Mudança

Cipriano, homem trabalhador, mantinha sua casa sem faltar o necessário ao dia-a-dia. Sua mulher, Maria, morena bonita, não se queixava. Seu marido também lhe dava prazeres na cama. Moravam em uma rua proletária.  Em frente, vivia Dinalva, uma viúva, fornida de carnes, cobiçada por uns e outros.

“Bom dia, vizinha” gritava Maria. “Bom dia”, respondia Dinalva, rosto branco.  Mas um dia Maria descobriu espiando por uma fresta da janela, que seu marido vez ou outra entrava, tarde da noite, na casa de Dinalva e demorava horas.

Não agüentando mais aquelas idas e vindas do safado, Maria estrilou: “sei de tudo, é melhor se mudar pra lá de vez”. Calado, Cipriano, arrumou uma mala, atravessou a rua e foi morar com Dinalva.  Semanas depois, agora era Dinalva que, escondida, vê Cipriano, tarde da noite, vez em quando entrar na casa de Maria.  

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