O preço do chamado ‘pão francês’ pode sofrer um aumento de 10% a 15% na próxima semana em Sergipe. O motivo é a recusa do governo argentino em exportar o trigo, já que está com a safra interna insuficiente, impondo assim outras fontes como os EUA e o Canadá. O Brasil importa 80% de todo o trigo que consome, sendo que Argentina e Estados Unidos são duas das maiores fontes. Preço do pão francês deverá ser reajustado
A importação do trigo dentro do Mercosul é isenta de taxação, mas os países anglo-saxões impõem taxas de até 10% sobre a importação do produto. A taxa de importação foi repassada para a venda nacional do produto, gerando um maior custo de produção no mês de junho e julho. O presidente da Sindicato dos Panificadores do Estado de Sergipe, Antônio Carlos Araújo, diz que o aumento pode vir na próxima semana.
“O preço provavelmente vai aumentar por causa do custo de produção, mas o sindicato não pode obrigar o aumento”, esclarece Antônio Carlos. O Sindicato ainda está preparando um estudo sobre o custo de produção do pão em Sergipe para se ter a noção real do lucro e as necessidades de aumento. Segundo ele, o estudo teve como motivação algumas panificações que não seguem o aumento dos preços alegando a livre concorrência.
Na Grande Aracaju o preço do pão varia de R$ 2,40 a R$ 4 o quilo, sendo ainda um dos mais baratos do país. Com o provável aumento de 10%, a variação na capital sergipana pode chegar entre R$ 2,60 a R$ 4,40. Em Curitiba essa variação está entre R$ 4 e R$ 6,80. Antônio Carlos Araújo, presidente do Sindicato dos Panificadores do Estado de Sergipe
Atualmente existem 400 panificações em Aracaju, que produzem individualmente uma média de 200 quilos de pão por dia. Isso representa 4.800 pães por padaria diariamente. Segundo o presidente do sindicato dos panificadores, há dois anos não há registro de um reajuste linear no pão.