Nivaldo Fernandes "Essa maneira faz reviver os tempos da ditadura militar" (Fotos: Portal Infonet) |
Cerca de 14 classes sindicais criticaram o reajuste de 5% no salário base oferecido pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) ao funcionalismo municipal. O Sindicato dos Trabalhadores da Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa) juntamente com os demais representantes dos servidores da capital estão reunidos para discutir a insatisfação com relação à proposta apresentada pelo Prefeito João Alves. Os sindicatos contestam que não houve negociação.
Os sindicalistas dizem que o prefeito João Alves não teria acatado a pauta dos sindicatos e atribuem o baixo aumento do reajuste à criação de novos cargos de comissão que a prefeitura teria criado. Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Aracaju (Sepuma), Nivaldo Fernandes, o prefeito não ouviu a classe antes apresentar o reajuste aos servidores.
Ele critica ainda, a forma como a PMA fez a divulgação da proposta, que através do site da prefeitura. Para ele, a forma como foi divulgado reajuste foi uma imposição. “Essa maneira faz reviver os tempos da ditadura militar. Nunca vivemos uma situação dessas em outras prefeituras. O prefeito que impor ao servidor esse reajuste vergonhoso. Quer que paguemos a conta da farra de cargos de comissão que está sendo criado na prefeitura”, denuncia.
Flávia Brasileio "Não houve negociação" |
A presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Sergipe, Flávia de Oliveira Bernardes Brasileiro, também contestou a forma como foi anunciado o reajuste. Segundo Flávia, o prefeito nem sentou com os mesmos antes de fazer o reajuste. “Foi um anúncio de reajuste oferecido aos trabalhadores que não foi negociado. Os sindicatos não tiveram a oportunidade de conversar com a prefeitura. A gente sentou apenas uma vez dialogou com secretaria, mas a gente acabou não evoluindo na área da saúde. O percentual de 5% não consegue fazer a recomposição salarial, além do que ele não reconhece a alteração da data base. Esse movimento vai discutir um documento que foi elaborado pelos sindicatos porque todos se sentiram insatisfeitos, uma vez que a data base tem que ser a partir de janeiro e não a partir de abril como anunciou o prefeito”, disse Flávia
PMA
Sindicatos estiveram reunidos na Força Sindical |
A assessoria de comunicação da PMA informou que o prefeito João Alves se reuniu duas vezes com médicos e professores e também recebeu a comissão de sindicatos. Segundo a assessoria, na ocasião reajuste foi discutido.
“Após estudos da equipe econômica da Prefeitura chegou-se a esse acordo. Foi do limite prudencial que não se pode mais ultrapassar. Esse reajuste não tem relação alguma com criação dos cargos de comissão, pois pata alocarmos os novos cargos nós tivemos que suprimir 300 cargos existentes. Essas pessoas serão alocadas em secretaria importantes para o aracajuano, como a secretaria de assistência social à mulher, o PróMulher dentre outras secretarias que salvou milhares de vida. Sobre a data base, o prefeito pede compreensão, que a partir do próximo ano ela será cumprida, já que assumiu a prefeitura dia 2 de janeiro e teve que fazer os ajustes financeiros”, disse o secretário de Comunicação do município, Carlos Batalha.
Por Eliene Andrade
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