Incluído entre os “30% de ‘imbecís’”.

Em 11 de agosto de 1997 eu recebi um comunicado da Revista Veja informando que a minha assinatura que venceria três meses depois, em 12 de novembro daquele mesmo ano, estava sendo renovada antecipadamente, via cartão de crédito, para que “eu tivesse a garantia de possuir assunto para mais um ano de boa conversa”.

Numa conversa fiada, digna de real vigarice, Veja lançara mão de meu Cartão de Crédito, para me impor uma despesa não autorizada.

Fiz uma carta desaforada exigindo o estorno do pagamento cobrado indevidamente, não renovando mais a assinatura daquela Revista.

De lá para cá, eu não mais comprei a revista Veja, mesmo quando ela em capa chamativa alardeava os sempre presentes escândalos nacionais.

E, que eu saiba, nenhuma falta Veja me fez, sobretudo em termos de assunto de conversa.

Quanto ao excesso de conversa fiada publicada, de novembro de 1997 para os nossos dias, a política nacional erigiu e derrubou Presidentes ao sabor do escarcéu ditado pela imprensa, o executivo corrompendo o legislativo, com FHC obtendo sua reeleição, Lula instituindo o mensalão, Dilma o petrolão, e Temer com suas malas de dinheiro descobertas e jamais conferidas.

De longa data, tem sido ampla a desconstrução de homens, siglas e ideologias, em sobeja insaciável falcatrua, sobrando cadeias e algemas, que o país quebrou e entrou numa crise jamais vista e prevista pela mesma imprensa.

O imprevisível foi tamanho que surgiu um político dito do baixo clero, alguém que estivera imune a toda sujeira amplamente denunciada, o que se esperava impensável para tantos formadores de opinião.

Seu nome, um desconhecido; Jair Messias Bolsonaro, alguém que tivera a ousadia de pensar diferente, ousando elogiar, por necessário, o Regime Militar vigente de 1964 a 1982, tido como sanguinário e cruel pela vasta imprensa, sem exceção.

Alguém que ousara denunciar o despropósito infiel e bestiário, utilizado por muitos jornalistas em veros tropéis usufrutuários.

Bolsonaro, o que era para não ser; foi então o escolhido, o preferido no pleito de 2018, como pequeno Davi, sem tempo de televisão, sem dinheiro, nem posição, enfrentando diferentes Golias; dos gigantes aos brutamontes em siglas inúmeras.

Venceu a todos: os Proteus, os Homodeus, os filhos de Asmodeu e até os pigmeus, aí incluídas as viúvas de FHC, inconsoláveis, e às de Lula, enumeráveis, todas derrotadas, inclusive a grande imprensa; Globo, Folha e Estadão, que lhe demonizava, tanto o discurso quanto o comportamento, a verve, o verbo e a postura, sobrando até uma facada desferida e jamais conferida, restando oculto ainda o mando e a urdidura.

De lá para cá, quatorze meses dura a Guerra Santa desferida contra o Presidente  pela grande imprensa, Folha, Globo e Estadão; a Folha firmando-se antolha, caolha e piolha, o Globo adquirindo o epíteto de Lixo, e o Estadão, sendo levado pouco a sério, por excessivo desequilíbrio.

Desequilíbrios dignos de embriaguez alcaloide têm sido a vertente única de seus pensadores e articulistas.

O que fazer se todos os seus articulistas, sem exceção, do jornalismo de fofoca em tantas fontes segredadas e mal inspiradas, e todas as outras que se portam piores por pouco sagradas em postulação de conteúdo, vingam na mesma corrente do indecoro persistente de atacar sem apurar, insinuar e suspeitar, para arquitetar um alvoroço somente?

E nessa mesma proponente, não há nada de novo debaixo do Sol; só a fraqueza  e a torpeza de uma redação equivocada, que não informa e só deforma, agora querendo insinuar um impeachment, “por crime de responsabilidade”, por comportamentos indevidos de insinuações maldosas contra mulheres.

Ah, as mulheres! E eu tenho respeito a todas, desde que se comportem como tais, em correção e postura.

Eu, que as venero e enalteço não tenho nenhum pejo em censurá-las quando não se comportam tão bem como deviam!

Se restou dúvida quanto a ‘“oferta do furo” para lograr o furo’, não vale perquirir o contraditório para elucidar o abjuratório?

Enquanto isso, pescadores de águas turvas bateiam e falseiam, e só conseguem fisgar baiacu, aquele peixe venenoso e folgazão, que incha a barriga rindo em excesso até papocar.

E neste espoucar de xabu, risada mesmo a gente encontra de graça no Youtube, com a edição jocosa com que ali se trata a má produção da nossa imprensa.

São programas tão bons de ver que vale até cancelar a assinatura dos jornais impressos.

A Folha de São Paulo, O Globo e O Estadão, com a linha editorial assumida, não me fazem falta.

Não os leio mais. Cancelei-os! Fujo até do Jornal Nacional.

Felizmente há o Record News do Heródoto Barbeiro no Canal 18, a partir da 21 Horas.

Nesse contexto, passo distante até dos articulistas da terra que no afã de posarem iguais, bancam-se tão provincianos e repetitivos, verdadeiros revérberos descabeçados da mídia sulista.

Por que não dizem algo novo? E que seja diferente; original, ora essa!

Por que ler os seus textos se, em originalidade resistente, estou entre aqueles 30%, de ditos “imbecis”, que ainda apoiam o governo Bolsonaro?

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais