Dos Urubus, do pequenino feliz, e dos baiacus chorões.

Um tema ultrapassado: Dos urubus e do doce de leite.

 

Urubu-de-baixo, era assim o antigo nome de Propriá.

Urubu de baixo, porque devia haver um outro que lhe ficava acima.

Das aves, é comum dizer: a que paira acima, quando dá na veneta, suja aquele que lhe vem abaixo.

Para variar, um jornalista da “TV dos Sergipanos” quis sujar a passagem do Presidente Bolsonaro às margens de Urubu-de-baixo.

O urubu, segundo a Revista SuperInteressante

Propriá, a esquecida Propriá, tão bela e acolhedora, nunca fora tão lembrada em tantos anos de abandono.

É verdade! O “odiento” Presidente lembrou-se que ela existia!

Inaugurou a duplicação da BR101, em duas largas passagens em ponte dupla monumental, por ser a maior do Nordeste, atravessando o velho Chico, num dia de glória para os Estados de Alagoas e Sergipe.

Mas… O que é a Glória?

A Glória pode ser tudo, até um leite condensado Glória, ou Leite Moça, da Nestle, ou de outras marcas, contanto que se erga a molecagem e a sacanagem, enquanto notável e memorável matéria jornalística.

E o Presidente bem escrachou aquilo que o inquiridor merecia: “enfiar no rabo o leite com lata e tudo”, e quiçá, por melhor acréscimo, a dupla ponte também.

E sem vaselina!, grito eu, nada elegante.

Para quê o ser, ou sê-lo, com o pronome, indo e voltando, a servir de melhor consolo?

Porque o Presidente Bolsonaro pode ser tudo, menos ladrão e vaselinoso!

A vaselina pior restando para os que se sentiram ofendidos, sempre reclamando do comportamento dos outros, recusando para si, o opróbio coletivo no seu agir refluído.

Que coisa! Em tanto refluxo exarado pela massa, gorjeando Mito! Mito! Mito!

E esta escumalha sem ver ainda que o Mito sobreveio para revolver escórias, acabar estórias de carcomidos, por fingidos, em tantos politicamente corretos, a encobrir as velhas falcatruas, já não mais repetidas.

Mas, que sejam esquecidas a glória e a vitória da ponte!

Porque nesses contextos de vitória, só a derrota é órfã e abandonada.

E nesse desamparo de miséria, o leite condensado, e, bem pior, o enlatado, precisava ser assestado como cagada fedida de urubu na alegria do Presidente provedor, que não podia, nem merecia, sobressair com a adoção da ponte, e com a duplicação da estrada, que viviam órfãs e abandonadas desde FHC, de Lula e de Dilma, e só foi adotada agora, por feito notável do Capitão “deselegante”.

Pois é! Só os deselegantes assumem os filhos paridos pela irresponsabilidade dos outros.

O que o repórter não sabia,  é que o dia 28 de janeiro de 2021 restaria um dia festivo, que bem merecia a louvação da nossa sergipanidade.

Felizmente, o Governador Belivaldo Chagas se fez maiúsculo, equilibrado e pragmático, presente na inauguração, como deveriam estar também os homens importantes de Sergipe, e até os políticos que lhe fazem oposição, se tivessem um pouquinho de grandeza para enfrentar eventual apupo de descontentes.

A reparar, todavia, a ausência do Governador de Alagoas, por coisas miúdas da política.

Quanto ao repórter que se fez urubu, sujando a festa, que lhe bastem os elogios de seus órgãos sindicais, que todos bem o sabem, o que pensam e o que fazem, só política!

Como eu não faço política mas sou dono da minha voz e do meu pensamento, dirijo o meu excremento como os gatos, enterrando-os sempre, hoje precisando expô-los, por necessário, e sem pedir escusas.

Igual ao Presidente a quem me somo.

Que cada um carregue consigo, em bom proveito, para gozo e deleite próprios, o doce de leite e o seu condensado leite.

 

Outro tema ultrapassado: O pequenino e o Presidente.

 

Os Evangelhos falam de Zaqueu. Ele era malquisto na cidade, entre os judeus, por ser cobrador de impostos.

Ele também era baixinho, queria ver Jesus e a multidão não o permitia.

Zaqueu subiu numa árvore e dali Jesus o viu.

Não só Jesus o viu , como quis cear na sua casa, um verdadeiro escândalo!

Já Couton, um dos ferozes revolucionários franceses, não era anão, mas era deficiente físico.

Não andava. Tinha que pedir a alguém que o carregasse nas costas.

Assim carregado, Couton votava revolucionariamente pela morte dos inimigos da República Francesa sem apelo.

Com seu voto e seu discurso, cabeças várias foram decepadas: do Rei, da Rainha, dos Nobres Monarquistas, de Padres, Bispos e Arcebispos, dos Girondinos da Direita, dos Moderados Dantonistas da esquerda, e até de cientistas como Lavoisier, porque se metera a Fermier, enquanto cobrador de impostos, espécie de agente da “receita federal” de então.

Como líder dos desprovidos de tudo, Couton acreditava que “o homem só seria livre quando o último rei fosse enforcado nas tripas do último padre.”

Até que então, Couton caiu em desgraça e lhe arrancaram a cabeça também, subindo à guilhotina levado à sua moda própria: nas costas dos carrascos; os funcionários do Estado, remunerados para tal função.

Zaqueu e Couton eram Pessoas comuns de seu tempo, cada um com as suas deficiências de natureza física, nada que os impedissem de curtir o riso e a dor, e fazer o bem e até o mal se o quisessem.

Igual ao anãozinho propriaense tornado notícia: um homem comum do povo que só queria abraçar o seu Capitão Presidente.

E o Mito, por demagogia, segundo seus críticos, não só abraçou o homem comum pequenino, como o pôs no colo erguendo-o em pedestal.

Bolsonaro ergue um Propriaense no YouTube Bárbara TeAtualizei

“Foi combinado!’, dirão alguns, execrando o Presidente, sempre acusado de  intolerante, impudente e inconsequente.

Nesses gestos, “vox populi, vox dei!”, dizem alguns exagerados .

Outros sempre reprovam estas efusões da massa, mais das vezes rejeitadas.

Alguns vão mais além: “O povo é uma besta quadrada!”, repetindo à exaustão nas salas bem falantes de ocasião.

O gesto me emocionou, enquanto encontro de um Mandatário com seu povo, acolhendo um carente de tudo, e até de apreço pelos seus comuns no entorno, em pouca suficiência de porte e até de dentes, para esbanjar um melhor sorriso.

Mas o sorriso dos dois foi notável: a exaltação de um Brasil carente como o seu servidor maior; Presidente!

 

Um tema relevante: Choro de Baiacus.

 

A esmagadora vitória do Deputado Artur Lyra de Alagoas suscitou amplo choro àqueles que teimam em duelar contra os fatos.

Na interpretação dos feitos, muitos denunciaram que houve um excesso de atuação do Palácio do Planalto, corrompendo os espíritos ditos “impuros” do Congresso.

Pureza mesmo, a perquirir nas alocuções dos candidatos, só exibira a Deputada Luiza Erundina, que mesmo abandonada pelos seus companheiros de agremiação, verberava que só ela, e ela somente, merecia o voto de seus colegas de Parlamento.

Estava, em verdade, marcando espaço, posando como anticandidata, não fossem outros que também desfilaram em bloco de “eu-sozinho”, tirando-lhe a atenção, sem lhe retirar o equívoco, de conferir o seu final e derradeiro apreço.

Porque ninguém lhe deu bola, minto, só dezesseis da sua corriola, segundo o painel da votação.

Em verdade, só os radicais como Savonarola, se creem impolutos e sem máculas, a merecerem os votos dos impuros, para assim retirar-lhes o esconjuro, e dar-lhes o perdão e a salvação.

Girolano Savonarola (1452-1498), só para lembrar, foi um padre dominicano de Florença, Itália, que verberava rumando fogo aos pecadores, numa época em que aleijava a pregação de Cristo, que nunca viera para condenar os infiéis.

Igual, ou quase isso, aos que pregam contra os impuros, sem tolerância nem moderação.

Mas, a despeito de possessos de outros retrocessos, eis que a eleição do Congresso se deu, irritando baiacus e belzebus , Asmodeus e outros tantos seus corifeus, que estão a arengar males e trevas descobertos no amplo cenário do Brasil.

Porque se o povo grita loas ao Mito, tudo é gado ferrado, gente desprezível, a merecer uma chibata que o vergaste.

Se é o Congresso que o reflete e corresponde, tudo é feito em troca de verba, na corrupção sempiterna e sempre eterna.

Porque Câmara e Senado que se prezem têm que apear o Presidente escolhido pelo povo, mas que nunca deveria ter sido: “equivocadamente!”

Painel de votação da Câmara dos Deputados

Igual ao 7 x 1 frente a Alemanha! “Não foi sete a um!”- dirão os que teimam em lutar contra os fatos:  “Foi um a sete, ora essa!”

Nos seus maus intentos, basta que lhes sejam anulados os tentos contrários.

E se antes o impeachment de Bolsonaro estava na pregação diária da semana que passou, a vitória do Centrão, lhes representa agora um revoar de belzebus dando rebus, expelidos do inferno.

E haja choro e lamúrias!

Sobretudo com o escore  do plenário.

O Lyra alagoano ganhando de 302 votos contra 145 do Baleia, e outros em pior rabeira por mais rejeitados.

E no Senado, nem se fala, porque ali até houve esquerdista que está sendo espancado por aqui, porque se fez apolíneo e pragmático, uma posição a ser fustigada pelo sempre chicote vil, destabocado!

E haja vilania!

Mas, o quê fazer se o baiacu é um peixe venenoso que bem sorri e é charmoso em choro só quando lhe coçam o buxo, até o estrebuche?

 

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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