O final do ano chegando e junto com ele vem as férias escolares, o verão e alta temporada no turismo. O desejo de viajar se alia ao calor da temporada com um elenco de festivais de músicas espalhados por todo o Nordeste Brasileiro. Aracaju não fica de fora. Configura-se como um dos destinos mais procurados da temporada. Aqui estão “Doze motivos para afivelar as malas e curtir o verão de Aracaju”. Afinal, não podemos mudar o calor do sol de verão, nem o vai e vem de turistas na alta temporada, mas podemos se aliar a eles e curtir o que o período tem de melhor na bela e contagiante Aracaju.
Entrecortada por braços de rios – Sergipe, Poxim e Vaza-Barris –, a capital sergipana, Aracaju, reserva bons passeios para quem quer curtir o verão unindo o tradicional binômio sol-mar e visitando locais abertos, percorrendo o centro histórico sem aglomeração de outras capitais e, claro, uma boa parada para banho em ilhas fluviais. Isso mesmo: ilhas fluviais com todo o serginanês.
Com uma população de mais de 665 mil (IBGE 2020), boa infraestrutura hoteleira e restaurantes de primeira, cerca de 20km de praia e pertinho de roteiros que integram a capital ao interior do Estado, Aracaju resguarda para o turista que a escolhe um destino diverso entre praias, centros culturais, quebrar caranguejo e cafés. O que está esperando?
1 – Centros Culturais e Museus
O roteiro cultural de Aracaju tem atraído olhares com o aporte de novos equipamentos nos últimos anos. São museus, memoriais, galerias, centros culturais, ou seja, espaços que resguardam bens, documentos e costumes, guardiões da cultura e da história.
Não deixe de visitar o tecnológico e interativo Museu da Gente Sergipana, um dos atrativos mais visitados da Capital Sergipana, onde estão representados os cheiros, gostos, sabores, cores e sergipanidades. A concepção do Museu da Gente Sergipana, sem sombra de dúvida, foi feita para que o visitante interaja com as atrações e a acervo e se encante facilmente. São mais de dez espaços permanentes, alguns deles: Nossos Pratos, Josevende, Seu Repente e Seu Cordel, Nossos Cabras, Nossas Festas, Nossos Leitos, além de espaços gastronômicos, lojas, biblioteca e midiateca, exposições temporárias.
No Centro da cidade, também há o Memorial Jenner Augusto , onde também funciona o Senac Cacique Chá Bistrô, o Centro Cultural Aracaju, o Memorial Zé Peixe e o Arquivo Público de Sergipe.
O Palácio Museu Olímpio Campos, antiga sede do Governo Estadual, proporciona um passeio ao passado de Sergipe entre a transferência da antiga capital São Cristóvão para Aracaju, a vinda de D. Pedro, os atos políticos dos governadores, os mobiliários, objetos, além de exposições e uma maquete do centro histórico de Aracaju.
Recém-inaugurado, o Espaço Energia, patrocinado pela empresa energética Energiza é um passeio interativo ao universo energético desde a captação da energia até chegar as casas.
Há também na orla da praia de Atalaia, o Memorial de Sergipe Professor Joberto Uchoa de Mendonça que abriga mais de 30 mil peças, em seu acervo bibliográfico, iconográfico e museológico resguardado pela Universidade Tiradentes.
A Biblioteca Pública Epiphanio Dória é um outro centro cultural para quem gosta de aliar leitura em um prédio imponente. O prédio em estilo moderno foi inaugurado em 1974 e possui um acervo de mais de 100 mil exemplares e salas de estudo, cordelteca, entre outros espaços.
2 – Largo da Gente Sergipana
O Largo se propõe a ser um monumento de celebração da cultura popular do Estado, como um troféu à céu aberto concedido a oito representações folclóricas sergipanas: Lambe Sujo e Caboclinhos, Chegança, Cacumbi, Taieira, Bacamarteiro, Reisado (não Boi-Bumbá), São Gonçalo, Parafuso e o Bardo de Fogo de Estância. As obras avançam sobre as águas do rio Sergipe, na faixa concentrada em frente ao Museu da Gente Sergipana.
De autoria do artista plástico baiano Tati Moreno, as imagens de fibra foram instaladas em vigas, dando a impressão a quem as observam de flutuarem acima do espelho d’água. Tamanho troféu esculpido em 7m altura cabem à magnitude que merecem as manifestações folclóricas de Sergipe: grandiosas.
3 – Centro histórico a pé
É no Centro da capital sergipana onde o turista pode contemplar um conjunto arquitetônico que serviu de local para diversos atos da história de Sergipe, além de prédios que merecem uma visita por seu traçado e vista panorâmica. É no centro da cidade onde também estão os mercados públicos, os calçadões e bons restaurantes, a exemplo do tradicional Luzitânia e o Caçarola. Cidade urbanisticamente projetada em um tabuleiro de xadrez, Aracaju resguarda uma arquitetura com prédios históricos, mas, no geral, apresenta um traçado moderno, principalmente, seguindo para a zona sul.
Comece pelo museu a céu aberto de sergipanidade, a praça Fausto Cardoso, com o Palácio Museu Olímpio Canpos, a sede do Poder Judiciário, a Assembleia Lesgilativa, o Arquivo Público, o antigo prédio do Ministério Público com o primeiro painel público em azulejaria de Jenner Augusto e Udo Knof, além da famosa Ponde do Imperador. Mais adiante a praça Olímpio Campos com a Catedral Metropolitana de Aracaju, o Centro do Turista, o Memorial de Sergipe.
Passeie pelos calçadões até chegar ao Complexo de Mercados de Aracaju, um roteiro a parte no seu passeio pelo centro histórico. Leia também
Aracaju (SE): Por que conhecer o centro histórico?
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4 – Complexo de mercados
Os mercados Antônio Franco, Thales Ferraz e Albano Franco e a Passarela das Flores Eles compõem um conjunto arquitetônico onde a sergipanidade está presente no dia a dia da capital. É lá onde se pode encontrar produtos oriundos dos diversos territórios sergipanos: doces de Propriá, rolo de fumo de Lagarto, queijo de Nossa Senhora da Glória, artigos de barro de Santana do São Francisco, flores e hortifrúti de vários lugares do Estado.
Diferente do que acontece em outras capitais, Aracaju possui três mercados complementares, além da denominada Passarela das Flores e do Atracadouro do Peixe, formando um grande complexo de cultura e arte popular, que é ponto de parada obrigatória para quem visita Sergipe. Leia mais: Aracaju (SE); mercados, sabores e sergipanidade
5 – Circuito de cafés
Pouco turístico e muito representativo para quem gosta de um bom café com delícias que vão desde tradições regionais até os melhores dos doces internacionais, os bairros São José, Treze de Julho, Garcia, Grageru e adjacências têm se despontado como polos que mais apresentam delicatessens e cafés da cidade.
Desde cafés tradicionais aos mais refinados e franquias de chocolaterias, o turista poderá desfrutar desde as delicias recheadas de doce de mangaba as mais variadas guloseimas com sabor europeu. O roteiro poderá ser dividido em dois polos e cita os principais cafés da região, como a pioneira Casa Alemã com seu chá da tarde, a franquia Fran’s Café, o agradável Dipani, a diversidade de tortas e doces da Helena Rabelo Doceria e o moderninho Berlim Café, com o Café Açúcar e Afeto e a Forneria, todos esses nos bairros Grageru e Garcia. Cito o Mrs Cake Garden como especial também por suas delicias, em um espaço colaborativo bem aconchegante, no bairro Garcia.
Ainda no circuito café, no segundo polo não deixe de visitar o quadrado bem tradicional entre os bairros São José e Treze de Julho, onde se concentram os mais refinados cafés, a exemplo do Bistrô Café Passado, do Chocolamour Confeitaria, do alternativo Art in Coffe, do refinado Le Café, e das franquias Caracol Gramado, Chocolate Lugano, Kopenhagem.
6 – Festival Verão Sergipe
Na edição 2023 o festival articulado pelo Governo de Sergipe se espalha pelos cantos do Estado e acontece no período de 12 de janeiro a 13 de fevereiro nas praias da Caueira (Itaporanga D´Ajuda”, Abaís (Estância), Ponta dos Mangues (Pacatuba), Canindé do São Francisco, Pirambu e em Aracaju junto com o festival de verão da capital.
Aracaju é a porta de entrada e ponto de partida para se espalhar também pelo Verão Sergipe com destino ao interior do Estado. Nomes como Xande de Pilares, Saia Elétrica, Nando Reis, Jau, Saulo, The Baggios, Maneva, Hungria, Filhos da Bahia, entre outros já estão confirmados. As apresentações se aliam ao clima de verão e ofertam também esporte, lazer e muita diversão.
Em Aracaju o projeto de Verão acontecerá em março e trará nomes da MPB, num verdaeiro festival de arte, música e esporte.
6 – Orla da Praia da Atalaia
São aproximadamente 35 km de litoral, e seis deles está a orla da praia de Atalaia, considerada uma das mais belas do país. E lá onde se concentram os principais hotéis turísticos de cidade e centros de convivências, que vão desde a região dos Lagos, o Monumento dos Formadores da Nacionalidade, os personagens ilustres da intelectualidade sergipana, além da região dos Arcos e praia.
É na orla de Aracaju que também fica a sede do projeto Tamar, onde o turista encontrará espécies que vão desde de tubarões, peixes raros e tartarugas marinhas. Na orla da praia de Atalaia também fica a noturna Passarela do Caranguejo e o mar com sua faixa de areia propícia ao esporte e a bons bares e restaurantes “pé na areia”.
7 – Praias fluviais (região do Mosqueiro)
Aracaju é uma das capitais que tem mais rios em sua extensão. Na região do Mosqueiro, Zona de Expansão já no município de São Cristóvão, distante pouco mais de 25km da praia de Atalaia, bancos de areia são convites ao relaxamento e ao contato com a natureza em uma capital que ainda une tranquilidade em meio à modernidade. Diariamente partem passeios da orla Pôr do Sol onde o turista irá apreciar paisagens marítimo-fluviais o bioma de manguezal, com seus característicos aratus e pequenos arbustos enraizados dentro da água.
A Croa do Goré, a Ilha dos Namorados e Croa do Viral, prestes a ser dragada pelo mar, estão entre as principais. Lá se pode praticar stand-up, passeios de caiaques, em lanchas que chegam a ilhas mais tranquilas já em São Cristóvão, cidade que detém a Praça São Francisco, Patrimônio da Humanidade.
O banco de areia clara e de água verde-escura atrai cada vez mais adeptos do binômio “sol e água fresca”. Há redes dentro da água disputadíssimas e barracas que dão suporte aos turistas. Ao final do dia, a despedida do Rei Sol nomeia com justiça à localidade.
A dica é relaxar em um dos sombreiros confeccionados com palha rústica e se banhar nas águas salobras, em meio aos manguezais. O barulho que se ouve é somente da natureza e de poucos carros que chegam ao Viral através da rodovia dos Náufragos.
8 – Pôr do Sol no Vaza-Barris
A Orla Pôr do Sol Jornalista Cleomar Brandi tem atraído visitantes de toda parte do país, por apresentar uma boa infraestrutura em contato com a natureza. Região privilegiada por ser cortada por rios, mangue e mar, o Mosqueiro começa a ser desbravado turisticamente e figura no roteiro turístico do verão como um bom destino para contemplação do pôr do sol e contato com manguezais. Se tiver sorte, verá golfinhos pulando nas águas escuras do rio.
A orla também é ponto de partida para passeios de catamarãs entre bancos de areia e vem atraindo novos empreendimentos nos seus arredores, como restaurantes, bares e condomínios fechados.
9 – Rodovia dos Náufragos e bares pé na areia (praias)
Vai da Atalaia até o Mosqueiro e percorre as principais praias do Litoral Norte de Aracaju. Aruana, Naúfragos, Robalo são as principais delas e estão na Zona de Expansão da capital. Nos finais de semana os Bares Pé na Areia são os mais movimentados e há estabelecimentos que possuem infraestrutura rústica de cabanas de praia e outros com total serviço de cozinha internacional. Um bom banho de mar regado a quitutes que vão desde o catado de aratu enrolado na palha da região de Estância ao pirão de caranguejo são uma boa pedida. A mangabarosca é criatividade sergipana com pastel de aratu e vinagrete.
10 – Quebrar Caranguejo
A cidade é propícia ao turista que gosta de roteiros diurnos e burburinho noturno pertinho do hotel, na orla da Atalaia. Por estar situada no litoral, apresenta uma boa infraestrutura como porta de entrada do turista, e ainda fica perto de cidades históricas como São Cristóvão e Laranjeiras e do rio São Francisco. A capital se revela como uma das mais encantadoras, por poder unir vários passeios em um só destino: do ecoturismo as praias, cidades históricas, do litoral ao sertão.
Uma das terapias dos sergipanos que contagiam os turistas e trocar o garfo e a faca pelos martelos de madeira e a tábua para quebrar caranguejo. Tradição local, o caranguejo é servido cozido, com porção de pirão sou somente vinagrete. Para quem não gosta de debulhar a carne do crustáceo, a dica é já pedi a casquinha ou um pastel de caranguejo.
Quer seja nos bairros Aeroporto, Centro, Porto D’Antas, Atalaia ou Getúlio Vargas sempre há comentários de que uma localidade possui o caranguejo bem melhor do que o outro. Mas é unanimidade que a famosa frase “Vamos comer um caranguejo” virou sinônimo de uma saidinha para os aracajuanos, fazendo do hábito da degustação do crustáceo uma grande terapia. O aratu é o primo do caranguejo e encontrado facilmente na capital sergipana.
11 – Marinete do Forró
Uma marinete estilizada animada com um trio de pé de serra percorre os principais roteiros turísticos da capital em pleno verão sergipano. Os passeios são gratuitos, por ordem de chegada e limite de passageiros. O ponto de partida é o Arco da Orla da Atalaia, às 14h30 e passa pelo Largo da Gente Sergipana, Orla do Bairro Industrial e Centro de Artesanato Chica Chaves, Mercados Centrais, Palácio Museu Olímpio Campos e retorno à Orla da Atalaia –
Preenchida a lotação máxima de 24 passageiros é encerrada a entrega das pulseiras de acesso ao veículo. Informações adicionais podem ser obtidas pelo número (79) 9-9152-2790, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.
12 – Catadoras de Mangabas
Das mãos de centenas de mulheres sergipanas a frutinha símbolo do Estado, a mangaba, é transformada licores, geleias, doces, além de sucos e tradicionais sorvetes. Se o turista vai para as praias e atrativos do Litoral Sul do Estado partindo de Aracaju, não deixe de ir na Associação das Catadoras de Mangaba em Itaporanga e Estância, no Litoral Norte, há sedes em Barra dos Coqueiros, Japaratuba, Pirambu Caso queira alguma informações ou até mesmo que entregue os produtos no hotel, visite a loja virtual
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