Terceirizados do Huse aguardam pagamento de salário

Lixo se acumula em função da paralisação dos terceirizados (Fotos: Sindicese/Arquivo)

Servidores terceirizados que exercem funções no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) continuam mobilizados, aguardando resposta da Multiserv, que promete pagar os salários de janeiro ainda nesta quarta-feira, 28. A assessoria de imprensa da Multiserv informou que a empresa recebeu repasses da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), que representa parte do pagamento das dívidas acumuladas que chegam a um patamar superior a R$ 6,4 milhões.

Conforme a assessoria, o valor repassado pela FHS é suficiente para quitar a folha de janeiro, que está atrasada. A assessoria garante que os recursos serão creditados nas respectivas contas bancários dos servidores até a tarde desta quarta-feira.

Mas os servidores ainda não receberam informações oficiais e mantêm a paralisação das atividades, segundo informações do diretor de homologação do Sindicato dos Empregados de Condomínio, Empresas de Asseio e Conservação do Estado de Sergipe (Sindecese), Diego Santos. Os servidores estão concentrados no anexo do necrotério do Hospital de Urgência de Sergipe aguardando comunicado oficial. “Ainda não recebemos informações oficiais, então os servidores permanecem mobilizados e, enquanto, os salários não forem creditados, a paralisação continua e mantemos um efetivo de 35% para cumprir a lei”, enaltece Diego.

A assessoria da Multiserv não divulgou o montante repassado pela FHS. A dívida, conforme a assessoria, é resultante de parte das faturas correspondentes aos meses de fevereiro e outubro do ano passado e das faturas integrais dos meses de novembro e dezembro do ano passado e também de janeiro deste ano.

Glosa

Terceirizados aguardam informação oficial da empresa 

A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que a FHS repassou à Multiserv o montante de R$ 2 milhões. Mas não reconhece o montante da dívida que a empresa alega. Seguindo a assessoria, a SES tenta também negociar a glosa [cobrança além do devido] decorrente das paralisações dos servidores terceirizados.

A assessoria explica que a FHS contrata os postos de trabalho e não os trabalhadores. Em caso de paralisações dos serviços, segundo a assessoria, a empresa é obrigada a substituir a mão de obra sob pena de ser aplicada a glosa. Como consequência, conforme a assessoria, há uma glosa no valor de R$ 7 milhões. Fazendo um encontro de contas, na ótica da assessoria de imprensa da FHS, a Secretaria de Estado da Saúde acaba tendo crédito no montante de R$ 1 milhão junto à Multiserv.

A glosa, segundo a assessoria da SES, está também sendo alvo das negociações junto à Multiserv.

Por Cássia Santana

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