Capirotos à parte.

Capirotos para todos os gostos.

Enquanto não se definirem novas lideranças políticas, o Brasil continuará perdido no que quer e almeja.

Lula da Silva, como todos da minha geração e sem novidades, somos uma raça em extinção.

Ele la, com 78 anos, dizendo besteiras, conduzindo o país ao atraso a cada discurso, e eu aqui, com 76 no mesmo curso, contemplando tudo sem esperança de mudança ou melhoria, persistindo como ostra encastoado, enquanto ainda me permitirem o espaço, já que em contrapasso escrevem divergente a mim, os que me contornam em crenças outras, de sabences avarias.

Estarão a serviço de que? – Pergunto-me. Não sei!

A serviço de quem? Também não sei!

Porque haja independência afirmada sem a ninguém convencer. Alguns parecendo ser pastores ou filósofos, ousando querer mudar a basta e vasta, humanidade!

Ao seu viés e sem se contemplar no próprio espelho, metem o bedelho em tudo! Dos políticos de ocasião, nem se fala, dos dirigentes de plantão, pior, dos filhos que são amados pelos pais, um pouco regalo, talvez olhando para si próprio e se incomodando, dos pais que bem agradaram os filhos, dá-lhes dó, sem falar do cônjuge, sempre culpado por pouco sorrir, deblaterando até contra aqueles que se asseiam, se barbeiam, se penteiam, ou se perfumam…

E até daqueles que bem se alimpam, gosto de assim referir, porque alguns, e desses são muitos milhares, preferem nos seus esgares, carimbar as chulas calcinhas e cuecas, algo que a educação não preceitua nem recomenda, mas que, por pura pertinácia, contumácia e má delenda, perdura como hábito da meninice à juventude, resistindo ao amaduro e à velhice, urinando no entorno do vaso sanitário ou do penico, um rescaldo terrível a ser conquistado pelas doces mulheres, elas mais higiênicas e cuidadosas, nos hodiernos banheiros unissex, suprema conquista da qual não pediram mas que perdendo, receberam.

Todavia, a despeito do meu pouco convencimento exarado, que fazer se não vivo disso, de ensejar com isso o meu próprio engano?

Quem não me conhece, que não me compre. Não estou à venda!

Tenho, por ousadia, os meus próprios valores, e deles eu não abdico.

E o meu prosseguir, embora divergente, é progressivo, lento e continuado, alertando contra os corrosivos descaminhos pregados, e as consequentes escolhas das misérias rotineiramente repetidas.

A parte tudo isso, todos temos que viver de algo, de alguma serventia… Vendendo o seu peixe, da boa pescaria, em bom robalo, pescada, abadejo ou baiacu, porque assim fazem também os pescadores de aguas mansas e até o de aguas turvas, poluídas.

Em tempos idos e já perdidos, existia a figura do pistoleiro intelectual; aquele que alugava a pena, na cena todos sabendo a quem servia e se merecia a imparcial opinião, afinal havia-lhes um bastião ao qual servia como bom mocinho, cangaceiro ou vilão.

Em tempos atuais, por remansos Wokes internacionais, todos posam bem como mocinhos, amigos do povo, e seus defensores em qualquer ocasião, sobretudo no aproximar das eleições.

E o povo vem sendo escanteado como massa amorfa sempre amoldada, mastigada como rolete de açúcar, e cuspido como bagaço, quando não resta dulçor.

E nesse abandono continuado, vê-se uma insatisfação no planeta com a Democracia vigente aqui e alhures, cada vez distante dos anseios populares, em sucessivas revoltas: citadinas ou campesinas, agora por exemplo, dos que querem comer e daqueles que com suor põem o prato à mesa, todos encalacrados por uma economia que lhes não enxerga as reais necessidades.

Para tais “wokes”, a necessidade passa pelo aquecimento global, a danação do carro poluente, a preocupação ingente com a gente distante dos rincões amazônidas, as sardônicas orgias dos capitalistas exploradores, caterva que desde os liderados por Marx, precisava ser “enforcada na derradeira tripa do ultimo padre”, isso desde o tempo da revolução industrial em que os trabalhadores viviam sujos, desnutridos e desvalidos.

E foi com muita desvalia que vingou o hoje combalido “estado-de-bem-estar-social”, perdulário e insolvente, um problema desafio para vasta leva de economistas “pós-marxianos”, e seus sucedâneos saudosistas, sempre a preceituar novas sangrias dos erários, sem descobrir a formula luminosa dos vernizes acarídeos.

E com tantos protozoários nos reinos protistas dos erários, a democracia restou quimera decepcionante no Ocidente, afinal virou seara de Partidos, Sodalícios, Confrarias, Irmandades, Think-Thank, uns permitidos, premiados e financiados pelo pagador de impostos, continuamente espoliado até para isso, remunerando-lhes a esbórnia, em mesa e prosa.

Olympe de Gouges uma das primeiras guilhotinadas pelo jacobinos franceses.

Do outro lado vige a glosa. São proibidos, execrados e amordaçados no que pensam, creem, e exalam, sem falar que pouco desses sobram com mil vedações e infindas cassações, por legislações, cortes e proibições, impedindo-lhes a livre escolha e o liberto pensamento, apodando-lhes os certames, violando-os, criando ditames que jamais poderiam ser fulcrados no ideal republicano pelo qual muitos sangraram e sofreram, mundo a fora, com Manon Roland e Olympe de Gouges, encabeçando o pelotão.

Como nessa guerra poucos são mocinhos, prevalecem os espertos “in-law”, em contraparte aos “out-law”, perdoando-se a corrupção comprovada e venalizando o que melhor se denuncia com ideal má solvência de prova.

É o caso de Donald Trump nos Estados Unidos e do Capitão Jair Messias Bolsonaro no Brasil, acusados de tudo que nada fizeram, ensejando a frustração popular que os aplaude nos cenários onde o povo fala e diz o que quer.

Como “Vox Populi non est vox Dei”; seja calado o povo, para o aplauso da caterva!

Sem vingar  extravio da rota verve, diz o Eclesiastes sem desvio: “Não há nada de novo debaixo do Sol, E o que foi é o que será!” Lições que a humanidade teima em desprezar sem aprender, embora Heráclito de Éfeso, por outro contexto, perdure bem mais lúcido, afinal: “Ninguém se banha nas mesmas águas!”

Porque as aguas podem matar a sede, e também afogar, como aconteceu com o Presidente Chileno Sebastián Piñera, um político de “direita” que deixou o seu legado. Se é que a “direita” possui algum legado a exaltar…

Quanto ao que acontece por aqui, em aguas revoltas querendo nos afogar, está o Mito Bolsonaro com o seu legado bem exaltado pelo povo, em multidões livres juntadas e reunidas, sobrando-lhe perseguições em prévias sinistras de detenção.

Um medo que já se espalha, igual a nuvem de ignotos, gafanhotos.

Enquanto não se definirem novas lideranças políticas, que nos poupem tais capirotos…

Será que eles existem?

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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