A economia brasileira teve retração de 1,2% no terceiro trimestre na comparação com os três meses anteriores, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da maior queda em dois anos e meio. No primeiro trimestre de 2003, caiu 1,3%. “Em um cenário de queda do dólar e inflação sob controle, o governo já deveria, desde meados do ano, ter reduzido a taxa de juros, induzindo a economia ao crescimento”, opina Santana. Chama a atenção do líder empresarial a nova expectativa de crescimento anual do PIB, que deverá ser de 2,5%, inferior à média mundial prevista (4%) e muito longe da taxa de crescimento necessária para um país de economia emergente como o Brasil (acima de 7%). “É lamentável o ciclo vicioso dessa política macroeconômica ortodoxa e conservadora, que tem funcionado como um freio de mão puxado, quando o setor produtivo tenta acelerar a economia”, acrescentou. A insistência da equipe econômica do governo em ultrapassar o superávit primário também é duramente criticada pelo presidente da ACSE. “Em apenas nove meses já se atingiu o superávit previsto (4,25% do PIB) e Palocci quer mais, achando pouco os US$ 86,5 bilhões já obtidos para o pagamento de juros da dívida pública, quando a maior parte desses recursos deveria estar sendo aplicada na infra-estrutura necessária para o crescimento acelerado da economia”, finalizou Jorge Santana.
O presidente da Associação Comercial de Sergipe, Jorge Santana de Oliveira, responsabiliza a política econômica excessivamente contracionista do governo federal por esse resultado desastroso.
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