Itabaiana apresenta maior número de doadoras de leite materno em SE

O evento contará com uma programação de discussões até a próxima quarta, 7 (Foto: Portal Infonet)

O município de Itabaiana foi destacado como o de maior número de doadores atualmente no Estado de Sergipe. A informação foi levantada pela gerente do Banco de Leite da Rede Estadual, Magda Dória, durante a abertura da Semana do Aleitamento Materno, organizada pela Secretaria do Estádio da Saúde (SES), na manhã desta quinta-feira, 1º de agosto.

Magda Dória destaca importância de Itabaiana para o Banco de Leite do estado (Foto: Portal Infonet)

O evento, cuja programação se estenderá até a próxima quarta-feira, 7, aborda as principais reflexões e problemáticas do período de amamentação, destacando também as dificuldades de enfrentadas pela coordenação do Banco de Leite do estado.

A gerente Magda Dória explicou ao Portal Infonet que o município do agreste sergipano possui 250 doadoras e é o que mais dá suporte ao Banco de Leite Marly Sarney, órgão vinculado à Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em Aracaju. “Em Itabaiana eles pasteurizam e nós vamos buscar. Lá os agentes vão na casa das pessoas, da mesma forma que atualmente temos feito aqui em Aracaju”, suscitou.

Para Magda, a maior dificuldade se encontra na inserção de voluntários. “O grande desafio da gente é justamente encontrar a doadora. Atualmente, estamos em um caminho de construção de parcerias para colocar a atenção básica dentro das localidades mais periféricas. É preciso que as gestantes saibam que existe um banco de leite e que, através do acesso aos enfermeiros, elas vão acionar a gente e iremos às suas casas efetivar as doações. O caminho tem que ser fácil para a mulher”, ressalta.

Helga Muller fala das dificuldades que a sociedade impõe ao aleitamento (Foto: Portal Infonet)

Um dos eixos de discussão da semana se apresenta na necessidade de que as mulheres construam um período de aleitamento de, no mínimo, seis meses. Esse período é estipulado por especialistas como primordial para a formação de uma criança e, consequentemente, um adulto, mais saudáveis.

“O cansaço, a rotina, a falta de apoio familiar, as nossas leis [incluindo os quatro meses de licença maternidade] geram obstáculos para esse aleitamento. Nós temos uma indústria que bloqueia a prática da amamentação e que incentiva a produção do leite industrial. Tudo isso afasta a mulher desse cenário.”, argumentou a coordenadora da Rede Materna Infantil e Saúde da Criança, Helga Muller.

De acordo com ela, existe um movimento formado agentes de saúde, especialmente em eventos como este, que busca a conscientização e mudança dessa prática. “Entendemos que o aleitamento é a ação mais adequada para nutrir uma criança, do ponto de vista da saúde. Está provado que há um nível maior de inteligência, um comprometimento maior com os estudos, a formação de um adulto mais saudável”, complementou a coordenadora.

por Daniel Rezende

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