Petroleiros de SE rejeitam acordo coletivo e sinalizam greve

Petroleiros de Sergipe estão realizando assembleias (Foto: Arquivo/Ascom Sindipetro)

Apesar da Federação Única dos Petroleiros (FUP) ter indicado a suspensão da greve da categoria em todo o país, os profissionais da Petrobras em Sergipe e Alagoas continuam mobilizados e sinalizam a possibilidade de greve a qualquer momento.

Os petroleiros em Sergipe e Alagoas discordam da Federação e do posicionamento da entidade (divulgado no último sábado) de aceitar o acordo coletivo – proposto pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) após mediação com a Petrobras – de suspender a greve nacional.

De acordo com Bruno Dantas, diretor do Sindicato dos Petroleiros de Sergipe e de Alagoas (Sindipetro), a categoria luta pela manutenção do acordo coletivo que já está vigente (2017-2019), mas a Petrobras apresentou uma proposta que reduz os direitos dos trabalhadores. “Nós apresentamos como proposta a renovação do acordo coletivo que já existe, mas a Petrobras nos apresentou uma outra proposta diferente, que retira 26 itens. Para nós, este novo acordo está vinculado ao processo de privatização da empresa que está em curso”, lamenta.

Houve mediação do TST, mas segundo Bruno Dantas, a proposta apresentada pelo TST também não agradou a categoria em Sergipe. “Não concordamos com a proposta elaborada pelo TST porque ela mantém uma série de reduções do nosso acordo coletivo. Enquanto a proposta da Petrobras reduz 26 itens, a proposta do TST reduz 16”, detalha.

Ainda segundo Bruno, os profissionais estão em estado de greve e decidirão por meio de assembleias se vão paralisar as atividades. “Houve protestos e paralisações parciais nas unidades. Hoje pela manhã, houve assembleias no Tecarmo, em Aracaju, e na base de Pilar, em Alagoas, onde foi aprovada a manutenção do estado de greve. Amanhã, faremos outra assembleia na base da rua Acre, na qual vamos fazer um balanço profundo do quadro nacional da greve e tomar a nossa decisão. Além de lutar pelo acordo coletivo, nossa greve é para protestar contra a privação da Petrobras e a desmobilização da empresa no Nordeste, especialmente, em Aracaju”, explica o diretor.

A Petrobras informou nesta segunda-feira, 28, que está de acordo com a proposta apresentada pelo TST, e que considerando que há mediação em andamento, qualquer movimento de greve neste momento por parte dos sindicatos é considerado abusivo. A empresa disse também que acredita que, decorridos mais de 5 meses do início da negociação, está próximo à conclusão do processo e da assinatura do ACT 2019-2020.

por Verlane Estácio

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