Representantes da Central Única dos Trabalhadores de Sergipe (CUT/SE) e a direção estadual do INSS se reúnem nesta terça-feira, 13, a partir das 8h30 na sede da gerência executiva do INSS. Em pauta, as primeiras medidas no sentido de atacar o baixo índice de concessão de benefícios para os trabalhadores sergipanos que sofreram acidentes de trabalho ou adquiriram doenças ocupacionais.
O principal objetivo do encontro é elaborar, em conjunto com a gerência executiva do INSS, um questionário a ser aplicado entre todos os trabalhadores sergipanos que possuem processos desta natureza tramitando na Previdência Social. A partir das respostas obtidas, será possível chegar a um diagnóstico consensual sobre a realidade da liberação dos benefícios em Sergipe.
Números
Segundo os dados oficiais do INSS, apenas 23% dos trabalhadores doentes que recorrem à Previdência Social em Sergipe têm seus processos indeferidos (negados). A Central Única dos Trabalhadores contesta a estatística. Para a CUT, este número leva em conta apenas o primeiro atendimento oferecido ao trabalhador – quando este dá entrada no processo e é afastado de suas funções recebendo auxílio – doença por um prazo de 20 ou 30 dias.
“Depois desse período, os peritos costumam dizer que o trabalhador já tem condições de voltar ao trabalho, mesmo que isso não seja verdade, e o sistema não acompanha mais cada caso. O resultado é que muitos trabalhadores são obrigados a trabalhar doentes”, explica a representante da CUT/SE no Conselho de Previdência Social, Maria da Conceição Torres.
Para Torres, a aplicação dos questionários vai permitir “tirar a prova” sobre a questão. “Estamos travando um embate de dados com o INSS. Chegamos à conclusão de que a única forma de saber qual é de fato a realidade dos trabalhadores doentes que recorrem à Previdência é ouvir o que eles têm a dizer”, explica a sindicalista.