Não há imbatível

Enquanto não forem definidos os candidatos e colocada a campanha nas ruas é muito prematuro dizer que este ou aquele prefeiturável é imbatível, que sua vitória serão favas contadas. Histórias de pleitos passados mostram inúmeros casos de candidatos que começaram a disputa segurando a lanterna das pesquisas e foram eleitos com facilidade. Isso aconteceu em Aracaju na eleição de 1988. No começo daquele ano, o então deputado estadual Marcelo Déda (PT) liderava as pesquisas com 35%, enquanto Wellington Paixão (PSB) aparecia na rabeira com minúsculos 0,3%, atrás do candidato governista Lauro Maia (PFL), com 6,3%. Colocada a campanha nas ruas, o lanterninha Paixão, puxado pela força eleitoral de Jackson Barreto, começou a crescer e foi eleito com 39% dos votos, enquanto Déda obteve minguados 8%, bem atrás do bom Lauro, que foi votado por 33% dos eleitores. Este é apenas um exemplo que pode muito bem se repetir agora em 2012.

Luto

A classe política sergipana lamentou a morte do ex-vereador por Aracaju e ex-deputado estadual Jonas Amaral. Ligado ao movimento estudantil na década de 70, ele foi eleito duas vezes para a Câmara Municipal de Aracaju. Em 1978, elegeu-se deputado estadual pelo PMDB, ao lado de Jackson Barreto. Também ocupou o cargo de delegado de polícia e foi o primeiro defensor público de Sergipe. Seu sepultamento aconteceu ontem à tarde, no cemitério Colina da Saudade.

Marcha lenta

Até o momento, apenas 22 policiais militares foram devolvidos à Corporação. A informação é do deputado estadual capitão Samuel (PSL). Segundo ele, somente no Departamento Financeiro da Secretaria de Segurança Pública existiam seis PM’s. Ao ouvir a informação, o deputado Venâncio Fonseca (PP) indagou: “E ali tem tanto dinheiro assim, para precisar dessa segurança toda?”.

Comparativo

O líder do governo na Assembleia, deputado estadual Francisco Gualberto (PT), prometeu fazer um discurso na próxima terça-feira sobre os investimentos feitos em segurança pública nos últimos cinco anos. Vai mostrar, inclusive, fotos das novas delegacias e de como elas eram antes de Marcelo Déda (PT) assumir o governo em 2007.

Solidário

Ainda repercute o discurso feito pelo governador Marcelo Déda (PT) em Japoatã, quando ele chamou de traíras os ex-aliados que optaram em ficar ao lado dos irmãos Amorim (PSC). Ontem, o senador Eduardo Amorim distribuiu nota defendendo a presidente da Assembleia, deputada Angélica Guimarães (PSC). “Ao agir assim, o governador desrespeita o povo honrado e ordeiro de Japoatã, e agride a história desta mulher singular”, diz a nota.

Presta contas

O secretário estadual da Fazenda, João Andrade, vai hoje à Assembleia Legislativa prestar contas sobre as finanças do estado no primeiro quadrimestre. A apresentação será na sala das comissões. Por conta da visita do secretário, a sessão plenária desta quarta-feira deverá ser vapt-vupt.

Tortura

Quase metade da população apóia o uso de tortura para obtenção de provas nos tribunais. Divulgada ontem, a pesquisa mostra que um terço dos entrevistados concorda que para conseguir confissões a polícia deve “ameaçar com palavras”, ”bater”, “dar choques ou queimar com ponta de cigarro”, “ameaçar membros da família” e “deixar sem água ou comida”. O uso de algum tipo de violência é mais aceito para suspeitos estupro (43,2%), tráfico de drogas (38,8%), sequestro (36,2%), uso de drogas (32,3%) e roubos (32,1%).

Denunciado

O promotor público Elias Pinho de Oliveira denunciou à Justiça Eleitoral o cidadão José Raimundo Fontes porque este colocou no parabrisa do carro o seguinte adesivo: “Messias Alcântara – 2012 – O futuro é agora”. O fato caracteriza-se como propaganda eleitoral disfarçada. A Lei nº 9.504/97, que regulamenta as eleições, determina que a propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 5 de julho.

Do baú político

O advogado, ex-deputado estadual e ex-prefeito de Aracaju Viana de Assis (PMDB) foi uma das grandes vítimas das pesquisas eleitorais. Candidato a senador em 1986, ele era dado como eleito por todas as consultas de opinião pública. Terminada a eleição, a cantiga das urnas repetia os números das pesquisas, com Viana disparando na frente do médico Francisco Rollemberg (PFL). Faltando menos de 12 horas para acabar a apuração, Viana estava com uma dianteira superior a 6 mil votos. No final da tarde, ao chegar no Restaurante Cacique Chá, centro de Aracaju, o peemedebista já era chamado de senador. Entre uma dose e outra de uísque, Viana anunciava os planos de mudança para Brasília e elencava os primeiros projetos que apresentaria na Câmara Alta. Por volta da meia noite, contudo, a casa caiu. Com a apuração da região Sul, Francisco Rollemberg começou a reação, que não parou mais até se eleger com uma dianteira superior a cinco mil votos. No estado, ficou famosa a afirmação que Viana dormiu eleito e acordou derrotado.

Resumo dos jornais

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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