Fumacê: Sintasa cobra estrutura para trabalhadores

Fumacê: trabalhadores reclamam de condições de trabalho (Foto: Márcio Garcez/Arquivo ASN)

Há um clima de insatisfação entre os cerca de 30 servidores que operaram as UBV (Ultra Baixo Volume), os famosos fumacê usados para lançar inseticida para combater o mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue. De acordo com informações do sindicalista Augusto Couto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), a estrutura do alojamento reservado ao descanso dos trabalhadores é bastante precária.

O presidente do sindicato explica que os trabalhadores são vinculados à Fundação Estadual de Saúde (Funesa), que não respeita o acordo coletivo de trabalho. Segundo o sindicalista, por manipular inseticida, é obrigação da Funesa disponibilizar leite aos trabalhadores, mas o produto nunca é ofertado. Além desta irregularidade, o sindicalista destaca que a Funesa também não está disponibilizando o auxílio alimentação, um benefício previsto no acordo coletivo.

Augusto Couto reconhece a regularidade nos equipamentos de proteção individual para os trabalhadores, mas observa que os trabalhadores não estão tendo alimentação saudável.  No alojamento, segundo Couto, é praticamente impossível permanecer em período chuvoso. O espaço fica alagado e as cadeiras estão danificadas. “Os trabalhadores não tem nem lugar para sentar porque as cadeiras estão quebradas”, considerou o sindicalista.

O sindicalista informou que já enviou ofício para a Funesa para tentar resolver as pendências, mas até o momento não recebeu retorno.

Funesa

Através da nota, a Funesa informou que no dia 12 de setembro realizou uma reunião com os servidores onde foram expostas as melhorias da Central de Ultra Baixo Volume, que já é estruturada com salas climatizadas, área de convivência e copa.

A Funesa disse ainda que a partir da negociação em reunião, se comprometeu a ampliar o espaço de estar e a copa, além de e equipar mais um ambiente para os funcionários através de cinco jogos de mesa e cadeiras plásticas, dois novos ventiladores de pé, uma nova TV, mais um bebedouro e um microondas.

A Funesa ainda reforçouque, na atual condição de trabalho, os motoristas de UBV, de acordo com o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), não estão expostos aos riscos necessários para o recebimento do adicional de insalubridade e que esta informação é repassada aos profissionais durante o treinamento pré-admissional ao qual são submetidos antes da contratação.

A nota da Funesa ressaltou ainda que, por base em evidências por inspeção realizadas no local de trabalho e referenciadas através da Portaria 3214 de 1978 do Ministério do Trabalho, não há evidências de situação de insalubridade para os trabalhadores pertencentes aos Grupos Similares de Exposição.

Por Cássia Santana

A matéria foi alterada às 17h31 para acréscimo de nota enviada pela Funesa.

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