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Raquel Leão vai competir em Florianópolis (Foto: Portal Infonet) |
A bailarina Raquel Leão vai levar o nome de Sergipe para fora do Estado. Ela foi selecionada para participar do 4º Festival de Dança de Florianópolis que vai acontecer dos dias 16 a 18 de agosto deste ano. O festival vai reunir bailarinos do Brasil e do Exterior que vão competir nos mais diversos ritmos.
Raquel Leão será a única bailarina do nordeste na categoria Contemporâneo Adulto. Para saber a sua expectativa e o que ela vai mostrar no festival, a equipe do Portal Infonet conversou com a bailarina Raquel Leão. Além da entrevista, você, internauta, pode conferir um pouco do que a sergipana vai mostrar no festival. Confira:
Portal Infonet- É a primeira vez que você vai se apresentar fora do Estado?
Raquel Leão: Eu já me apresentei no teatro Cacilda Becker no Rio de janeiro, em Parati e em Santa Cataria no Festival de Joinvile, mas foi só amostra, é a primeira vez que eu estou competindo fora.
Infonet- Como você ficou sabendo do festival e como soube que foi selecionada para participar do prêmio?
R.L– Eu comecei a pesquisar festivais de dança e encontrei vários pelo Brasil. Enviei pra vários, também enviei um vídeo para esse festival e dois meses depois a equipe do prêmio me ligou dizendo que eu tinha sido selecionada. Foi um privilégio pra mim, porque eu sou a única do nordeste que vou competir na categoria contemporânea adulto. Eu estou indo com o apoio da Secretaria de Cultura (Secult) através do edital de intercâmbio cultural e eles estão me dando todo o apoio.
Infonet- Qual a sua expectativa para o prêmio Desterro de Dança?
R.L– Eu fico preocupada, mas ao mesmo tempo penso que é a minha arte, eles viram o meu vídeo, então não tem como ficar muito neurótica com isso. Só de ter sido selecionada é uma vitória e é o que eu sinto.
Infonet- Quando vai ser a sua apresentação e o que você vai apresentar na competição?
R.L- Dia 17 de agosto e minha apresentação será de 6 minutos. Vou apresentar um solo que já venho trabalhando há dois anos. Como também sou fisioterapeuta, a pessoa que mais me estimulou pra fazer esse solo foi uma paciente que já faleceu, ela era modelo, tinha 23 anos, estudante de artes visuais e de repente ela descobriu uma doença degenerativa que foi atrofiando e enrijecendo toda a musculatura. O corpo dela se tornou uma prisão, então por dentro o pensamento dela estava cognitivo, ela doida para gritar, falar, mas ela não conseguia e isso me inspirou a fazer esse solo. A gente que trabalha com a dança também tem um olhar meio artístico e veio essa vontade de dançar por eles. Eles não se movimentam, mas eu vou tentar mostrar através do movimentar o que passa na cabeça dessas pessoas pelo que eu observei, do que eles me passavam pelo olhar e do que eu estudei.
Infonet- Quantos competidores vão participar do festival?
R.L– Em torno de 70 pessoas, já na minha categoria contemporânea adulto são 8 pessoas do Brasil e do exterior. Na minha categoria tem duas meninas do Chile e o resto é do Sul e Sudeste.
Infonet- Quando você entrou no balé e quais os benefícios da dança?
R.L– Comecei desde pequena na escola onde estudei e sempre me apresentava lá, mas profissionalmente eu danço desde os 15 anos. A dança melhora o condicionamento e te deixa disposta e preparada fisicamente para qualquer situação do dia, mas o benefício é estar em contato com a arte e colocar para fora os seus sentimentos através da dança.
Infonet- O que representa a dança e a fisioterapia para você?
R.L– Pra mim a dança e a fisioterapia são um complemento, principalmente para os pacientes neurológicos. Eu tentava mostrar a arte, a dança e o movimento como uma forma de terapia, então com essa paciente que não podia se mexer, eu a abraçava, botava o braço dela em cima do meu, a gente ia dançando e ela relaxava, era muito bonito mesmo.
Por Aisla Vasconcelos
Confira o Vídeo: