(Foto: Arquivo Portal Infonet) |
O comando da Polícia Militar e a presidência do Ipesaúde não estão se entendendo quando o assunto é a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Polícia Militar. A Polícia Militar afirma que o Ipesaúde administra a UTI e que médicos militares concursados para trabalhar no ambulatório do HPM estavam em desvio de função atuando na UTI. Já o Ipesaúde garante que a UTI pertence ao HPM e que o hospital é contratado para realizar o serviço para o plano.
Fato é que o comando da PM publicou em Boletim Geral Ostensivo (BGO) que no prazo de 15 dias irá retirar os 10 médicos que trabalham na UTI. O Ipesaúde já declarou que com a retirada a UTI será desativada o que acarretará em prejuízos para a população.
A equipe do Portal Infonet conversou com o chefe da 5ª seção da PM, major Paulo César Góis Paiva, que esclareceu. “O comandante determinou em BGO de ontem que os médicos da PM fossem empregados na escala pelo qual foram concursados. A UTI pertence ao Ipesaúde, e a PM estava escalando os médicos para a UTI do Ipes. Sendo que esses médicos são concursados para atendimento médico ambulatorial. Eles estavam sendo improvisados na UTI, mas não são intensivistas”, reforça o major acrescentando que a maior demanda da PM é com relação ao atendimento ambulatorial e que esses médicos voltarão para o serviço para o qual prestaram concurso.
O major Paulo Paiva chama atenção ainda para o fato desses 10 médicos estarem atuando na UTI sem a especialização na área. “Esses médicos não são intensivistas e não possuem capacidade técnica para tanto e se ocorrer um problema?”, questiona Paiva lembrando da ação do Ministério Público em que o Ipes deve fazer concurso para o seu quadro de funcionários.
No entanto, as argumentações do comando não foram aceitas pela direção do Ipesaúde que classificou como equivocada. “É um entendimento equivocado que não tem sentido nenhum. O hospital é da polícia, a administração é de responsabilidade da PM. É uma administração totalmente autônoma. Eu recebi a comunicação da PM que os médicos seriam retirados e com isso iria desativar a UTI”, enfatiza o presidente do Ipesaúde, Vinícius Barbosa.
O presidente do Ipesaúde lembra que o HPM é um prestador de serviço e que o Ipes repassa de forma regular os valores correspondentes aos pacientes e o material gasto durante a internação.
Por Kátia Susanna
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