabou.”

 

PELO TWITTER

www.twitter.com/FalaSergipe Do eleitor para um candidato: ” Não substime minha capacidade de fingir que você não existe”‏
www.twitter.com/ayres_britto A liberdade de expressão é a maior expressão da liberdade.

www.twitter.com/eduardoamorimse Se a Segurança não funciona, a Educação está abandonada e a Saúde está um caos é porque o Governo não aplica bem os recursos públicos. Vamos mudar essa realidade! Com uma boa gestão e #CoragemPraMudar, Sergipe vai voltar a crescer!

www.twitter.com/braynerr O Brasil é um País sem rumo. O radicalismo de Boulos à esquerda e o de Bolsonaro à direita não são bons para um País ao caos. Mas, quem seria bom para o Brasil nesse momento?

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Frase do Dia
“A verdade pode machucar, mas é sempre mais digna.” Charles Chaplin.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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