Corpo em geladeira: mulher seguirá presa para avaliação psiquiátrica

Corpo em geladeira: mulher seguirá presa para avaliação psiquiátrica (Foto: Google Maps)

A técnica em enfermagem, suspeita de ocultar um cadáver dentro da geladeira de um apartamento na capital seguirá presa no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico para uma ampla avaliação psiquiátrica. A mulher  foi levada para uma unidade de Saúde ontem à tarde, após ter a prisão em flagrante convertida para prisão preventiva.

A ida ao Hospital foi um pedido feito ao juiz Thiago Dias Peixoto durante a audiência de custódia realizada na tarde desta quinta-feira, 21. De acordo com advogada Katiuscia Barbosa, que representa a suspeita, ela ficará internada por tempo indeterminado – até a equipe médica fechar um diagnóstico e emitir um laudo psiquiátrico.

“Ela será avaliada por vários profissionais, entre eles, psicólogos e psiquiatras. Após esse período de avaliação, nós iremos receber um laudo sobre a sanidade mental dela. Precisamos nesse momento ter cautela e esperar um diagnóstico preciso”, diz Katiuscia.

Ainda de acordo com a advogada, nessa etapa não há uma linha de defesa definida. “Temos que aguardar não só o laudo psiquiátrico, mas também as análises periciais do IML. Somente com esses dois laudos concluídos é que iremos planejar a tese da defesa”, pontua a advogada.

Relembre

Um corpo em estado de decomposição foi encontrado na tarde desta quarta-feira, 20, dentro de uma mala que estava em uma geladeira de um apartamento na rua Leonel Curvelo, no bairro Suíssa, em Aracaju. O corpo foi encontrado por oficiais de justiça durante cumprimento de uma ordem de despejo.

Pela manhã, antes de o corpo ser encontrado, a mulher moradora do apartamento foi localizada – pelos oficiais de justiça e por policiais militares – desacordada com indícios de tentativa de suicídio. Ela foi socorrida pelo Samu e pelo Corpo de Bombeiros e levada para o Hospital Nestor Piva.  Uma menina de quatro anos estava no local e foi levada pelo Conselho Tutelar.

A mulher foi levada ao DHPP, onde confessou o crime de ocultação de cadáver e disse que o homem estava armazenado na geladeira desde 2016. Ela negou que matou a vítima, mas confessou que teria saído para trabalhar e, no retorno, encontrado o homem morto. A mulher disse ainda que, por medo, guardou o corpo na geladeira.

A criança, que estava no apartamento, foi levado para os familiares do suposto pai. A informação foi confirmada pela vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ulla Ribeiro.

por João Paulo Schneider 

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