Moradores tentam reverter a situação da derrubada

Moradores dizem que compraram o terreno e não vão deixar suas casas
Moradores do Loteamento Praia do Sol, em Pirambu, estiveram reunidos na frente do Ministério Público Federal (MPF) na manhã desta quinta-feira, 3, reivindicando contra a derrubada das suas casas, determinação que partiu da Justiça Federal com base num pedido do MPF. Alguns representantes foram recebidos pela procuradora Regional da República, Gicelma Santos Nascimento.

Segundo o representante dos moradores, Assis Conceição, a procuradora informou que diversas tentativas de contanto foram feitas com a Prefeitura Municipal de Pirambu e com a LB Empreendimentos e Incorporações Ltda, empresa responsável pela venda dos terrenos, para que eles enviassem um laudo, com informações pertinentes ao loteamento, mas não obtive sucesso.

Também segundo Assis, a procuradora Gicelma Nascimento, orientou aos moradores que eles entregassem à Prefeitura e à empresa, um documento pedindo posicionamento em relação a situação, para tentar reverter o caso. De acordo com o MPF, o loteamento foi criado sem o devido licenciamento ambiental, em área de preservação permanente.

Documento de compra e venda dos terrenos, registrados no cartório

“O prazo que era de 30 dias, agora é de 15, para que os moradores deixem o local. Sem contar que o juiz pediu anulação dos documentos de compra e venda, lavrados em cartório”, comentou Assis.

Terrenos foram comprados

Segundo Maria da Conceição Santos, 83 anos, moradora do loteamento, todos os terrenos foram comprados. “Nós temos os recibos de compra e venda, registrados em cartório, ninguém invadiu o lugar”, informou Conceição.

A idosa também lamentou a situação, dizendo que tudo que ela tem, está depositado ali no loteamento. “Trabalhei minha vida 

Maria Maura e Maria da Conceição, estão inconformadas com a decisão 
inteira, tomei empréstimo para construir uma casinha, agora querem derrubar. Eu não tenho para onde ir e nem mais idade para começar. Se tiver que derrubar, pode derrubar por cima de mim, não me importo mais”, falou emocionada a moradora.

Para Maria Maura Santos, 71 anos essa decisão da justiça acabou com a tranqüilidade dela. “A gente chega numa idade dessas, para descansar embaixo de um teto nosso, depois de tanto trabalho, e agora querem acabar com tudo. Não sei se tenho força para assistir uma coisa dessas, não vou agüenta” lamentou Maria Maura.

Por Alcione Martins e Carla Sousa

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