Força da máquina

Apesar de toda fiscalização da Justiça Eleitoral, é inegável que em época de campanha eleitoral a máquina pública faz grandes estragos no campo adversário. Já tendo participado de eleições no comando do governo, o candidato a prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), sabe muito bem disso. Agora, contra eles estão a prefeitura e os governos estadual e federal. Mesmo com seus dirigentes prometendo não fazer uso aberto desse torpedo eleitoral, o simples fato de comandarem verbas públicas e disporem da caneta e do Diário Oficial nas mãos ajuda sobremaneira o candidato que apoiam. Portanto, a equipe de marketing de João vai precisar fazer um excelente trabalho para convencer as pessoas que se beneficiam das três máquinas a votarem no demista. Não será tarefa fácil.

Sem baixaria

Após afirmar que para derrotar João Alves Filho (DEM) não é preciso agredi-lo, o vice-governador Jackson Barreto (PMDB) soltou os cachorros no demista: “Ele engana, mente e faz demagogia quando se diz penalizado com a situação do povo pobre da periferia. Vamos desnudar esse discurso mentiroso mostrando a situação de cada bairro antes e depois que João Alves foi prefeito de Aracaju”. Homem, vôte!

Bola murcha

Enquanto espera o horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, o candidato a prefeito da capital, Almeida Lima (PPS), vai tocando sua campanha com panfletagens nas esquinas e caminhadas no centro e periferia da cidade. Ontem, ele e alguns poucos simpatizantes percorreram algumas ruas centrais. Enquanto os aliados distribuíam panfletos, Almeidinha, de posse de um microfone, rasgava o verbo contra os adversários.

Viagem

Visando tratar de questões políticas não reveladas por sua assessoria, o prefeiturável João Alves Filho seguiu ontem para São Paulo. Hoje viaja para Brasília, onde permanece até amanhã. Por conta desta viagem, João Alves só retoma a campanha nas ruas de Aracaju na próxima quinta-feira.

Bate boca

Não chamem para o mesmo rega bofe os procuradores do estado e o secretário de Justiça, Benedito Figueiredo. Os primeiros formalizam hoje denúncia na Justiça alegando que Benedito fez contratações irregulares no sistema penitenciário. O secretário partiu para o ataque, afirmando que seus acusadores prevaricaram, pois só agora resolveram denunciar o não cumprimento da Lei das Execuções Penais, que vigora desde 84. Pelo visto, essa é briga pra mais de metro.

Chiqueiro

A juíza de Direito Cláudia do Espírito Santo mandou lacrar os alojamentos feminino e masculino da Delegacia Especializada na Proteção à Criança e ao Adolescente, localizada em Aracaju. A interdição ficará em vigor até que o governo providencie a limpeza e restauração das instalações condenadas. Caso não cumpra a decisão judicial, o estado pagará multa diária de R$ 10 mil.

Pula fora

Após ter sido rifado por Valadares Filho na escolha do candidato do partido a prefeito de Aracaju, o deputado Adelson Barreto quer distância do PSB. Alegando falta de convivência política, ele já solicitou à Justiça permissão para deixar a legenda. Adelson tem dito que deseja ingressar num partido que “seja a minha cara” e que deseja sair do PSB sem deixar mágoas. Então tá!

Chumbo grosso

O dublê de político e empresário Edvan Amorim (PTB) entende que as críticas dos governistas ao seu grupo político não passam de “choro pelo leite derramado”. Entrevistado pelo portal Universo Político, o manda chuva de 11 partidos afirmou que Marcelo Déda (PT) só é governador graças ao apoio dele e do senador Eduardo Amorim. Achando pouco, o moço ainda fustigou: "Eles falam em elite perversa se referindo a nós, mas na verdade quem toma vinho de mil reais são eles". Misericórdia!

Tapa na macaca

É grande a chiadeira dos usuários da Cannabis sativa pela falta do produto no mercado. Ontem, um desconsolado afirmava que a galera da fumaça está igual a formiga quando vira tanajura: batendo a cabeça nas paredes. Pelo visto, a seca é braba!

Do baú político

A primeira mulher a se eleger prefeita em Sergipe foi Núbia Macedo (PTB), esposa do líder trabalhista Francisco de Araújo Macedo. Em 1950, ela se candidatou em Estância contra Francisco Pires (UDN) e Raimundo Souza (PSD), duas importantes lideranças locais. Enfrentou todo tipo de preconceito, pois as classes mais abastadas do município não aceitavam ser governadas por uma mulher. Os violentos comícios e a presença de jagunços na cidade intimidavam os eleitores. Para a surpresa da turma do PSD e da UDN, quando as urnas foram abertas, só deu a petebista. Derrotado, Raimundo Souza confessou: “A minha decepção foi enorme. Os votos para Núbia Macedo chegavam em correnteza”. Mas como isso aconteceu, se até o dia do pleito pouca gente assumia publicamente que votaria nela? O estanciano João Batista de Oliveira Santos revela o enigma: os eleitores de Chico Pires e Raimundo Souza iam para a seção eleitoral com as cédulas dos dois nas mãos e a de dona Núbia entocada. O medo de represarias era tanto, que as mulheres escondiam a cédula da candidata nas calcinhas”.

Fonte: Trabalho da acadêmica Caroline Gonçalves Pereira Assunção para conclusão de Pós-Graduação em Metodologia do Ensino de História e Geografia da Faculdade Serigy.

Resumo dos jornais

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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