Por trás dos números: veja o perfil das mil vítimas da Covid-19 em SE

Doença impõe nova rotinae força mais de mil despedidas para famílias em Sergipe (Foto: Ilustrativa/Pixabay)

Na semana em que completa quatro meses de imersão na pandemia da Covid-19, Sergipe ultrapassa a barreira das mil vidas perdidas para a doença. O menor estado do país vive o seu momento pandêmico mais crítico, com alertas de agravamento, com base nas taxas de ocupação dos leitos de UTI e enfermaria nas redes pública e privada. Na rede privada, já não há mais leitos de internamento. Na rede pública, a ocupação em UTI é de 77%.

Enquanto os dias de pandemia vão se tornando inumeráveis, famílias que viram algum ente perder a batalha para a doença, guardarão para sempre o sentimento de ausência que o vírus trouxe. Das 1.012 vidas perdidas em Sergipe, 574 eram do sexo masculino e 438 do sexo feminino.

Para muitas famílias, a pandemia tem sido uma despedida forçada das gerações mais antigas da genealogia familiar. As pessoas com mais de 60 anos representam a maioria dos óbitos. Do total de mortes, 684 são idosos – grupo de pessoas mais vulneráveis aos efeitos do vírus.

Mas os jovens também estão entre as vítimas letais da doença. Na faixa etária entre 20 e 39 anos, são 71 vítimas; entre 40 e 49 anos, 81 vítimas. O vírus também fez vítimas entre as gerações mais novas: foram pelo menos 16 óbitos envolvendo crianças com menos de 4 anos. Veja os detalhes abaixo.

Dados de casos e óbitos da doença por faixa etária (Imagem: Site Todos Contra o Corona)

As memórias das vítimas da Covid-19 em todo território nacional vêm sendo lembradas através de um projeto criado pelo artista Edson Pavoni, intitulado de Inumeráveis. Em Sergipe, um núcleo formado por professor, jornalistas e estudantes da Universidade Federal de Sergipe (UFS) contribuem com o projeto, trazendo uma narrativa humanizada e subjetiva sobre a vida de cada uma das vítimas.

Enquanto os números passam, as histórias dos que se foram vão sendo lembradas. Apesar do cenário negativo, muitos se apegam as notícias que emanam fé e bons presságios, como previsões de vacinas e controle da doença. A mais recente notícia, é o estudo da UFS que prevê um controle da pandemia a partir da metade final do mês de agosto. Se no Brasil há tanta discordância para alguns assuntos, quando se trata da pandemia em questão, é unanimidade a expectativa pelo retorno da rotina comum e por dias de paz.

Por Ícaro Novaes

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