Tarifa do transporte público será R$ 2,10

Dirigentes se reúnem para definir tarifa
A tarifa do transporte público de Aracaju será reajustada para R$2,10 a partir da segunda-feira, 1º.  O valor foi anunciado em coletiva no final da tarde dessa sexta-feira, 29, na Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), pelo superintendente Antônio Samarone. “A proposta que o Setransp [Sindicato da empresas de Transporte de Passageiros do Município] enviou foi em torno de R$ 2,26, mas o Conselho Administrativo da SMTT refez os cálculos e chegamos foi o valor de R$ 2,10”, informou.

O reajuste da tarifa, que passou de RS 1,95 para R$ 2,10, representou um aumento percentual de 7,6%. Com esse novo valor, Aracaju agora tem a segunda tarifa mais cara do Nordeste, perdendo para a de Salvador, que é R$ 2,20.

Antônio Samarone também explicou que um dos papéis do Poder Público é tentar enxugar ao máximo o valor das tarifas. “Mesmo a tarifa sendo alta e sabendo que parte da população tem dificuldade para pagar, é importante afirmar que foram feitos cálculos baseados em diversos

Samarone diz que gratuidade onera a tarifa
aspectos, para o cumprimento do que estabelece a lei”, pontuou ele, explicando que este valor abrange toda a região Metropolitana. “Se fosse apenas para a capital, o valor seria menor, mas é preciso entender que é uma passagem da região metropolitana”.

Outro motivo relatado pelo superentendente foi o excesso de gratuidade que existe no transporte coletivo. “Em Aracaju, existe gratuidade para o deficiente físico. Não existe lei que determine isso, mas nós fazemos. A polícia militar também tem gratuidade. Enfim, são várias gratuidades que não estão previstas em lei, mas acabam onerando”, enumerou.

Questionamentos

O presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Sergipe (DCE/UFS), Antônio Cardoso de Carvalho, questionou o reajuste e cobrou a licitação dos transportes públicos. “Acho que um marco eficiente na questão de regulamentação entre o privado e o público seria a

Presidente do DCE à direita
licitação. Até por que é um serviço público determinado pelo privado, aí no final das contas tanto os estudantes como os trabalhador saem prejudicados”, pontuou.

O presidente também ressaltou que os gastos que servem de base para a avaliação do reajuste são feitos com valores defasados. “Os preços fixos que são avaliados para o aumento da passagem, a exemplo do desgaste dos pneus foram feitos no ano em que se estabeleceu a lei. Hoje, depois de 17 anos, temos avanços tecnológicos que ampliam o tempo de vida útil desses pneus. Então, de maneira lógica outra tabela deveria está sendo avaliada”, ressaltou.

Por Alcione Martins

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