Sisa e Nortista realizam plebiscito sobre redução de salário

Diretoria da Sisa garante estar apenas conversando com trabalhadores
Funcionários das empresas Sergipe Industrial e Nortista estão apreensivos com a proposta de redução salarial por conta da crise econômica. Para o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Têxtil (Sinditêxtil), “um clima de terrorismo foi instalado nas empresas, com a realização de um plebiscito para que os trabalhadores escolham entre reduzir salários ou ser demitidos”. Já os empresários do setor garantem estar apenas conversando com os funcionários na tentativa de buscar alternativas para driblar a crise.

De acordo com o presidente do Sinditêxtil, Gizeldo Santos, os empresários do setor têxtil continuam alegando a crise econômica, mas estão recebendo incentivos do Governo.  “Para se ter uma idéia, o ICMS sobre produtos industriais era de 17%, o Governo do Estado baixou para 5% e nos últimos dias, baixou mais ainda, para 3,5%. Mesmo assim não consegue saciar a sede dos patrões”, lamenta Gizeldo.

Gizeldo: “Isso é terrorismo”
Ele disse ainda que não se justifica reduzir um salário que já é baixo. “Se a redução fosse em cima de um salário alto, mas de R$ 465.  E o pior é que estão realizando um plebiscito na Nortista e Sergipe Industrial para saber quem prefere reduzir salários ou ser demitido.  Isso é terrorismo”, destaca acrescentando que se houver demissões, o sindicato entrará com uma ação junto ao Ministério do Trabalho.

Aumento da crise

Procurado pela reportagem do Portal Infonet, o diretor-administrativo da Sergipe Industrial e da Nortista, Osvaldo Aragão, garantiu que a diretoria está apenas conversando com os funcionários, visando encontrar uma solução.  “A crise está muito grande no setor têxtil e com isso começamos a fazer tipo um plebiscito com os trabalhadores sobre a possibilidade de reduzir salários e a carga horária”, confirma garantindo não existir índice definido de redução salarial.

Quanto às possíveis demissões nas empresas, Osvaldo Aragão foi enfático: “você acha que a gente vai passar dois anos treinando um funcionário para depois dispensar?”.

Ainda falando sobre crise, o empresário lembrou que a Santista e a fábrica Ribeiro Chaves já fecharam as portas.  “E nós temos que encontrar alternativas. Para se ter uma idéia, a redução nas vendas chegou a 20%. Estamos com mais de três milhões de estoque de tecidos, o equivalente a três meses de produção”, lamenta.

Por Aldaci de Souza

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