Mercadoria boiando Empresários, gerentes de bancos e pequenos comerciantes têm em comum as lembranças drásticas da madrugada do dia 9. “Vi televisores, cadeiras, mesas e tantas outras mercadorias boiando na água. O prejuízo passa de R$ 150 mil”, declarou uma gerente de loja de móveis da cidade. No maior supermercado de Maruim, citado no início desta reportagem, o prejuízo calculado pelo dono Renato Oliveira beira os R$ 700 mil. “Foi muita coisa perdida. Além da mercadoria e dos eletrodomésticos teve o equipamento de trabalho, como as caixas registradoras. Isso sem contar a semana fechada para reestruturar a loja”, lamentou Renato, ressaltando que o momento de chorar já passou e que a hora é de correr atrás do prejuízo. Caixa Próximo ao banco e ao centro comercial de Maruim, a feira da cidade, que costuma ser cheia de ambulantes, estava quase vazia. O motivo é óbvio, segundo o morador Fábio Carvalho. “A chuva fez o vendedor perder a mercadoria e o cliente regrar mais o dinheiro”, opinou. Possível inadimplência O dono do supermercado, Renato Oliveira, acredita que o fato não implicará em um ‘calote em massa’. “Nós temos cartão próprio, esta semana o pessoal já veio pagar as faturas e se solidarizaram à empresa”, falou. Por Glauco Vinícius e Gabriela Amorim
A lama e os buracos das ruas do centro de Maruim estão refletidos no pedaço de vitrine quebrada da loja de sapatos. A fachada do supermercado é bonita, mas por dentro ele ficou arruinado. Os donos do estabelecimento já jogaram no lixo 25 caçambas de alimentos estragados devido à inundação que aconteceu no município na madrugada da última sexta-feira, 9. Seis dias depois, os comerciantes maruinenses contabilizam seus prejuízos. Estoque de supermercado: até agora, 25 caçambas de alimentos no lixo
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A agência da Caixa Econômica Federal na cidade perdeu quase 100% dos seus equipamentos eletrônicos. De acordo com o superintendente de negócios da Caixa em Sergipe, Gilberto Occhi, o valor do prejuízo ainda está sendo levantado. “A Caixa já estuda um novo local para funcionar na cidade, para evitar que situações como estas venham a se repetir em outras ocasiões”, disse. Agência da Caixa em Maruim
Com a grande perda material de boa parte da população, a equipe de jornalismo do Portal Infonet questionou alguns donos e gerentes de estabelecimentos se além do prejuízo no estoque, eles temem um grande aumento na taxa de inadimplência. “Vai ser complicado, as pessoas já vêm aqui na loja argumentar que perderam o produto que ainda devem as parcelas. Mas se comprometeram a pagar, mesmo com atraso”, revelou a gerente de uma loja de móveis. Imagem de corredor do supermercado logo após a baixa no volume de água
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