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'Eu Maior': exibição em Aracaju (Foto: Facebook/Divulgação) |
O financiamento coletivo [crowdfunding] para exibição de produção independente nas salas de cinema está ganhando terreno em Aracaju. No próximo dia 5, a rede Cinemark poderá exibir mais um filme neste formato, a partir da iniciativa de dois professores de Yoga que estão arrecadando os recursos para exibição do documentário ‘Eu Maior’, produzido por Marcos Schultz.
Os interessados poderão adquirir os ingressando pela internet, acessando este link. O filme só será exibido se os co-exibidores conseguirem arrecadar os recursos necessários. Mas os co-exibidores, como são classificados, estão otimistas e já arrecadaram mais de 70% do valor mínimo, estimado em R$ 3 mil, para garantir a exibição. A perspectiva, conforme a jornalista Gabriela Amorim [também professora de Yoga, que atua como co-exibidora desta produção], há grande expectativa positiva na arrecadação. “Está faltando apenas 800 reais”, garante Amorim.
Há perspectiva do grupo em conquistar maior adesão e, em caso de ocorrer uma quantidade excessiva, o restante dos recursos será direcionado para novas produções cinematográficas. E não havendo os recursos mínimos, o dinheiro investido será devolvido àqueles que deram a contribuição.
O documentário ‘Eu Maior’ traz uma reflexão contemporânea sobre autoconhecimento e busca da felicidade, por meio de entrevistas de líderes espirituais, intelectuais, artistas e esportistas. Na etapa de produção, foram arrecadados R$ 208,6 mil junto a mais de 600 patrocinadores pessoa física. Com financiamento coletivo, o filme está sendo exibido em diversas salas espalhadas pelo país, com a parceria do Cinemark.
O crowdfunding é aplaudido com preocupação por cinéfilos. “A ideia é positiva e aprovo porque toda iniciativa para aumentar o leque de opções é válida”, observa a jornalista Suyene Correia, crítica de cinema. “Mas é preocupante. Imagine a gente ter que se mobilizar toda vez que quiser uma opção diferente. A responsabilidade não pode cair em cima do expectador. A responsabilidade deve ser da exibidora e dos distribuidores”, analisa a jornalista.
Por Cássia Santana